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Pereira, Eduardo Tadeu

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  • Person
  • 1964-

Eduardo Tadeu Pereira é natural de São Paulo/SP. Bacharel em história pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) em 1986, obteve mestrado e doutorado pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) em 1999 e2007. Atuou em movimentos de juventude na Zona Sul de São Paulo entre 1978 e 1982, quando apoiou candidaturas populares do MDB e aproximou-se do PT, ao qual filiou-se em 1983. Em meados dos anos 1980 atuou no movimento de professores, tendo integrado a diretoria da CUT Regional Campinas entre 1988 e 1990. Foi membro da Fundação Nativo da Natividade e Secretário de Formação Política do PT de São Paulo de 1991 a 1995. Assumiu a guarda de parte do arquivo histórico da FNN após seu fechamento no início dos anos 1990. Integrou a assessoria do deputado estadual Renato Simões entre 1995 e 1998 e o Diretório Nacional do PT entre 1999 e 2001. Em 2004 foi eleito prefeito de Várzea Paulista/SP pelo PT, tendo sido reeleito em 2008. Atualmente é integrante da Comissão Executiva Nacional do partido e dedica-se a projetos de políticas públicas.

Democracia Socialista - Tendência Interna do PT

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  • 1979-1981 / 1988-

A Democracia Socialista (DS) é uma organização trotskista fundada em 1979 como seção do Secretariado Unificado da IV Internacional, dirigido por Ernest Mandel. Resultou da aproximação dos grupos Peleia e Centelha, atuantes no Rio Grande do Sul e em Minas Gerais, respectivamente, com a Tendência Socialista do Movimento Democrático Brasileiro(MDB) gaúcho, composta por remanescentes do Partido Operário Comunista Combate. Tais setores colaboraram com outros grupos em 1977 no lançamento do jornal Em Tempo, que logo se tornou o órgão porta-voz da DS. A organização aderiu desde o início ao PT, opondo-se à Articulação. Recebeu novas adesões em 1981, quando passou a denominar-se Organização Revolucionária Marxista – Democracia Socialista (ORM-DS). Em 1988, se assumiu como tendência do PT e passou novamente a denominar-se Democracia Socialista (DS). Nos anos 1990, no PT, participou da chapa Opção de Esquerda, integrada também pela Articulação de Esquerda, que conquistou maioria na composição das instâncias nacionais do partido entre 1993 e 1995. A partir de 2004, sofreu dissidências que se somaram à construção do Partido Socialismo e Liberdade (PSol). Atualmente, no PT, a DS integra o campo Mensagem ao Partido.

Comitê de Solidariedade aos Povos da América Latina de Campinas

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  • 1984-1993

O Comitê de Solidariedade aos Povos da América Latina de Campinas foi parte de um movimento mais amplo, ocorrido no Brasil, de solidariedade às lutas populares em curso nos países da região. O Comitê de Campinas foi constituído em1984 e permaneceu em atividade até meados dos anos 1990. Ao longo desse período, realizou debates, cursos e seminários e manifestou-se em apoio às lutas populares em diferentes países, sobretudo na Nicarágua, El Salvador, Chile e Argentina. Juntamente com outras instituições, tais como os Comitês de Piracicaba, da região do ABC paulista e de Rio Claro, também colaborou para a realização dos Encontros Nacionais de Solidariedade aos Povos da América, que em 1990 alcançou a sua oitava edição. Durante esse tempo, manteve ainda uma rica biblioteca aberta ao público, constituída não apenas de livros, mas também de publicações periódicas, panfletos e folhetos, editadas por movimentos sociais e organizações políticas no Brasil e no exterior.

