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Souza, Washington Luís Pereira de

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  • 1869 - 1957

Washington Luís Pereira de Sousa nasceu em 26 de outubro de 1869, na cidade de Macaé (Rio de Janeiro), filho de Joaquim Luís Pereira de Sousa e de Florinda Ludgera de Sá Pinto Magalhães, casal de proprietários rurais. Após fazer os estudos primários em Macaé e secundários no Colégio Pedro II e Colégio Augusto, na cidade do Rio de Janeiro, capital do Império, ingressou na Faculdade de Direito, no Largo São Francisco, em São Paulo, completando o curso em 1891 (1).

Após o término do curso de Direito, voltou ao Estado do Rio de Janeiro e começou a carreira como promotor público, ainda em 1891, na cidade de Barra Mansa, graças ao prestígio político de sua família no estado do Rio de Janeiro. Em 1893, aceitou convite de seu amigo e colega de faculdade Joaquim Celidônio Gomes dos Reis para advogar em Batatais, cidade do interior de São Paulo. Nessa cidade, mantinha uma vida cultural ativa, participando, por exemplo, de saraus como cantor lírico amador. Passou a ter escritório próprio e começou sua atuação política elegendo-se vereador em 1897 e, logo, presidente da Câmara de Batatais. Também se dedicou ao jornalismo, lançando e colaborando com o jornal A Lei, com Altino Arantes e Joaquim Celidônio. Escrevia ainda para outros periódicos da imprensa local. Com o apoio dos vereadores, entre 1897 e 1899 exerceu a Intendência do município, correspondente à chefia do poder executivo da cidade. Como intendente, implementou uma ampla série de medidas – de caráter fiscal, de limpeza urbana e de ensino, dentre outras – em benefício da cidade, descritas e analisadas por Debes (2) e por Mendonça (3).

Em 1900, Washington Luís casou-se com Sofia Oliveira de Aguiar e Paes de Barros, nascida em 1877, uma das filhas de Rafael Tobias de Barros e de Maria Joaquina de Oliveira Barros, intitulados barões de Piracicaba. Conheceram-se em um sarau musical na casa da baronesa. Com Sofia, viria a ter quatro filhos: Florinda Maria (em 1901), Rafael Luís (1902), Caio Luís (1905) e Vítor Luís (1907) (4).

No ano de 1901, o casal mudou-se para a capital paulista, onde, além de buscar exercer a advocacia, Washington Luís esteve à espera de ser convidado para o Partido Republicano Paulista (PRP). Em seu tempo livre, entre 1902 e 1903, dedicou-se à pesquisa nos Arquivos da Câmara Municipal e do Estado, para o livro A Capitania de São Paulo (5), que viria a ser publicado em 1918 e ganharia duas novas edições, em 1938 e em 2004 (pelo Senado Federal), esta última com o nome de Na Capitania de São Vicente. É na Introdução que explica o livro que o próprio Washington Luís afirma ter encontrado farto material para a reconstituição do passado paulista, tanto na Câmara Municipal quanto no Arquivo Público Paulista (atual Arquivo Público do Estado de São Paulo - APESP). Ciente da importância desses documentos e, para evitar que as informações contidas ali se perdessem, ainda mais com o passar do tempo, tomou a iniciativa de publicar esses documentos, quando teve o poder de fazê-lo:
“Foi só em 1914, quando eleito Prefeito da capital e, em 1920, quando Presidente de São Paulo, que pude determinar a publicação das ‘Atas e do Registro Geral da Câmara Municipal de São Paulo’ (...) e providenciar a publicação dos ‘Inventários e Testamentos’, recolhidos ao Arquivo Público Paulista, messe que eu havia procurado para meus estudos (6)”.

Nessa mesma linha de valorização de documentos históricos, os Anais do Museu Paulista começaram a ser publicados, por sua ordem, a partir de 1922 (7). Em sua atividade de historiador nas horas vagas, destaca-se ainda, de 1900 a 1904, a elaboração de artigos para a Revista do Instituto Histórico de São Paulo, de quem era associado desde 1901, e para o jornal Correio Paulistano.

