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Wright, Jaime

  • Dado não disponível
  • Person
  • 1927-1999

Nascem em Curitiba, no dia 12 de julho de 1927, filho de missionários presbiterianos norte-americanos, Jaime Wright formou-se pela Universidade de Arkansas, e pós graduou-se na Pensilvânia, exerceu o ministério no interior da Bahia, destacando-se em Caetité, no final da década de 1960 e começo da seguinte. Ali marcou pelas denúncias contra desvios em órgãos do governo estadual, o que lhe valeu as primeiras perseguições por parte de um regime que não tolerava a exposição de suas mazelas. Na loja maçônica de Caetité, em 1968 fez a instituição aprovar uma declaração que condenava a transgressão aos direitos humanos.

Em 1973 seu irmão, Paulo Wright, deputado estadual cassado por Santa Catarina e militante de esquerda, desaparece nos porões da ditadura. Jaime parte, então, para uma luta que o fez reunir uma farta documentação sobre a tortura e assassinatos praticados pelo Estado. De forma secreta, une-se ao cardeal arcebispo de São Paulo Dom Paulo Evaristo Arns e ao Rabino Henry Sobel, que resultou em 1985 na publicação do livro Brasil: Nunca Mais – um marco na história dos direitos humanos no país, em que a tortura e os torturadores são expostos com base no farto material por ele reunido.

Nesta ocasião, por volta de 1974, Jaime Wright foi dos primeiros pastores a rebelar-se contra a postura do reverendo Boanerges Ribeiro que, de forma impositiva, emprestou apoio das entidades presbiterianas ao regime militar tendo participado da fundação de entidade dissidente, a FENIP, núcleo do qual originou-se a atual Igreja Presbiteriana Unida do Brasil.

Foram consultados mais de 700 processos, listados mais de 1.800 casos de tortura, e constatados o desaparecimento de 125 pessoas durante o período sombrio de 1964 a 1979. Engendrou o encontro de Dom Paulo com Jimmy Carter, onde foi entregue uma lista de desaparecidos políticos do regime ditatorial.

Seu nome figura dentre os brasileiros que mais contribuíram para que o país repudiasse a tortura, em nome da cidadania e dos direitos fundamentais do homem Escreveu o filme “O Punhal” em 1959, produzido em Itacira, município de Wagner (Bahia), pelo reverendo Ricardo William Waddel.

Morreu em 1999 em Vitória, no Espírito Santo, vítima de infarto. Em dezembro de 2012, o pastor Derval Dasilio lançou o livro “Jaime Wright – o pastor dos torturados”, que conta a história do pastor presbiteriano que denunciou as injustiças na época da ditadura militar no Brasil.

Arns, Paulo Evaristo

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  • Person
  • 1921-2016

Nasceu no dia 14 de setembro de 1921, na distante Forquilhinha, no interior de Santa Catarina, o quinto filho dos agricultores Gabriel Arns e Helena Steiner. Ao todo, o casal teria 16 filhos, mas dois deles fariam parte da história do País: uma, a médica pediatra e sanitarista Zilda, a décima terceira da prole, que morreria aos 75 anos no terremoto do Haiti em 2010. E aquele quinto filho, Paulo Evaristo, que se tornaria um ícone dos direitos humanos e da luta pela democracia no Brasil, conhecido como o cardeal arcebispo de São Paulo Dom Paulo Evaristo Arns.

Frade franciscano, dom Paulo, que morreu em 2016 aos 95 anos, não só comandou por décadas a maior arquidiocese do País – até ser dividida, em finais dos anos 1980, pelo papa João Paulo II – como também foi o líder espiritual e, por que não? – físico do rebanho de ovelhas que não tinham voz nem liberdades, durante os anos de chumbo da ditadura militar. A cerimônia ecumênica que ele realizou em 1975 ao lado do pastor presbiteriano Jaime Wright e do rabino Henry Sobel em homenagem ao jornalista Vladimir Herzog – assassinado nos porões do DOI-Codi paulista – se tornou um marco em prol dos direitos humanos e na luta contra a truculência dos governantes de então. Mas dom Paulo foi além: ao lado de Wright, ele coordenou entre 1979 e 1985, de forma clandestina, o projeto Brasil: Nunca Mais, que tinha como objetivo evitar o possível desaparecimento, durante o processo de redemocratização do País, de documentos sobre a ditadura e sobre as violações cometidas nas duas décadas de regime militar. O projeto acabou gerando um livro basilar com o mesmo nome.