Bargieri, Beatriz do Vale

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  • 1943-

Beatriz do Valle Bargieri é natural do Rio de Janeiro/RJ. Graduou-se em arquitetura pela então Universidade do Brasilem 1967, onde iniciou sua militância e aproximou-se da Ação Popular. Mudou-se para São Paulo em 1969, onde vive até hoje. Como integrante da direção regional da AP, foi presa em 1973. Libertada em 1975, envolveu-se no movimento de mulheres, tendo integrado o jornal Brasil Mulher. Em 1978 participou da campanha de Geraldo Siqueira, eleito deputado pelo MDB. Integrou o PT e a CUT desde o início. No PT foi fundadora da Comissão de Mulheres e coordenou as candidaturas de Clara Scharf e Rosalina Santa Cruz nas eleições de 1982 e 1986, respectivamente. Nas décadas de1980 e 1990 participou de entidades de assessoria a prefeituras populares, como o Instituto de Políticas Públicas e o Instituto Polis. Graduada em Direito em 1992, integrou a Procuradoria do Município de Jandira no final dos anos 1990,sob gestão petista. Integrou em 2002 a assessoria da Comissão de Indenização pela tortura praticada por agentes doestado de São Paulo contra presos políticos, passando, em 2005, à Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, como representante dos anistiados, onde permaneceu até o início de 2009.

Gil, Áurea

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  • 1950-

Áurea Gil é natural de Olímpia/SP. Bacharel em história e educação pela Universidade de São Paulo (USP), atua como radialista e produtora de TV e cinema. Trabalhou na coordenação de produção de programas como “Mundo da Lua” e “Castelo Rá-Tim-Bum”, produzidos pela TV Cultura, e “Telecurso 2000”, produzido pela Fundação Roberto Marinho. Áurea Gil considera-se uma simpatizante do PT. Envolveu-se pontualmente em atividades do partido, sobretudo no comitê da campanha de Lula ao governo de São Paulo em 1982 e na Secretaria de Educação Política do Diretório Regional do PT no Estado de São Paulo (SEP/DR-SP). Ao visitar o Acre por razões de ordem pessoal em 1984, efetuou registros das lutas populares na região e coletou materiais sobre essa temática a pedido de membros da SEP. A esses materiais somaram-se rolos de filmes confiados à titular por José Dirceu, os quais registram as lutas estudantis de 1968.

Projeto Memória Sindical de Santos

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  • 1992-

A Fundação Arquivo e Memória de Santos teve início em 1992, quando foi criado o Centro de Memória, então vinculado à Secretaria Municipal de Cultura. Passou a denominar-se Centro de Memória Cultural, em abril de 1993 e a responder à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano. No final de 1994, passou à subordinação da Secretaria Municipal de Administração e recebeu o nome de Centro de Memória e Arquivo. Em 1995 a Administração Municipal, atribuiu autonomia administrativa e maior liberdade na busca de recursos humanos, técnicos e financeiros ao Centro de Memória, criando assim a Fundação Arquivo e Memória de Santos - FAMS.
Coleção Memória Sindical – 1930/1964: A história do movimento operário de Santos remete ao último quartel do século XIX, quando a cidade passou por imensas transformações. Nesse período foi construído o cais do Porto de Santos, criado o Centro Socialista de Santos, foi o período de grandes migrações para a cidade, a São Paulo Railway para escoar o café do interior paulista, e a obra de saneamento de Saturnino de Brito. Na década de 20 surge o Partido Comunista Brasileiro (PCB) de grande influência política em Santos e na organização sindical dos trabalhadores. Na década de 30 surgem os sindicatos, que após a ditadura de Vargas adquirem grande desenvoltura. Na década de 50 o movimento sindical amplia sua atuação, sendo no porto destaque os trabalhadores ligados aos sindicatos dos Operários, da Administração (Companhia Docas de Santos) e da Estiva. Nesse período dois partidos se destacam na cidade: O Partido Comunista brasileiro (PCB) e o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). Temos na década de 60 o Fórum Sindical de Debates, e no Rio de Janeiro é criado o Comando Geral dos Trabalhadores (CGT), central única em nível nacional, presidida pelo estivador santista Osvaldo Pacheco da Silva. Esse processo tem uma interrupção violenta como golpe militar de 1964. O Projeto procurou estudar o período de 1930 a 1964 privilegiando os depoimentos dos chamados líderes sindicais, ou seja, dos trabalhadores com militância mais ativa nessa fase. Essa coleção tem valor importante para o Memórias Reveladas pois seus depoimentos relatam a fase dura da repressão pela qual passaram os trabalhadores de Santos na fase logo posterior ao Golpe de 64. Os depoimentos dos trabalhadores relatam as prisões torturas, perseguições, demissões e também as detenções no navio Raul Soares. Esse projeto foi coordenado pela Profª Conceição da Piedade Martins, sob a orientação do Profº Reinaldo Lopes Martins.