Em 1903, foi convidado a fazer parte do Partido Republicano Paulista (PRP), onde desenvolveu uma bem-sucedida carreira política. Foi eleito deputado estadual, mandato que exerceu de 1904 a 1906, até ser nomeado Secretário de Justiça do Estado (1906-1912). Durante sua longa atuação nessa pasta, liderou “um [...] processo de modernização do aparelho judiciário e repressivo” (8): unificou as Secretarias de Justiça e de Segurança Pública, criou o Serviço de Assistência Policial, aperfeiçoou o Corpo de Bombeiros, estabeleceu “novas normas para a carreira policial, estabelecendo, entre outas medidas, a obrigatoriedade do diploma de advogado para os delegados de polícia” (9). Elegeu-se novamente como deputado estadual no final de 1912, ano em que também ingressou, como sócio correspondente, no Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (10).

Entre 1914 e 1919, tornou-se Prefeito da Cidade de São Paulo (em 1914 por via indireta, eleito pelos vereadores; em 1916, por voto direto, como candidato único) (11), tendo empreendido a construção de quantidade significativa de vias transitáveis no município. Washington Luís era um entusiasta do automóvel, veículo naquela época para muito poucos, tanto que era membro do Automóvel Clube de São Paulo: “a partir de 1917, orientou suas ações no sentido da difusão e da propaganda do automobilismo e das estradas de rodagem” (12). Como outras realizações à frente da prefeitura, podem ser destacadas: incrementos urbanos voltados ao centro da capital; uma reforma administrativo-tributária e um empréstimo externo para fazer frente às limitações de orçamento; a instituição de feiras livres para baratear a venda dos produtos agrícolas; a realização da Primeira Exposição Industrial de São Paulo. O brasão atual da cidade foi criado em 1917, graças a um concurso promovido em 1916 por Washington Luís (13). Houve também a necessidade de lidar com situações complexas e delicadas para os poderes constituídos, como a Greve Geral de 1917 e o surto de gripe espanhola em 1918 (14).

Washington Luís elegeu-se Presidente de São Paulo (governador) e atuou de maio de 1920 até maio de 1924. Uma das marcas de sua gestão foi o incentivo ao transporte rodoviário (cerca de 1.300 quilômetros em todo o Estado). Seu governo tinha como lema “Governar é abrir estradas”, pois reforçava a ideia que as ferrovias já não bastavam, já que não se interligavam. Desse modo, as vias rodoviárias ajudariam a desenvolver todo o Estado. Porém, esta política não o poupou de críticas, chegando a ser chamado de “Dr. Estradeiro”, “Dr. Estradas de Bobagem” e “Dr. Estradeiro de Souza” (15). Um contemporâneo seu, Edgard Egas, ao sumarizar a gestão de Washington Luís no Estado, destaca que, além do setor viário, durante sua gestão foram criadas “várias centenas de escolas novas” (16) e que fundou o Museu Histórico Republicano de Itu (atual Museu Republicano Convenção de Itu), no local em que, em 1873, reuniram-se políticos e fazendeiros de café no que seria chamada a Convenção Republicana de Itu, “marco originário da campanha republicana e da fundação do Partido Republicano Paulista”(17). A propósito do Museu Republicano de Itu, Zequini nos lembra que o ano de sua inauguração, em 1923 está bem próximo ao das comemorações do Centenário da Independência do Brasil, em 1922, em um período em que museus de história do Brasil começaram a surgir (conversão do Museu Paulista em museu histórico, em 1922; Museu Histórico Nacional, no Rio de Janeiro, em 1922) (18).

Após deixar o governo estadual, Washington Luís tornou-se Senador, em 1925, e foi eleito Presidente da República em 1926. Sua política econômica foi marcada pela manutenção de um câmbio elevado, visando favorecer às exportações, porém, prejudicando as importações pela elevação do preço dos produtos (19). Continuou a política de valorização do café. Buscou o equilíbrio orçamentário, com despesas que não superassem as receitas; não elevou a carga tributária, “só rigor na cobrança dos débitos fiscais” (20); reajustou significativamente (em 100%) a remuneração dos servidores federais ativos, que desde 1914 enfrentavam defasagem salarial. No âmbito cultural, instituiu em 1927 o Museu Rui Barbosa (atual Fundação Casa de Rui Barbosa), na casa em que viveu esse político, jurista e jornalista, com a finalidade de preservar seu arquivo e sua biblioteca; possibilitou a publicação de mais de cem volumes como parte das Obras Completas de Rui Barbosa; ordenou a publicação de documentos históricos do Arquivo Nacional, em 1928. No meio viário, por ele priorizado desde a sua atuação como Prefeito de São Paulo, ordenou a construção e inaugurou a estrada Rio-Petrópolis e a São Paulo-Rio, ambas em 1928. Nas palavras de Debes, “além do aspecto econômico desses dois caminhos, ganhava relevo o fator estratégico que representavam, obviando, dentro da relatividade dos meios disponíveis, as dificuldades de comunicação terrestre no território nacional” (21). No sentido político, em seu mandato houve tanto um impulso liberal, com libertação de presos políticos e legalização do Partido Comunista Brasileiro (PCB), como um retrocesso conservador em seguida, com censura à imprensa (conhecida como “Lei Celerada”) e novo enquadramento do PCB na ilegalidade (22).