Pereira, Duarte Pacheco

  • Dado não disponível
  • Person
  • 1939-

Duarte Brasil Pacheco Pereira nasceu em Santo Amaro da Purificação, Bahia. Bacharelou-se em Ciências Jurídicas eSociais na Universidade Federal da Bahia. Sua atividade política iniciou-se no movimento estudantil baiano, chegando avice-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE) em 1963.
Foi um dos fundadores da Ação Popular (AP) em 1962, e de 1965 a 1973 vinculou-se à direção nacional daorganização.
Em 1965, transferiu-se para São Paulo onde trabalhou como professor universitário e jornalista e, no final da década de1960, vinculou-se ao trabalho operário na cidade de Osasco.
Escreveu diversos livros, entre eles, ABC do Entreguismo: o capital estrangeiro no Brasil, pela editora Vozes, Um Perfil da Classe Operária, pela HUCITEC, China: cinquenta anos de República Popular, pela editora Anita Garibaldi; artigos e ensaios em diversas publicações além de ter sido colaborador das revistas Realidade e Veja e do jornal Movimento.

Lisboa, José da Silva -

  • Dado não disponível
  • Corporate body
  • 1756 - 1835

José da Silva Lisboa nasceu em Salvador, Bahia, a 16/06/1756 e faleceu no Rio de Janeiro, a 20/08/1835. Ouvidor em Ilhéus (1780), desembargador da Relação da Bahia, advogado, professor de economia política, jornalista, deputado da Junta do Comércio, Agricultura, Fábricas e Navegação, fez parte da direção da Imprensa Régia (1808-1826), da Casa da Suplicação e foi senador (1826), aposentando-se em 1828, como magistrado. Recebeu a titulação de visconde de Cairu em 1826. Por meio destes cargos, tornou-se o assessor mais assíduo de D. João, influindo nas principais medidas que este tomou em benefício da economia do país, como a que abriu os portos brasileiros às nações amigas e a que permitiu o estabelecimento de manufaturas no Brasil. Publicou diversas obras, como \"Memórias dos benefícios políticos do governo do El-Rei nosso senhor D. João VI\", \"Observações sobre o comércio franco no Brasil\", \"Observações sobre a franqueza da indústria e estabelecimento de fábricas no Brasil\", \"Observações sobre a prosperidade do estado pelos liberais princípios da nova legislação do Brasil\", \"Refutação das declarações contra o comércio inglês\", \"História dos principais sucessos políticos do Império do Brasil\".

Silva, José Dirceu de Oliveira e

  • Dado não disponível
  • Person
  • 1946-

José Dirceu de Oliveira e Silva é natural de Passa Quatro, Minas Gerais. Formou-se em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
Ligou-se ao movimento estudantil tendo sido vice-presidente do Diretório Central dos Estudantes da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-São Paulo) (1965-1966), presidente do Centro Acadêmico XXII de Agosto em1966 e presidente da União Estadual dos Estudantes (UEE) em 1968. Foi preso durante as atividades do XXX Congresso da UNE, em 1969, no Rio de Janeiro. Teve sua nacionalidade cassada e foi banido.
No exílio trabalhou e estudou em Cuba. De 1971 a 1979 viveu clandestinamente no interior do Paraná.
Retornou à vida pública com a anistia, trabalhando de 1981 a 1987 na Assembleia Legislativa de São Paulo em diversas atividades. Foi eleito deputado estadual (Constituinte 1987-1991) e deputado federal (1991-1995, 1999-2002 e 2003),sempre por São Paulo, no Partido dos Trabalhadores ( PT). Em 1984 representou o PT no Comitê Intrapartidário Pré-eleições Diretas para Presidente, tornando-se um dos principais coordenadores da campanha “Diretas Já”. Tornou-se membro do Diretório Nacional em 1985 e secretário geral do partido de 1987-1993. Primeiro vice-líder do Partido dos Trabalhadores (1993) foi seu presidente nacional de 1995 a 1999. Foi ministro da Casa Civil do governo Lula de janeiro de 2003 a junho de 2005.