Centro Pastoral Vergueiro

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  • 1973-

O Centro Pastoral Vergueiro (CPV) foi criado juridicamente como entidade sem fins lucrativos em 15 de novembro de1973, segundo ata registrada no 1.º Cartório de Notas da cidade de São Paulo. Por iniciativa de um frei dominicano Giorgio Callegari, constitui-se um grupo de voluntários (professores universitários, estudantes secundaristas, estudantes universitários e outros frades dominicanos) para reunir e organizar documentos produzidos pelos diversos grupos atuantes na sociedade (partidos, organizações políticas, de bairros e sindicais), bem como outras informações veiculadas pela imprensa e pelo mercado editorial que fosse de interesse desses grupos organizados.
Em 1989, a entidade passou a se denominar Centro de Documentação e Pesquisa Vergueiro (ata registrada em cartório). Conforme o estatuto atual, registrado em 21 de junho de 2007, a entidade é constituída por uma diretoria, eleita a cada três anos, por um conselho fiscal e pelo corpo de associados.
São finalidades do CPV:
I - promover e apoiar atividades educacionais, culturais, de pesquisa e de formação geral;
II - incentivar comportamentos de participação, organização e solidariedade, criando ou estimulando as atividades que se fizerem necessárias para este fim;
III - apoiar e incentivar a constituição de outros centros com o mesmo caráter;
IV - coletar, organizar e colocar à disposição a documentação dos movimentos dos trabalhadores;
V - incentivar os movimentos sociais a documentar a sua memória.
Para atingir seus objetivos, o CPV pode estabelecer parcerias com instituições e entidades com fins semelhantes.

Sousa, José Herbert de

  • Dado não disponível
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  • 1935-1997