Washington Luís indicou para sua sucessão o paulista Júlio Prestes de Albuquerque, o que contrariou os interesses dos políticos mineiros, que tinham prioridade na indicação para o próximo pleito, seguindo a alternância entre São Paulo e Minas Gerais estabelecida na chamada “política do café com leite”. Essa cisão foi o estopim para a Revolução de 1930, que promoveu nova acomodação de forças dentro da elite política do país.

Washington Luís foi, claramente, uma das figuras políticas mais emblemáticas da Primeira República, correspondente aos quarenta primeiros anos dessa forma de governo no país, período de conturbações políticas e sociais, mas também, nas palavras de Schwarcz Starling, dos “primeiros passos para a institucionalização do Estado Republicano” (23). As autoras, por sinal, tratam-no como alguém típico do período, a saber, “avesso a negociações, convencido de que a política era assunto exclusivo de uma reduzida elite que controlava o processo eleitoral e a administração do país, vaidoso e muito autoritário” (24).

Mesmo dando-se crédito a tal afirmação, uma reflexão sobre o conjunto das fontes consultadas e seu acervo documental dentro do APESP permite afirmar que, para além de suas limitações mais ou menos inevitáveis e/ou compreensíveis dentro do contexto em que vivia, Washington Luís, com suas qualidades de administrador insistente e sistemático, daqueles que acompanham as obras e os trabalhos sob sua responsabilidade, mais do que de articulador político nem sempre hábil (vide-se o desfecho de 1930), certamente contribuiu para a melhoria e, principalmente, para a implementação de uma série de normas e padrões que visavam avanços econômico-sociais para o país, com especial apreço aos setores viário, agrário e cultural (especialmente no que diz respeito à valorização da memória histórica e da cultura letrada), conforme a sua concepção e a da elite política da qual fazia parte, respeitando as limitações orçamentárias da administração pública, por meio do que hoje chamaríamos de uma política de responsabilidade fiscal.

Washington Luís foi deposto da Presidência quando faltavam apenas 21 dias para terminar seu mandato. Ficou preso no Forte de Copacabana de 24 de outubro a 20 de novembro de 1930, dia em que, forçado a exilar-se, tomou um navio rumo à Europa com sua esposa Sofia e seus filhos Florinda Maria, Caio Luís e Victor Luís, os dois primeiros com seus respectivos cônjuges. Cumpriu um exílio de 17 anos, primeiramente em Paris, depois na Suíça e em Portugal. Os últimos “6 ou 7 anos”, passou-os nos Estados Unidos (25). Sua esposa Sofia faleceu ainda nos primeiros anos do exílio, em 1934, aos 56 anos (em Lausanne, na Suíça) (26). Após 1947, quando voltou do exílio, continuou afastado da vida política e mesmo do convívio social, mantendo contato com poucas pessoas além de sua família. Dedicou-se muito, a partir de então, à organização de seu arquivo, aos estudos históricos e à correspondência pessoal.

Faleceu em São Paulo, no dia 4 de agosto de 1957, aos 87 anos de idade.