Jesus, Mário Carvalho de

  • Dado não disponível
  • Person
  • 1919-1995

Mário Carvalho de Jesus nasceu em Araguarí, estado de Minas Gerais, em 1919, filho de Augusto de Jesus e Antonia Izabel Carvalho de Jesus. Em 1932 a família mudou-se para Campinas, Estado de São Paulo, onde cursou o Ginásio Estadual Culto à Ciência e a Escola de Comércio Pedro II.
Ingressou na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo em 1943, concluindo o curso em 1947 e, por indicação do padre Corbeil, coordenador da Juventude Universitária Católica, realizou estágio na França, em companhia dos ex-colegas de Universidade, Nelson Abraão e Vicente Marotta Rangel. Lá permaneceu durante oito meses, trabalhando com a equipe do Padre Lebret, inclusive como operário, na comunidade de Boimendeau.
Casou-se com Nair Betti Oliveira de Jesus em 28 de junho de 1949 tendo o casal sete filhos.
Em 1949 iniciou as atividades de advogado, associando-se inicialmente a seu conterrâneo Antônio de Pádua Constant Pires e depois a Nelson Abraão, ambos colegas de curso e de moradia. Entre os anos de 1953 e 1955 atuou como advogado do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, ao lado de Vicente Marotta Rangel. Posteriormente, com Nelson Abraão, foi advogado da Cia. Seguradora Brasileira e chefe do departamento jurídico da mesma empresa.
Ao deixar essa empresa constituiu, com seu colega Nelson Abraão, sua primeira sociedade de advocacia, que durou até1960 sua atuação na área sindical se inicia em 1955 quando patrocinou uma reclamação isolada contra a Companhia Brasileira de Cimento Portland Perus de propriedade da família Abdalla. Os bons resultados obtidos levaram o sindicato a convidá-lo para advogar no próximo dissídio coletivo, efetivando-o a seguir no cargo. Em 1958 os operários da Perus fizeram greve pacífica, da qual saíram vitoriosos, após 46 dias de paralisação. Este movimento contou com a presença de clérigos, como d. Vicente Marcheti Zioni, bispo auxiliar de São Paulo, e com a participação de militantes comunistas.
Em 1962 eclodiu uma grande greve na Perus, da qual Mário participa, tornando-se advogado de cerca de 800 operários demitidos, dos quais, 500 tiveram ganho de causa. Estes operários, com os direitos assegurados, reassumiram suas antigas funções em janeiro de 1969, com direito aos salários equivalentes a mais de seis anos de afastamento do emprego.
Mário Carvalho participou ainda no ano de 1959 da Greve dos trabalhadores da Rhodia, da Tecelagem e Fiação Santo André e da greve dos trabalhadores da Usina Miranda. No ano seguinte esteve presente na greve dos trabalhadores da Fábrica de Biscoitos Aymoré.
No ano de 1978 foi designado por d. Paulo Arns para intermediar a greve dos operários ceramistas de Itu.
No ano de 1981, os funcionários do Hospital de São Paulo também contaram com seu auxílio. Em 1960 sugere a um grupo de operários a fundação da Frente Nacional do Trabalho (FNT), associação civil aberta a todos que trabalham, e que propunha-se a realizar a doutrina social cristã . Mário foi eleito o primeiro presidente da instituição. A partir da criação da FNT, Mário Carvalho de Jesus e seus colegas trabalhavam para dar assistência exclusiva aos operários, individualmente ou através de seus sindicatos.
A seguir listamos as principais instituições para as quais prestaram serviços até o início dos anos setenta: a) Sindicatodos Trabalhadores na Indústria de Papel, Celulose, Pasta de Madeira para Papel, Papelão e Cortiça de Caieiras. b)Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Jundiaí, Cajamar, Campo Limpo Paulista, Itupeva, Louveira, Várzea Paulista e Vinhedo. c) Sindicato dos Trabalhadores nas Indústria do Papel, Celulose, Pasta de Madeira para Papel, Papelão e Cortiça de Jundiaí. d) Sindicato dos Trabalhadores nas Indústria s de Trigo, Milho, Mandioca, Aveia, Arroz, Sal, Azeite e Óleos Alimentícios e de Rações Balanceadas de São Paulo, São Caetano do Sul, Santo André, São Bernardo do Campo e Osasco. e) Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Fiação e Tecelagem de Jundiaí. f) Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Pirajuí e Bauru. g) Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas de Osasco.
Em 1968 a FNT assumiu um antigo problema rural envolvendo 80 famílias, na cidade de Santa Fé do Sul, culminando com o assentamento dos lavradores na cidade de Iguataí, Mato Grosso, pelo INCRA.
Em 21 de abril de 1978, Mário Carvalho de Jesus participa da fundação do Secretariado Nacional Justiça e Não–Violência, sociedade civil e sem fins lucrativos que congrega pessoas e entidades numa linha evangélica ecumênica que optam pela ação não-violenta-ativa ou firmeza permanente, na construção de uma sociedade baseada na justiça e na fraternidade.
Em 1995 morre aos 76 anos de idade com câncer na próstata.