A trajetória de militância de Betinho vem da adolescência, a partir do contato que travou com padres dominicanos que exerceram grande influência na Ação Católica, em Belo Horizonte. Betinho teve grande participação no movimento estudantil. Durante o curso secundário ingressou na Juventude Estudantil Católica (JEC) e depois, durante o período universitário, fez parte da Juventude Universitária Católica (JUC). Nesse momento, começou a viajar pelo Brasil nas caravanas do Centro Popular de Cultura (CPC) da União Nacional dos Estudantes (UNE).
Na Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), fez parte do núcleo que fundou a Ação Popular (AP), organização política fundada no fim de 1962, formada por católicos(as) determinados(as) a construir o socialismo no Brasil. Desde então, ficaram claros os princípios que marcariam seu discurso e suas ações.
Em 1962, formou-se em Sociologia e engajou-se na luta pelas chamadas reformas de base que marcaram o governo João Goulart. Ao mesmo tempo, exerceu funções de coordenação e assessoria no Ministério da Educação e Cultura –onde fez articulações a favor do projeto de alfabetização de pessoas adultas do então jovem professor pernambucano Paulo Freire – e na Superintendência de Reforma Agrária. Além disso, elaborou estudos sobre a estrutura social brasileira para a Comissão Econômica para a América Latina (Cepal), da Organização das Nações Unidas (ONU).
Depois do golpe de 1964, Betinho passou a atuar na resistência à ditadura militar. Perseguido pelo regime, ficou na clandestinidade. Continuou militando na AP e fez parte do movimento operário, passando a morar no ABC paulista. Em1971, quando a repressão intensificou-se, partiu para o exílio.
Morou primeiro no Chile, onde viviam cerca de 5 mil brasileiros e brasileiras articulados em mais de 40 grupos de esquerda. Deu aulas na Faculdad Latinoamericana de Ciencias Sociales, em Santiago, e atuou como assessor do presidente Allende, deposto em 1973 pelo general Augusto Pinochet com apoio da CIA. Conseguiu escapar do sangrento golpe asilando-se na embaixada do Panamá. Em 1974, já vivendo um processo de desengajamento da AP, foi para o Canadá e depois para o México, onde cursou o doutorado e deu novo rumo à sua história pessoal.
Durante o exílio, exerceu cargos de direção e consultoria em organizações como o Conselho Latino-americano de Pesquisa para a Paz (Ipra), a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e o Latin American Research Unit (Laru). Ainda no exílio, participou da criação do Centro de Estudos Latino-americanos, que produzia análises sobre a América Latina veiculadas em diversas publicações e até em audiovisuais. Era uma espécie de pré-Ibase, como gostava de dizer, comparando com o instituto que fundaria com os companheiros de exílio Carlos Afonso e Marcos Arruda, dois anos depois de voltar ao Brasil.
No fim da década de 1970, com o aumento das pressões para a abertura política no Brasil, o nome do irmão do Henfil tornou-se um dos símbolos da campanha pelo retorno das pessoas que haviam sido cassadas e exiladas, celebrizado nos versos da canção de Aldir Blanc e João Bosco, "O bêbado e o equilibrista".
Em 1979, com a anistia, voltou ao Brasil. Betinho trouxe do exterior a experiência de um novo modo de organização da sociedade civil que não passava pelos partidos políticos e pelos sindicatos. No início da década de 1980, fundou o Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), instituição de caráter suprapartidário e supra-religioso dedicada a democratizar a informação sobre as realidades econômicas, políticas e sociais no Brasil, que presidiria até sua morte.
Betinho desempenhou papel decisivo como articulador da Campanha Nacional pela Reforma Agrária, congregando entidades de trabalhadores(as) rurais em busca de uma solução para a grave questão da distribuição, posse e uso da terra, um dos principais problemas estruturais dos países em desenvolvimento. Na luta pela democratização da terra, organizou, em 1990, o movimento Terra e Democracia, que levou ao Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro, milhares de pessoas.
Em 1985, Betinho soube que havia se infectado com o HIV numa das transfusões de sangue que precisava fazer periodicamente, em função da hemofilia. A inevitabilidade da doença sem cura o estimulou a abrir uma nova frente de luta. Em 1986, ajudou a fundar a Associação Brasileira Interdisciplinar de Aids (Abia), uma das primeiras e mais influentes instituições do país nessa área, da qual foi presidente durante 11 anos.
Em 1992, integrou a liderança do Movimento Pela Ética na Política, que culminou no impeachment do então presidente Fernando Collor de Mello, em setembro do mesmo ano, e serviu de base para a maior mobilização da sociedade brasileira em favor das populações excluídas: a Ação da Cidadania contra a Miséria, a Fome e pela Vida.
Mostrou-se também um especialista no trato com a mídia, deixando suas ideias registradas em inúmeras entrevistas. Não foi por acaso que foi escolhido o Homem de Ideias 1993 pelo suplemento cultural do Jornal do Brasil. Betinho morreu aos 61 anos em sua casa, no bairro de Botafogo, Zona Sul do Rio de Janeiro, em 9 de agosto de 1997, um sábado à noite, cercado por amigos, amigas e parentes.

Conferência Nacional da Classe Trabalhadora (1.: 1981, São Paulo). Comissão Executiva Nacional

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  • 1981

A Comissão Executiva Nacional da 1ª Conferência Nacional da Classe Trabalhadora foi constituída durante a Plenária Nacional de Dirigentes Sindicais realizada no dia 21 de março de 1981 no Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas de São Paulo. A Plenária contou com a participação de 183 entidades sindicais de 13 Estados e do Distrito Federal, representando diversas correntes sindicais e políticas. Os participantes decidiram convocar a Conferência Nacional da Classe Trabalhadora (CONCLAT) para o mês de agosto do mesmo ano no Estado de São Paulo. A Comissão Executiva Nacional (CEN) nas suas primeiras reuniões formou três Subcomissões com objetivo de organizar a Conferência:
Subcomissão de Secretaria e Divulgação: Edson Barbeiro Campos – Sindicato dos Bancários de São Paulo; Hugo Martinez Perez – Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas de São Paulo.
Subcomissão de Organização: Joaquim dos Santos Andrade – Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo; Raimundo Rosa Lima – Sindicato dos Trabalhadores em Panificação de São Paulo.
Subcomissão de Finanças: Arnaldo Gonçalves – Sindicato dos Metalúrgicos de Santos; Luiz Inácio da Silva (Lula) - Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema. Também integrou essa Subcomissão Rubens Fandino - Sindicato dos Eletricitários de São Paulo.
A CONCLAT ocorreu nos dias 21, 22 e 23 de agosto de 1981 na cidade de Praia Grande, Estado de São Paulo, e reuniu milhares de trabalhadores da cidade e do campo. A CONCLAT criou a Comissão Nacional Pró-CUT.

