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Registro de autoridad
Arquivo Público Mineiro

Bernardes, Arthur da Silva

  • Dado não disponível
  • Persona
  • 1875 - 1955

Arthur da Silva Bernardes nasceu em Viçosa (MG) no dia 8 de agosto de 1875 e faleceu no dia 23 de março de 1955, no Rio de Janeiro.
Em 1887, iniciou os estudos secundários no Colégio do Caraça. Porém, teve que interrompê-los devido à crise econômico-financeira ocorrida após a abolição da escravatura de 1888.
Em 1894, matriculou-se no externato do Ginásio Mineiro, em Ouro Preto. Posteriormente, matriculou-se como aluno ouvinte no primeiro ano da Faculdade Livre de Direito de Minas Gerais e, como acadêmico de Direito, participou de vários movimentos estudantis. Arthur Bernardes concluiu o curso na Faculdade de Direito de São Paulo em 1900.
Casou-se com Clélia Vaz de Melo, filha do Senador Carlos Vaz de Melo, chefe político de Viçosa, no ano de 1903. Após a morte do sogro, em 1904, Bernardes assumiu o comando da política municipal e também a direção do jornal Cidade de Viçosa. Sua ascensão política foi rápida. Pelo Partido Republicano Mineiro (PRM), foi eleito Deputado Estadual, Deputado Federal e nomeado Secretário das Finanças do Estado de Minas Gerais. Foi Presidente de Minas de 1918 a 1922, período em que fortaleceu a economia e a política mineira e reformulou o PRM.
Como homem forte do partido e do sistema, tornou-se Presidente da República em 1922. Durante a sua campanha à presidência destaca-se o episódio das “cartas falsas” a ele atribuídas, com a finalidade de incompatibilizá-lo com as Forças Armadas. Seu mandato presidencial foi cumprido em ambiente político tenso, governando praticamente sob estado de sítio e sob a ameaça revolucionária do movimento tenentista. Enfrentou grave crise econômico-financeira, mas reorganizou o crédito bancário, realizou a reforma do ensino, criou o Conselho Nacional do Trabalho, instituiu lei de imprensa e propôs uma divisão nos códigos penal e comercial. Apesar da oposição da sociedade, terminou o seu mandato fiel a seu objetivo de assegurar a qualquer preço a ordem
Ao deixar a presidência, foi eleito Senador – 1927 a 1932 –, não tendo completado o segundo mandato em função das modificações trazidas pela Revolução de 1930. Foi um dos líderes da Revolução Constitucionalista de 1932. Derrotado o movimento, foi preso e exilado em Portugal por dois anos. Anistiado, retornou ao Brasil e foi eleito Deputado Federal até 1937, quando ocorreu o golpe do Estado Novo. Foi um dos signatários do Manifesto dos Mineiros, em 1943, manifestação contrária à ditadura de Vargas. Após o período ditatorial, elegeu-se Deputado Federal.
Em 1948, como Presidente da Comissão de Segurança Nacional, foi encarregado de examinar o tratado firmado no Peru, que criou o Instituto Internacional da Hiléia Amazônica. Bernardes, no seu parecer, denunciou o que considerava serem as intenções secretas do tratado. Nacionalista, em seus discursos, alertava a Nação contra o perigo do desmembramento da Amazônia e da perda da soberania nacional.
Pertenceu ao PRM, à UDN e ao PR, sendo Presidente das respectivas Comissões Executivas.

Luz, Carlos Coimbra da

  • Dado não disponível
  • Persona
  • 1894-1961

Carlos Coimbra da Luz nasceu na cidade de Três Corações, estado de Minas Gerais, em 4 de agosto de 1894. Advogado, formado na Faculdade Livre de Direito de Minas Gerais (1915), Na cidade mineira de Leopoldina, foi professor, secretário do Conselho Superior de Instrução Pública (1911-1915), secretário do Conselho Estadual (1915), delegado de polícia (1915-1918), promotor da Comarca local (1918-1920), redator e diretor da Gazeta de Leopoldina (1920), e iniciou sua carreira política como vereador, presidente da Câmara Municipal e prefeito da cidade de 1923 a 1932, tendo sido afastado do cargo por um curto período de tempo, em decorrência da Revolução de 1930. Foi secretário de Agricultura, Viação e Obras Públicas de Minas Gerais (1932-1933), secretário do Interior do mesmo estado (1933-1935) e deputado federal (1935-1937) pelo Partido Progressista de Minas Gerais (PP). Membro do conselho administrativo da Caixa Econômica Federal do Rio de Janeiro (CEF-RJ), e diretor de sua Carteira Hipotecária (1937-1938), tornou-se vice-presidente (1938-1939) e presidente (1939-1946) da CEF-RJ, integrando, nessa condição, o Conselho Superior das Caixas Econômicas Federais. Um dos fundadores e membro da executiva do Partido Social Democrático de Minas Gerais (PSD), foi eleito deputado constituinte nessa legenda em 1945, mas não chegou a tomar posse, pois foi nomeado ministro da Justiça e Negócios Interiores (1946). Substituído no ministério, reassumiu seu mandato, reelegendo-se deputado federal pelo PSD nas legislaturas seguintes (1947-1961). Presidente da Câmara dos Deputados em 1955, assumiu a presidência da República com a morte de Getúlio Vargas e o impedimento do vice Café Filho.
Faleceu no Rio de Janeiro em 9 de fevereiro de 1961.