Arquivo Edgard Leuenroth. Centro de Pesquisa e Documentação Social / UNICAMP

  • Dado não disponível
  • Corporate body
  • 1974-

O Arquivo Edgard Leuenroth (AEL), Centro de Pesquisa e Documentação Social, Iniciou suas atividades em 1974 com a chegada da coleção de documentos impressos reunidos por Edgard Leuenroth, pensador anarquista, militante das causas operárias, linotipista, arquivista e jornalista por ofício e paixão. Tais fontes foram adquiridas à época pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), com o intuito de constituir um centro de documentação que possibilitasse o acesso às fontes primárias necessárias aos trabalhos do então recém-criado programa de pós-graduação do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH). Este acervo inicial atraiu para a instituição outros ligados à história do movimento operário e da industrialização no Brasil.

Morel, Mário

  • Dado não disponível
  • Person
  • 1937-2014

Mário Morel nasceu em Santos, São Paulo, no ano de 1937. Jornalista, ficou conhecido por uma série de reportagens que denunciavam a corrupção na polícia do Rio de Janeiro e que foram publicadas em 1958. Trabalhou nos jornais "Última Hora" e "Diário da Noite". Durante três décadas acompanhou a vida familiar, social e política de Luiz Inácio Lula da Silva para publicar, em 1981, um ano após a fundação do PT, o livro Lula o metalúrgico: anatomia de uma liderança.

Caribe Produções Limitada

  • Dado não disponível
  • Corporate body
  • 1980-

A Caribe Produções foi fundada em 1980, e sucedeu a Zoom Cinematográfica. O responsável por ambas as produtoras era o cineasta, produtor e jornalista Ney Sroulevich, falecido em 2004. Gaúcho de Porto Alegre, Sroulevich mudou-se para o Rio aos seis anos de idade. Militante do Partido Comunista Brasileiro, Sroulevich era diretor da União Nacional dos Estudantes quando foi instaurada a ditadura civil-militar no Brasil. Exilou-se em Paris, onde viveu por 10 anos, período em que dirigiu a sucursal da Revista Manchete. Produziu os filmes A Queda, de Ruy Guerra, Joana Francesa, de Cacá Diegues, O Homem Célebre, de Miguel Faria Jr, e Se Segura Malandro, de Hugo Carvana. Foi casado com a escritora Cláudia Furiati, atual responsável pela Caribe Produções.

Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal

  • Dado não disponível
  • Corporate body
  • 1948-1992

A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal tem sua origem na estrutura da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (NOVACAP). A Divisão de Segurança Pública (DSP) foi criada na NOVACAP no período da construção de Brasília (1956-1960) com o objetivo de exercer a vigilância sobre os bens patrimoniais da empresa e manter a ordem social na Cidade Livre.

Através da Lei nº 2.364, de 9 de dezembro de 1958, a Assembleia Legislativa do Estado de Goiás determinou a criação, em caráter temporário, do Departamento Regional de Polícia de Brasília (DRPB), que deveria funcionar em conexão com a Secretaria de Segurança Pública do estado de Goiás. Após a inauguração de Brasília, as atividades de policiamento foram transferidas para o Departamento Federal de Segurança Pública (DFSP), vinculado ao Ministério da Justiça e Negócios Interiores. No período da Ditadura Militar, a partir de 31 de março de 1964, a estrutura administrativa do Distrito Federal foi modificada e a atividade policial ficou subordinada à Prefeitura do DF.

