Área de identificação
Código de referência
Título
Data(s)
- 1918 - 2008 (Produção)
Nível de descrição
Fundo/Coleção
Dimensão e suporte
Documentação Textual: 3,10 metros.
Fotografias: 150 unidades
Fitas áudio-magnéticas: 50 unidades
Área de contextualização
Nome do produtor
Biografia
A Associação Brasileira de Imprensa foi criada em 7 de abril de 1908, por idealização de Gustavo de Lacerda, inicialmente com o nome de Associação de Imprensa dos Estados Unidos do Brasil. Tinha como principais objetivos assegurar à classe jornalística benefícios assistenciais e tornar-se um centro poderoso de ação. Sua primeira sede, provisória, constituía-se em uma pequena sala na sobreloja do prédio onde funcionava a Caixa Beneficente dos Empregados de O Paiz. Aí ocorre a reunião onde Gustavo de Lacerda, Mário Galvão e Amorim Junior são incumbidos de elaborar seu primeiro projeto de estatuto. No documento utilizado quando de seu registro no 1º Ofício de Títulos e Documentos do Rio de janeiro destaca-se como seus fins o de criar e manter uma caixa de pensões e auxílios para socorrer os associados e suas famílias e um serviço de assistência médica e judiciária e criar o Retiro da Imprensa para jornalistas incapacitados por idade ou doença. Embora, num primeiro momento, tenha sido combatida e sofrido esforços para a desacreditar, logo a filiação a entidade aumenta fazendo com que aumentasse também seu prestígio, uma vez que dentre os novos sócios encontravam-se o chefe da Polícia, o comandante da Polícia Militar, o prefeito, o comandante do Corpo de Bombeiros e até o ministro da Guerra. Ao longo de suas duas primeiras décadas, a Instituição acomoda-se em prédios alugados, e chegou mesmo a hospedar-se no Quartel dos Barbonos, situado na Rua Evaristo da Veiga, no Centro do Rio, e que sedia atualmente o Comando-Geral da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, em período em que não possuía condições financeiras para pagar aluguel. Somente na década de 1930, quando liderada por Herbert Moses, é que se concretiza sua sede própria, que figura ainda como um marco da arquitetura nacional. Funcionava como um sindicato, defendendo os interesses dos profissionais, unindo os jornalistas e verificando as reivindicações da classe. Além disso, ajudava as empresas de comunicação fazendo a mediação com o governo. Com a criação dos sindicatos de jornalistas, perdeu o status de representante de classe. Passou então a dedicar-se à promoção de debates de interesse dos jornalistas, à participação em campanhas de interesse nacional e à produção artística. Ao longo dos anos a ABI alcançou cada vez mais importância na vida nacional, como um espaço de debate e reivindicação. Dentre os principais momentos de defesa dos interesses nacionais encontram-se desde a campanha “O Petróleo é Nosso”, cujas reuniões patrióticas que antecederam a Lei nº 2004, de 3 de outubro de 1953, que instituiu a Petrobras, foram realizadas em sua sede, até o impeachment do Presidente Fernando Collor, em 1992, cujo autor do pedido da abertura do processo e primeiro orador inscrito para defender tal ação foi Barbosa Lima Sobrinho, que esteve à frente da entidade nos períodos de 1926 a 1929 e 1978 a 2000. A entidade destacou-se ainda pela luta contra a ditadura militar, pela defesa de jornalistas e pelo fim da censura, tendo enfrentado um atentado a bomba que destruiu parcialmente o 7º andar de seu edifício.
Entidade custodiadora
História arquivística
O Arquivo foi aumentado com a criação, na década de 1970, do Centro de Memória do Jornalismo Brasileiro, que colecionou documentos até sua extinção. Hoje, esta documentação está sob custódia da Biblioteca Bastos Tigre, mantida pela entidade.
Procedência
Área de conteúdo e estrutura
Âmbito e conteúdo
Livros de atas da Diretoria (1918-2004); livros do conselho Administrativo (1926-1997); livros de presença às reuniões da Diretoria e do Conselho; Boletim da ABI (1952-2008); biografias de escritores e jornalistas; documentos do Cineclub Macunaíma, que exibia filmes significativos da produção cinematográfica nacional e estrangeira, recortes de jornais, manuscritos e artigos sobre censura e anistia; convites e propagandas de eventos; recortes de jornais sobre programas de televisão; reportagens “de” e “sobre” jornalistas, escritores, diretores, fotógrafos, atores e atrizes; reportagens sobre filmes; recortes de jornais sobre importantes questões políticas brasileiras.
Avaliação, selecão e temporalidade
Ingressos adicionais
Sistema de arranjo
Identificado
Área de condições de acesso e uso
Condições de acesso
Condiçoes de reprodução
Necessidade de autorização
Idioma do material
- português do Brasil
Script do material
Notas ao idioma e script
Características físicas e requisitos técnicos
Instrumentos de pesquisa
Área de fontes relacionadas
Existência e localização de originais
Existência e localização de cópias
Unidades de descrição relacionadas
Área de notas
Identificador(es) alternativos
Pontos de acesso
Pontos de acesso de assunto
Pontos de acesso local
Ponto de acesso nome
Pontos de acesso de gênero
Área de controle da descrição
Identificador da entidade custodiadora
Regras ou convenções utilizadas
CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS (Brasil). NOBRADE: Norma brasileira de descrição arquivística. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2006. 124 p.
Status
Final
Nível de detalhamento
Completo
Datas de criação, revisão, eliminação
Idioma(s)
- português do Brasil