Central Única dos Trabalhadores

  • Dado não disponível
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  • 1983

A Central Única dos Trabalhadores (CUT), foi fundada em 28 de agosto de 1983, na cidade de São Bernardo do Campo, em São Paulo, durante o 1º Congresso Nacional da Classe Trabalhadora (CONCLAT). Naquele momento, mais de cinco mil homens e mulheres, vindos de todas as regiões do país, lotavam o galpão da extinta companhia cinematográfica Vera Cruz e imprimiam um capítulo importante da história.

A Central Única dos Trabalhadores (CUT) é uma organização sindical brasileira de massas, em nível máximo, de caráter classista, autônomo e democrático, cujo compromisso é a defesa dos interesses imediatos e históricos da classe trabalhadora.

Baseada em princípios de igualdade e solidariedade, seus objetivos são organizar, representar sindicalmente e dirigir a luta dos trabalhadores e trabalhadoras da cidade e do campo, do setor público e privado, ativos e inativos, por melhores condições de vida e de trabalho e por uma sociedade justa e democrática.

Presente em todos os ramos de atividade econômica do país, a CUT se consolida como a maior central sindical do Brasil, da América Latina e a 5ª maior do mundo, com 3. 806 entidades filiadas, 7.847.077 trabalhadoras e trabalhadores associados e 23.981.044 trabalhadoras e trabalhadores na base.

Desde sua fundação, a CUT tem atuação fundamental na disputa da hegemonia e nas transformações ocorridas no cenário político, econômico e social ao longo da história brasileira, latino-americana e mundial. Os avanços obtidos na proposta de um Sistema Democrático de Relações de Trabalho e a eleição de um operário à presidência da República em 2002, são fortes exemplos dessas mudanças e resultados diretos das ações da CUT em sua luta incansável pela garantia e ampliação de direitos da classe trabalhadora.

Princípios

A CUT defende a liberdade e autonomia sindical com o compromisso e o entendimento de que os trabalhadores têm o direito de decidir livremente sobre suas formas de organização, filiação e sustentação financeira, com total independência frente ao Estado, governos, patronato, partidos e agrupamentos políticos, credos e instituições religiosas e a quaisquer organismos de caráter programático ou institucional.

Para a Central, as lutas da classe trabalhadora são sustentadas pela unidade a partir da vontade e da consciência política dos trabalhadores.

Comissão Nacional Pró-CUT

  • Dado não disponível
  • Corporate body
  • 1982

A Comissão Pró-CUT do Estado de São Paulo foi constituída no 2º Encontro Estadual da Classe Trabalhadora (ENCLAT), realizado nos dias 30 e 31 de julho e 01 de agosto de 1982. A convocação desse encontro foi feita pela Comissão Sindical Única do Estado de São Paulo. A Comissão Pró-CUT era composta por 25 sindicalistas e funcionou por um período na sede do Sindicato dos Marceneiros de São Paulo. Até o mês de julho de 1983 ela realizou o 3º ENCLAT e ainda mais dois congressos estaduais da classe trabalhadora. Com a cisão do movimento sindical e a fundação da Central Única dos Trabalhadores os membros da Pró-CUT São Paulo que apoiavam a criação da Central organizaram um congresso estadual nos dias 27, 28 e 29 de abril de 1984 e fundaram a Central Única dos Trabalhadores Estadual São Paulo (CUT Estadual SP).