O Decreto-Lei nº 315, de 13 de março de 1967, promoveu a estruturação da Secretaria de Segurança Pública, na gestão de Plínio Cantanhede.
Porém, foi no governo seguinte, na gestão do prefeito Wadjô da Costa Gomide, que ocorreu a sua efetivação, quando houve a transferência dos bens móveis, imóveis e pessoal da esfera federal para o Distrito Federal. A Secretaria de Segurança Pública da Prefeitura do Distrito Federal (SEP) foi estruturada através do Decreto-lei nº 315, de 13 de março de 1967, com os seguintes órgãos: Gabinete (GAB); Central de Operações (CO) e, subordinada a esta Central, a Divisão de Informações (DI); Conselho Superior de Polícia do Distrito Federal (CSPDF), Departamento de Trânsito (DT), Departamento de Polícia Judiciária
(DPJ), Departamento de Polícia Técnica (DPT), Departamento de Serviços Gerais (DSC), Departamento de Prisões (DP), Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) e Corpo de Bombeiros do Distrito Federal (CBDF). Vale ressaltar que a Ordem Política e Social, bem como as atividades ligadas ao Serviço de Censura ficaram sob a responsabilidade da Polícia Federal.

Em 1968 foi criada a Seção de Informações da Divisão de Operações Especiais do Gabinete da SEP, que tinha como principal função exercer as atividades de informação e contrainformação do Gabinete do Prefeito. Passavam a existir, desta forma, dois órgãos de informação no
interior da SEP. Em 1972, foi aprovado o Regimento da Secretaria de Segurança, reunindo todas as atividades de informação e contrainformação num mesmo órgão: a Divisão de Informações da Coordenação de Informações, Planejamento e Operações (CIPO). Em 1984 a Divisão passou a ser denominada Divisão de Informações e Contrainformações e, em 1989, passou a se chamar Centro de Informações. Apesar dessas mudanças, a atividade de repressão do Distrito federal se manteve atrelada à Polícia Federal.

Com a promulgação da Lei nº 49, de 25 de outubro de 1989, ficou estabelecido que caberia a Secretaria de Segurança Pública (SSP) a formulação da política de segurança pública, prevenção e combate a incêndio, busca e salvamento e defesa civil e coordenação operacional de sua execução pelos órgãos de segurança, sistema penitenciário, educação, controle e fiscalização do trânsito e tráfego e engenharia de trânsito. A partir de então é adotada a sigla “SSP” para designar a Secretaria de Segurança Pública que anteriormente era identificada por “SEP”. A partir de 2015 a SSP recebe nova denominação: Secretaria de Estado de Segurança Pública e da Paz Social do Distrito Federal, mas a sigla é mantida.

Delegacia de Ordem Política e Social (Ceará)

  • Dado não disponível
  • Corporate body
  • 1936-

No Ceará, o governador Clarindo de Queiroz, por ato de 24 de setembro de 1891, extinguiu a Chefatura de Polícia, subordinando seus serviços à Secretaria de Justiça, que a Constituição Estadual de 27 de outubro de 1891 criou juntamente com a da Fazenda e a do Interior.
O serviço de Polícia ficou subordinado à Secretaria de Justiça até 1909, quando foi restaurado o cargo de chefe de Polícia, pela lei n. 987, de 31 de agosto do mesmo ano.
A Chefatura de Polícia foi extinta novamente pela lei estadual n. 1.113, de 6 de novembro de 1913, e foi instituída, em seu lugar, a Secretaria de Justiça e Segurança Pública, suprimida no governo de João Thomé de Saboya e Silva (1916-1920), pela lei n. 1.343, de 26 de agosto de 1916, que restaurou a Chefatura de Polícia.
No governo de José Carlos de Matos Peixoto (1928-1930), foi criada a Secretaria de Polícia e Segurança Pública. O governo provisório de Manuel do Nascimento Fernandes Távora extinguiu a Secretaria de Polícia e Segurança Pública, através do decreto n. 334, de 3 de outubro de 1931.

A lei n. 130, de 30 de julho de 1936, criou a Delegacia de Ordem Política e Social, para reprimir as ideias comunistas que haviam deflagrado intentonas como as de 1935 no Rio Grande do Norte, Pernambuco e Distrito Federal. Permaneceu nessa situação até 14 de setembro de 1937 quando, por decreto de n. 14, do mesmo mês e ano, o interventor Menezes Pimentel extinguiu a Chefatura de Polícia e recriou a Secretaria de Polícia e Segurança Pública.