Zigler, Maria Emma Hulga Lenk

  • Dado não disponível
  • Person
  • 1915 - 2007

Maria Emma Hulga Lenk Zigler nasceu em São Paulo em 15 de janeiro de 1915. Filha de alemães começou a nadar aos 10 anos após uma pneumonia dupla. Aos 17 participa como primeira mulher sul americana a competir nas Olimpíadas de Los Angeles de 1932. Ainda neste ano, participa das provas dos 100 metros livre, 100 metros costas e chegas às semifinais dos 200 peito.
Nessa modalidade, Maria Lenk obtém suas melhores marcas. Em 1939, bate os recordes mundiais dos 200 e 400 metros no nado de peito. No auge da sua forma, é mais séria candidata ao ouro olímpico em 1940. Mas em função da Segunda Guera Mundial cancelam o evento.
Outro fato marcante em sua carreira em a participação inovadora nas Olimpíadas de Berlim, em 1936. Na ocasião, destaca-se como precursora do nado borboleta entre as mulheres. Ela se utiliza da braçada deste estilo nos 200 metros peito e, novamente chega ás semifinais da prova.

No início dos anos 1940, é a única mulher da delegação de nadadores sul-americanos que excursiona pelos EUA. Maria Lenk quebra doze recordes norte-americanos e aproveita sua estadia para concluir o curso de Educação Física, da Universidade de Springfield. Em 1942, abandona a carreira e ajuda a fundar a Escola Nacional de Educação Física, da Universidade do Brasil, no Rio de Janeiro. Depois de aposentada, retorna a raia das piscinas para competir na categoria Master.
No campeonato mundial da categoria 58-90 anos, realizado em agosto de 2000, ela voltou de Munique com cinco medalhas de outro. Foi campeã dos 100 metros perito, 200 metros livre, 200 metros costas e medley e 400 metros livre.
Faleceu em 16 de abril de 2007, ao 92 anos após um treino na piscina do Clube de Regatas Flamengo.

Chaves, João Adrião Chaves

  • Dado não disponível
  • Person
  • 1834 - 1890

João Adrião Chaves (Juan Adriano Chaves), médico e diplomata brasileiro, nasceu na Bahia em 1834. Serviu no 4º Batalhão de Guardas Nacionais como alferes e tenente (1852). Formado pela Faculdade de Medicina da Bahia (1858), foi nomeado cirurgião do Corpo de Saúde da Armada Nacional Imperial (2º, em 1860 e 1º, em 1867), tomando parte na Guerra do Paraguai. Foi chefe de Saúde da Esquadra em operações no Paraguai (1869), membro da Junta de Medicina e Higiene Pública (1870), presidente do Conselho de Medicina e Higiene Pública (1870), cônsul geral do Império do Brasil na Argentina (1872), cavaleiro (1865), grão-mestre (1867) e comendador da Ordem da Rosa (1871) e cavaleiro da Ordem de Cristo (1866). Destacou-se como maçom, sendo membro honorário de muitas lojas e recebendo diplomas e medalhas (1869-1888). Foi membro de sociedades científicas e filantrópicas no Brasil e no exterior.

Liceu Literário Português

  • Dado não disponível
  • Corporate body
  • 1868 -

O Liceu Literário Português foi fundado em 10 de setembro de 1868 por um grupo de portugueses, à frente dos quais estava o Conde de Alto Mearim, com a finalidade de difundir a cultura e promover o ensino e a instrução, principalmente junto aos portugueses mais jovens que chegavam ao Brasil com conhecimentos limitados e ainda sem uma profissão definida. Era a época dos Liceus de Artes e Ofícios. Além dos cursos do 1º e do 2º grau, ainda no século XIX, o Liceu também ministrou cursos de Astronomia e Arte Náutica, valendo registrar, por curiosidade, que o Imperador D. Pedro II chegou a frequentar algumas aulas desses cursos.

O Liceu funcionou inicialmente na sede instalada na Rua da Saúde, hoje denominada Travessa do Liceu, tendo em 1915, sob a presidência de Faustino de Sá e Gama, adquirido nova sede na Rua Senador Dantas, que foi destruída por um incêndio em 1932. É, então, que se inicia no mesmo terreno a construção do edifício atual, com nove andares, inaugurado em 1938, sob a presidência do Comendador José Raínho da Silva Carneiro, que foi o grande responsável pelo empreendimento.

