Na Avenida Rio Branco, a mais importante do centro da cidade do Rio, o matutino Jornal do Brasil do Conde Ernesto Pereira Carneiro, inaugurou, no dia 10 de agosto de 1935, a sua emissora, que tinha o prefixo PRF 4.
Foi a primeira rádio jornalística do Rio de Janeiro, apesar de dedicar uma parte de seus horários para programas musicais e programas esportivos.
Durante décadas, o Grupo JB fez dela uma tribuna livre para todas as correntes de pensamento social e político brasileiras.
Nos anos 60 e anos 70, a rádio peitou a censura e conseguiu veicular reportagens e entrevistas, que nas entrelinhas demonstravam o caos em que o Brasil tinha se tornado. Uma verdade que os governos pós-1964 não queriam, obviamente, que viesse a público.
Uma vez, houve uma manifestação de alunos da PUC-RJ contra o governo militar. Para fugir da censura, o repórter da JB AM, de um helicóptero, apenas dizia no ar algo como: "Está havendo um congestionamento nas proximidades da rua Marquês de São Vicente".
Possuía uma programação dirigida as classes A e B, com música selecionada, filosofia contestadora do samba, música do morro e gafiera.
A Rádio Jornal do Brasil firmou-se, também pela iniciativa de transmitir as reuniões turfísticas e de inserir, entre os páreos e cotações de apostas, música erudita, na maioria das vezes.
Nesta emissora pontificaram dois profissionais que integram a história de nossa radiodifusão: Luiz Jatobá e Teófilo de Vasconcelos, o último um excelente narrador de corridas de cavalos.
A JB AM foi uma das emissoras brasileiras de maior credibilidade. A emissora se pautava, desde sua fundação, por um estilo sóbrio, elegante e imparcial. Embora o jornalismo se constituísse na prioridade, a emissora entremeava seus noticiosos com uma programação musical de qualidade, sem espaço para modismos e para músicas de qualidade duvidosa.
A rádio entrou em profunda crise nos anos 80, com o cerco contrário do mercado publicitário, já voltado quase completamente para a TV e o mercado editorial, e quando muito, às novas rádios FMs.
A grave crise do Grupo Jornal do Brasil fez com que a Rádio JB AM fosse vendida em 1992 para o deputado estadual Francisco Silva, que a transforma na evangélica Brasil AM. Em 1999, a rádio foi arrendada para a LBV e muda o nome para Super Rádio Brasil, com programação musical intercalada com jornalismo.
Do Sistema JB de Rádio, restaram a Rádio Cidade e a JB FM. Atendendo ao Plano Básico de dial's da Anatel de 2009, quatro emissoras de rádio FM da cidade do Rio de Janeiro tiveram de mudar suas frequências, entre eles, a JB FM, em 99.7 MHz, passando a ocupar, desde o dia 20 de janeiro 2012 o canal adjacente 99.9 MHz. A sintonia da emissora mudou, mas ela continua com a mesma programação. Eram também do grupo da Rádio JB as emissoras FM 105 de música popularesca, formada por Funk, Axé e Pagode. Ela chegou a pertencer a empresa de ônibus Rio Ita, mas posteriormente foi vendida a Edir Macedo e a Igreja Universal do Reino de Deus, e a Rádio Opus 90 ligado ao estilo Música clássica e Musica erudita que competia com a Rádio MEC FM foi comprada pelo Jornal O Dia que o transformou na FM O Dia.