Juventude Estudantil Católica do Brasil

  • Dado não disponível
  • Corporate body
  • 1935 -1970

A Juventude Estudantil Católica (JEC) organizou-se, inicialmente, como um grupo basicamente feminino, existindo a partir de 1935. Num primeiro momento, sua atuação se restringiu às associações religiosas, tendo por finalidade a descoberta da Igreja pelos estudantes e a difusão do cristianismo dentro das escolas.
A partir de 1947, a JEC ganha um novo rumo com a elaboração de experiências para serem aplicadas no Brasil por Vera Jaccoud e Jeannette Pucheu, que estiveram presentes na Sessão Internacional, promovida pelo Centro Internacional de Documentação e Informação (CIDI), tomando então o movimento dimensão nacional.
Em 1953, foram publicados os estatutos da JEC no Diário Oficial da União.
Com a expansão do Movimento, organiza-se, em 1956, a Equipe Nacional responsável pela continuidade desse processo e pelo estabelecimento de uma ligação estrutural entre os núcleos diocesanos e com a própria Equipe.
À medida que se estrutura, a amplitude da JEC ultrapassa as fronteiras do Brasil para fazer parte, no mesmo ano de 1956, da Juventude Estudantil Católica Internacional (JEC-I), tendo assim bases comuns com os demais movimentos católicos estudantis do mundo. A JEC-I teve sua origem em 1946, a partir de uma resolução do CIDI, com a finalidade de coordenar os movimentos de JEC dos diferentes países do mundo.
Em maio de 1957, ocorreu a Semana Nacional de Ação Católica (AC), onde estavam presentes a Comissão Episcopal de AC e os dirigentes dos movimentos especializados. A JEC foi representada por Antônio Gama, que defendia a ideia de um assistente e de uma equipe nacional representando o grupo masculino do movimento. A ideia não repercutiu, pois ninguém acreditava na existência de um grupo expressivo de JEC Masculina, mas Dom Fernando Helder e Dom Claudio Kollinger tomaram posição a favor de Antônio Gama e foi aceito um assistente para a JEC Masculina.
Nesse período, a JEC adotou o método de trabalho dos outros movimentos da AC: VER-JULGAR-AGIR. Nestas três fases, o militante observava o meio ambiente, pensava os meios possíveis para atuar e efetivava suas atividades.
A atuação da JEC era basicamente catequética, introduzindo o cristianismo sem retirar o estudante do seu meio, através de uma ação individual ou de um trabalho coletivo nos colégios.
A partir do final dos anos 1950, o Movimento começou a refletir os problemas do meio social e da Igreja. Foi lançada em todo o Brasil a experiência da Semana do Estudante, que, através de assembleias, procurava instigar os militantes presentes a uma reflexão sobre suas responsabilidades e sua vida cristã. Este período é marcado por atividades que procuravam atingir, além dos problemas estudantis, questões mais abrangentes, buscando eficácia nos diversos segmentos sociais. O meio estudantil é compreendido como fruto da sociedade em todos os aspectos (político, econômico, religioso), assim é também tido como centro para o debate de questões que refletem os problemas sociais. As atividades são de massa, como as campanhas, conferências, penetração nos grêmios, clubes e um início de participação na política nacional estudantil, além de atividades extra-colegiais, como participação nas questões dos bairros.
O movimento vai assumindo cada vez mais um caráter social, tendo os problemas políticos e econômicos do país como questões latentes nos vários encontros.
Com o golpe militar, em 1964, e com a hierarquia eclesiástica firme quanto a suas posições de um não engajamento político dos movimentos de juventude, a JEC foi se desmantelando.
Em 1966, com a descentralização dos movimentos em relação à hierarquia da Igreja, proposto pela CNBB, a JEC organiza um Conselhinho Nacional para refletir sobre a situação em que se encontrava. Concluindo que estava com sua base desestruturada e que a situação histórica em que o país se encontrava desarticulava qualquer tentativa de mobilização social, a Equipe Nacional se desliga, formando um grupo autônomo com objetivos políticos e sociais. Os que permaneceram na JEC tentaram rearticulá-la em algumas regiões no período de 1967 a 1970; não obtendo grandes resultados, decidiram finalizar suas atividades.

Delegacia de Segurança Pessoal e de Ordem Política e Social

  • Dado não disponível
  • Corporate body
  • 1927-1931

O serviço de polícia política do Estado de Minas Gerais remete ao ano de 1927, com a criação da Delegacia de Segurança Pessoal e Ordem Política e Social. Este órgão possuía como principais atribuições a manutenção da ordem pública, a garantia dos direitos individuais e a investigação de crimes contra a vida e a integridade física. Após sua extinção, em 1931, as funções relacionadas à investigação e repressão ao crime político foram transferidas para a Delegacia de Ordem Pública (DOP).

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