Farinha, João Pires

  • Dado não disponível
  • Person
  • s/d

João Pires Farinha, nascido no Rio Grande do Sul, foi cavaleiro da Ordem da Rosa e da Ordem de Cristo, médico do Asilo de Medicina e da Casa de Correção, condecorado com medalha da Campanha da Guerra do Paraguai e sócio da Sociedade de Geografia do Rio de Janeiro. Escreveu "Do atual sistema de esgoto da cidade do Rio de Janeiro e de sua influência sobre a salubridade pública", "Aborto criminoso", "Hemorragias puerperais", "Ataxia muscular progressiva" (tese apresentada à Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro), "Inspetoria geral de higiene", "Boletim mensal da mortalidade da cidade do Rio de Janeiro", "Movimento meteorológico", "Questões higiênicas", "Mefitismo animal", "Esgotos do Rio de Janeiro e sua influência sobre a saúde pública", e "Alguns conselhos higiênicos ao povo".

Durán Parra, Jorge Fernando

  • Dado não disponível
  • Person
  • 1942 -

Jorge Fernando Durán Parra nasceu em Santiago do Chile, em 1942. Fixou residência no Brasil em 1973.

Gomes, João Ferreira

  • Dado não disponível
  • Person
  • 1902 - 1987

João Ferreira Gomes, filho de Antônio Gomes do Carmo e de Catarina Maria Ferreira, nasceu no Rio de Janeiro, porém o ano de seu nascimento é incerto: aparece como 1904, em uma certidão de batismo fornecida em 1917; em seu certificado de reservista e certidão de óbito, consta 27 de janeiro de 1898 e contrariando estas duas datas, Jota Efegê comemorou o seu aniversário de oitenta anos em 1982. Faleceu em 27 de maio de 1987, na mesma cidade. Estudou no Colégio Salesiano de Santa Rosa. Foi casado com Maria Ramos Ferreira Gomes, que faleceu em 1925. Deste casamento nasceram 3 filhos: Araquém, Ararê e Araci. No início da década de 1960, conheceu Felisbela Pinto Correia, ex-jornalista e tradutora, que foi sua companheira por mais de vinte anos. Era jornalista, repórter, redator, crítico de teatro, cronista de carnaval e da cidade, cronista esportivo e torcedor do Madureira. Trabalhou como repórter do jornal Diário Carioca. Em 1936, ingressou nos quadros sociais da Associação Brasileira de Imprensa. Foi também do Sindicato dos Jornalistas, Associação dos Cronistas Carnavalescos e do Centro de Cronistas Carnavalescos. Escreveu e publicou os livros: O cabrocha (reportagem de 1931), Eva e suas Irmãzinhas (contos de 1937), Ameno Resedá, O rancho que foi escola (documentário do carnaval carioca de 1965), Maxixe, a dança excomungada (1974), Figuras da música popular brasileira (1978, 1980, 2 vol.), Figuras e coisas do carnaval carioca (1982) e Meninos, eu vi (1986).

Juízo de Casamentos do Distrito do Rio de Janeiro, 2

  • Dado não disponível
  • Corporate body
  • 1890 - 1891

O Juízo de Casamentos foi criado pelo decreto n. 211, de 20 de fevereiro de 1890, com o nome de Juízo dos Casamentos da Capital Federal, atendendo à tendência republicana de privilegiar o casamento civil sobre o casamento religioso.
Do 2º distrito faziam parte as freguesias do Divino Espírito Santo, São Francisco Xavier do Engenho Velho, Nossa Senhora da Conceição do Engenho Novo, São Cristóvão, São Tiago de Inhaúma, Nossa Senhora da Apresentação do Irajá, Nossa Senhora do Desterro do Campo Grande, São Salvador do Mundo de Guaratiba, Santa Cruz, Nossa Senhora da Ajuda da ilha do Governador e Senhor Bom Jesus do Monte da ilha de Paquetá. Em caso de impedimento de ambos os juízes privativos, estes seriam substituídos pelos juízes de direito do Rio de Janeiro.
O decreto n. 233, de 27 de fevereiro de 1890, estabeleceu uma mudança: na falta ou impedimento dos juízes privativos dos casamentos do Rio de Janeiro, os substitutos seriam os juízes de direito da 1ª e 2ª varas de órfãos, 1ª e 2ª varas cíveis, Feitos da Fazenda, Provedoria, 1ª e 2ª varas comerciais, auditor de marinha e auditor de guerra, nessa ordem.