Cardoso, José Domingos

  • Dado não disponível
  • Person
  • 1940-2001

José Domingos Cardoso (Ferreirinha) nasceu em Araquari, estado de Santa Catarina, em 12 de dezembro de 1940. O apelido Ferreirinha lhe foi dado quando ainda era criança porque ajudava o avô materno na profissão de ferreiro. O seu primeiro emprego foi aos 14 ou 15 anos numa tecelagem em Joinville. Nessa época iniciou sua militância em movimentos católicos e ingressou na Juventude Operária Católica (JOC). Em 1963, transferiu-se para o Rio de Janeiro onde trabalhou como metalúrgico. No ano de 1964, assumiu o cargo de presidente nacional da JOC, permanecendo na função até 1968. Nesse mesmo ano ingressou na organização política Ação Popular (AP) e passou para a clandestinidade permanecendo nesta condição até 1972, quando buscou asilo político na Bélgica. Antes disso, rompeu com a Ação Popular e ingressou no Movimento Popular de Libertação (MPL). Ferreirinha viveu na Bélgica até 1975, onde atuou na Executiva Internacional da JOC como responsável pelos países de língua portuguesa na África. Depois se transferiu para a França, onde ficou até a anistia política em 1979. Nesse ano regressou ao Brasil e se estabeleceu novamente no Rio de Janeiro, voltando a atuar no movimento sindical e também no Centro de Educação e Ação Comunitária (CEDAC). Participou da fundação da Central Única dos Trabalhadores (CUT), sendo membro de sua direção em várias ocasiões. Na Executiva Nacional da CUT foi o responsável por questões relacionadas à tecnologia e automação, participou da Comissão Contra a Discriminação Racial e representou a entidade no Conselho Nacional de Segurança Alimentar. Ainda ocupou cargos no Sindicato dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro e ajudou a formar o ramo metalúrgico da CUT. Na Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM) teve uma atuação relevante na área de relações internacionais por ter tido uma intensa convivência com o sindicalismo europeu. Atuou ainda na construção do Partido dos Trabalhadores (PT), tendo disputado uma eleição para deputado estadual e outra para vereador, no Rio de Janeiro. Faleceu nessa mesma cidade em 21 de fevereiro de 2001, sendo velado na Câmara Municipal.

Encontro Nacional dos Trabalhadores em Oposição à Estrutura Sindical (Brasil). Comissão Organizadora (Regional São Paulo)

  • Dado não disponível
  • Corporate body
  • 1980

No dia 19 de janeiro de 1980 ocorreu uma reunião em São Paulo com a presença de cerca de 100 sindicalistas, representando 41 categorias profissionais de 10 Estados brasileiros, que aprovou a realização de um encontro nacional de trabalhadores contrários à estrutura sindical vigente. Os participantes decidiram que o encontro nacional seria antecedido de encontros estaduais e por isso os sindicalistas paulistas criaram a Comissão Organizadora do Encontro Nacional dos Trabalhadores em Oposição à Estrutura Sindical – Regional São Paulo. Primeiramente, formaram três Comissões: Finanças, Divulgação e Organização, mas logo em seguida elas se integraram numa única Comissão de Organização. Os sindicalistas paulistas organizaram dois encontros estaduais (junho e agosto) preparatórios ao encontro nacional de setembro de 1980. Esse encontro passou a ser conhecido pela sigla ENTOES.

Comissão Pró-CUT do Estado de São Paulo

  • Dado não disponível
  • Corporate body
  • 1981

A Comissão Nacional Pró-CUT foi constituída na Conferência Nacional da Classe Trabalhadora (CONCLAT) ocorrida nos dias 21, 22 e 23 de agosto de 1981 na cidade de Praia Grande, Estado de São Paulo. A Comissão era composta por56 sindicalistas e tinha como incumbência encaminhar o plano de lutas aprovado e organizar o congresso de fundação da Central Única dos Trabalhadores em 1982. Na primeira reunião em setembro de 1981, em Brasília, a Pró-CUT elegeu uma Executiva de 23 membros efetivos e seis suplentes. A Executiva desenvolveu suas atividades descentralizadas, sendo que a Secretaria Administrativa, a Secretaria de Finanças e a Secretaria de Divulgação ficaram no Rio de Janeiro. As atividades de infraestrutura para a realização do congresso foram centralizadas em São Paulo. Em meados de 1982 as divergências que permeavam o movimento sindical provocaram uma cisão na Pró-CUT e o adiamento do congresso de fundação. Todavia, no final daquele ano, houve um acordo entre as correntes e a recomposição da Executiva. Na reunião da Comissão Nacional Pró-CUT nos dias 09 e 10 de abril de 1983, criaram três subcomissões dedicadas exclusivamente à organização do congresso em agosto: Subcomissões de Infraestrutura, Finanças e Divulgação. As divergências retornaram no mês de julho quando os sindicalistas da Unidade Sindical e seus aliados tentaram mais uma vez adiar o congresso, não havendo a concordância dos sindicalistas vinculados ao Novo Sindicalismo. Esse setor reorganizou as Comissões e Subcomissões e manteve a convocação do congresso para os dias 26, 27 e 28 de agosto de 1983, em São Bernardo do Campo, São Paulo. O congresso fundou a Central Única dos Trabalhadores.

Comissão Executiva Nacional da 1ª Conferência Nacional da Classe Trabalhadora

  • Dado não disponível
  • Corporate body
  • 1981-

A Comissão Executiva Nacional da 1ª Conferência Nacional da Classe Trabalhadora foi constituída durante a Plenária Nacional de Dirigentes Sindicais realizada no dia 21 de março de 1981 no Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas de São Paulo. A Plenária contou com a participação de 183 entidades sindicais de 13Estados e do Distrito Federal, representando diversas correntes sindicais e políticas. Os participantes decidiram convocar a Conferência Nacional da Classe Trabalhadora (CONCLAT) para o mês de agosto do mesmo ano no Estado de São Paulo. A Comissão Executiva Nacional (CEN) nas suas primeiras reuniões formou três Subcomissões com objetivo de organizar a Conferência:
Subcomissão de Secretaria e Divulgação: Edson Barbeiro Campos – Sindicato dos Bancários de São Paulo; Hugo Martinez Perez – Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas de São Paulo.
Subcomissão de Organização: Joaquim dos Santos Andrade – Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo; Raimundo Rosa Lima – Sindicato dos Trabalhadores em Panificação de São Paulo.
Subcomissão de Finanças: Arnaldo Gonçalves – Sindicato dos Metalúrgicos de Santos; Luiz Inácio da Silva (Lula) -Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema. Também integrou essa Subcomissão Rubens Fandino - Sindicato dos Eletricitários de São Paulo.
A CONCLAT ocorreu nos dias 21, 22 e 23 de agosto de 1981 na cidade de Praia Grande, Estado de São Paulo, e reuniu milhares de trabalhadores da cidade e do campo. A CONCLAT criou a Comissão Nacional Pró-CUT.

Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra

  • Dado não disponível
  • Corporate body
  • 1970-

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) tem suas origens no final da década de 1970 quando, no estado do Rio Grande do Sul, em , em 7 de setembro de 1979, agricultores sem terra ocuparam a gleba Macali, em Ronda Alta. Essa ação contou com apoio da Comissão Pastoral da Terra (CPT) e ocorreu em resposta ao descaso do governo para com diversas outras formas de luta utilizadas pelos sem-terra. Na mesma época, em várias outras regiões do país, camponeses também estavam lutando para assegurar ou para voltar a morar e trabalhar na terra.
Sua fundação ocorreu em 1984, por ocasião do primeiro encontro dos trabalhadores rurais sem terra, realizado em Cascavel, Paraná. Desde então, o MST tem lutado para ampliar o número de famílias assentadas e ter presença em todas as regiões brasileiras. Atualmente atua em 23 estados, onde participam nos assentamentos mais de 1,5 milhão de pessoas, sendo 300 mil famílias assentadas e 80 mil que ainda vivem em acampamentos.