O decreto n. 468, de 7 de junho de 1890, fez uma alteração: as paróquias de Santana e Santo Antônio da Capital Federal passaram a pertencer ao 2º distrito do Juízo de Casamentos, sem prejuízo dos atos praticados antes da promulgação desse decreto.
Com a reorganização da Justiça do Distrito Federal, pelo decreto n. 1030, de 14 de novembro de 1890, o Juízo de Casamentos foi extinto no Rio de Janeiro, sendo suas funções distribuídas a outros órgãos – a maior parte de suas atribuições passou a caber às pretorias. Porém, sua desativação foi paulatina, o que estendeu sua existência até meados de 1891.

Juízo de Órfãos e Ausentes da Primeira Vara

  • Dado não disponível
  • Corporate body
  • s/d

O Juízo de Órfãos, criado pelo alvará de 02/05/1731, tinha as atribuições de cuidar dos inventários e partilhas de herdeiros menores ou incapacitados, nomeando, inclusive, tutores e curadores. Durante o Império, a partir especificamente de 1824, passou a conceder cartas de emancipação; conceder licença à mulher menor para vender bens de raiz, consentindo o marido; nomear tutores em todos os casos previstos na lei; suprir o consentimento do pai ou tutor para casamento; entregar os bens de órfãos à sua mãe, avós, tios etc; entregar os bens de ausentes a seus parentes mais próximos; entregar os bens de órfãos a seus maridos, quando casarem sem licença dos mesmos juízes. Pela Lei de 22/09/1828 passou também a conceder dispensa para os tutores obrigarem seus próprios bens à fiança das tutelas para que foram nomeados, ainda que os bens estejam fora do distrito onde contraírem a obrigação. Já a Lei de 03/11/1830 trouxe para a competência do Juízo de Órfãos a arrecadação e administração dos bens dos ausentes e recolher qualquer quantia ao cofre a Tesouraria da Província; e havendo apenas herdeiros mais remotos ou não os havendo, compete ao Juízo dos Órfãos fazer o inventário e perante ele deverão habilitar-se os herdeiros. A Lei n. 2033, de 20/09/1871, alterou diferentes disposições da legislação judiciária, criando no município da corte uma segunda vara de órfãos.

Juízo de Paz da Freguesia da Glória do Rio de Janeiro

  • Dado não disponível
  • Corporate body
  • 1827 - 1890

A lei de 15/10/1827 criou o cargo eletivo de juiz de paz em cada uma das freguesias e das capelas filiais curadas existentes no Império. Competiam-lhe atribuições policiais e judiciárias, como julgar pequenas demandas, obrigar a assinar termo de bem viver, fazer corpo de delito, mandar observar as posturas policiais, entre outras. Cada juiz de paz tinha um escrivão que servia de tabelião de notas. As freguesias eram circunscrições eclesiásticas definidas pela área das paróquias, compreendendo a igreja matriz e seu raio de alcance. Os juízes de paz da capital federal foram extintos pelo decreto n. 1030, de 14/11/1890, que atribuiu ao pretor as funções desempenhadas anteriormente por esse juízo e criou vinte e uma pretorias, cada qual com a mesma circunscrição das antigas freguesias, sendo que a freguesia da Candelária passou a constituir a 1ª Pretoria do Rio de Janeiro.

Juízo de Paz da Freguesia de Campo Grande do Rio de Janeiro

  • Dado não disponível
  • Corporate body
  • 1827 - 1890

A lei de 15/10/1827 criou o cargo eletivo de juiz de paz em cada uma das freguesias e das capelas filiais curadas existentes no Império. Competiam-lhe atribuições policiais e judiciárias, como julgar pequenas demandas, obrigar a assinar termo de bem viver, fazer corpo de delito, entre outros. Cada juiz de paz tinha um escrivão, que servia de tabelião de notas. As freguesias eram circunscrições eclesiásticas, definidas pelas áreas das paróquias, que compreendiam a igreja matriz e seu raio de alcance, sendo que a freguesia de Campo Grande foi instalada em 1673. Os juizes de paz da capital federal foram extintos pelo decreto nº 1030, de 14/11/1890, que atribuiu ao pretor as funções desempenhadas anteriormente por esse juízo e criou vinte e uma pretorias em cada freguesia existente na cidade do Rio de Janeiro, sendo que a freguesia de Campo Grande passou a constituir a 21ª Pretoria, extinta em 1895 e transformada na 15ª Pretoria, juntamente com as freguesias de Guaratiba e Santa Cruz.

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