Partido Comunista Brasileiro

  • Dado não disponível
  • Corporate body
  • 1922

O Partido Comunista Brasileiro foi um partido político de âmbito nacional, fundado em março de 1922 com o nome de Partido Comunista do Brasil e tendo por sigla PCB. seu objetivo, desde a fundação, foi promover a revolução proletária no Brasil e conquistar o poder político para realizar a passagem do sistema capitalista para o sistema socialista. Atuou, durante a maior parte de sua existência, na ilegalidade. sobreviveu a todas as alterações político-institucionais por que passou o Brasil nos anos 60, assim como às crises internas que, em muitos momentos, determinaram a saída ou expulsão de vários de seus integrantes.
A alteração do seu nome para Partido Comunista Brasileiro ocorreu durante a conferência nacional realizada em agosto de 1961, com a finalidade de facilitar o registro eleitoral e a legalização.
Nas décadas de 1980 e 1990, com as transformações da política mundial e a crise por que passou o pensamento socialista, o PCB enfrentou vários debates internos que culminaram no X Congresso do Partido, em 1992, quando modificou vários pontos programáticos e sua denominação para Partido Popular Socialista (PPS).

Morena, Roberto

  • Dado não disponível
  • Person
  • 1902-1978

Roberto Morena foi uma das mais destacadas lideranças do movimento sindical e do Partido Comunista do Brasil. Nasceu no Rio de Janeiro em 1902, filho de imigrantes italianos. Marceneiro, começou sua militância como anarco-sindicalista em 1917. Em 1924 ligou-se ao Partido Comunista do Brasil, devotando-se à causa partidária e revolucionária. Foi preso em 1932, na Ilha Grande. Em 1934 foi libertado e exilou-se no Uruguai. Em 1935 participou do levante da Aliança Nacional Libertadora (ANL), foi preso novamente em 1936 e libertado no ano seguinte.
Em outubro de 1937 foi para a Espanha organizar o envio de voluntários para lutarem, ao lado das forças republicanas, na Guerra Civil Espanhola. Refugiou-se em 1939 na União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), tendo regressado ao Brasil em 1943, quando assumiu o trabalho de reorganização do PCB. Dirigiu o partido no Rio de Janeiro e tornou-se secretário geral da recém-fundada Confederação dos Trabalhadores do Brasil.
Em 1947 exilou-se no México e assumiu a secretaria da Confederação dos Trabalhadores da América Latina. Retornou ao Brasil em 1950 elegendo-se deputado federal pela legenda do Partido Republicano Trabalhista, atuando até 1955.
Durante a década de 1960 atuou na vanguarda do movimento sindical brasileiro. Teve seus direitos políticos suspensos pelo AI-1. Passou os últimos anos de sua vida no exílio, envolvido com as questões políticas internacionais do comunismo. Faleceu em Praga no dia 05 de setembro de 1978.

Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra

  • Dado não disponível
  • Corporate body
  • 1970-

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST ) tem suas origens na década de 1970. Nesta época, surgiram em todas as regiões do país manifestações camponesas contra as formas de expropriação e expulsão da terra, que resultaram das transformações da agricultura brasileira na ampliação da exploração dos trabalhadores rurais.
A expansão da fronteira agrícola, megaprojetos como barragens e a mecanização combinaram para eliminar pequenas e médias lavouras e contribuíram para a concentração capitalista da terra. Este processo intensificou o êxodo rural que forçou a migração de mais de 30 milhões de camponeses. Dos que migraram para a cidade, motivados pela aceleração do processo de industrialização - o chamado "milagre brasileiro" - grande parte ficou desempregada na virada dos anos 1980, quando a indústria brasileira apresentou sintomas da crise. Assim, duas portas de mobilidade social no campo e na cidade foram fechadas para os camponeses. Alguns tentaram resistir na cidade e outros se mobilizaram para voltar à terra, buscando diversas formas de luta. Desta tensão, movimentos locais e regionais se desenvolveram na luta pelo território.

Em 1984, apoiados pela CPT - Comissão Pastoral da Terra, representantes destes movimentos socioterritoriais, sindicatos de trabalhadores rurais e outras organizações reuniram-se em Cascavel, Paraná, no 1º Encontro Nacional dos Trabalhadores Rurais Sem Terra para fundar o MST. Desde então, o MST tem lutado para ampliar o número de famílias assentadas e territorializar-se por todas as regiões brasileiras. Atualmente o MST está organizado em 24 estados em milhares de assentamentos. Entre 2000 e 2007, o Movimento organizou 65% das ocupações de terras no Brasil.

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