Área de identificação
Código de referência
Título
Data(s)
- 1940-1990 (Produção)
Nível de descrição
Coleção
Dimensão e suporte
Iconográfico(s) -cartaz(es) - 1500 itens
Área de contextualização
Nome do produtor
Nome do produtor
História administrativa
Santo Dias da Silva era operário metalúrgico e membro da Pastoral Operária de São Paulo. Foi morto pela Polícia Militar quando comandava um piquete de greve, no dia 30 de outubro de 1979. Santo Dias era lavrador, mas foi expulso da terra onde vivia com a família em 1961, após participar de um movimento por melhores condições de trabalho.
Na capital paulista, trabalhou em fábricas e tornou-se um líder operário bastante reconhecido entre os trabalhadores. Em 1978, passou a integrar a Oposição Sindical Metalúrgica de São Paulo e o Comitê Brasileiro pela Anistia (CBA). Ao comandar um piquete de greve em frente à fábrica Silvânia, em Santo Amaro, Zona Sul de São Paulo, foi morto com um tiro na barriga. O movimento era pacífico e contava com a participação de cerca de 50 operários.
Houve grande mobilização dos trabalhadores para protestar contra o assassinato de Santo Dias. O corpo do operário foi retido pela polícia. Só a partir da interferência de sindicalistas e parlamentares, conseguiu-se sua liberação. Foi velado na Igreja da Consolação por milhares de pessoas e, no dia seguinte, houve uma grande marcha até a Praça da Sé para a cerimônia de encomendação do corpo.
Santo Dias se tornou mártir da luta operária. Familiares, amigos e companheiros criaram o Comitê Santo Dias para pressionar pela condenação do soldado Herculano Leonel, acusado de desferir o tiro que matou o operário, e não deixar a história cair no esquecimento. O policial foi condenado em 1982 a seis anos de prisão, mas recorreu e o processo foi arquivado.
O nome de Santo Dias se imortalizou em ruas, parques, pontes e no Centro Santo Dias de Defesa dos Direitos Humanos da Arquidiocese de São Paulo. Há também o Prêmio Santo Dias de Direitos Humanos, promovido pela Assembleia Legislativa de São Paulo. O local de sua morte é visitado anualmente, no dia em que foi morto, por militantes e sindicalistas.
Nome do produtor
História administrativa
Fundado em 1992, o Instituto Astrojildo Pereira foi criado como instrumento institucional responsável pela propriedade e administração do ASMOB (Archivo Storico Del Movimento Operaio Brasiliano), antes mesmo da repatriação dos arquivos para o Brasil, que só ocorreu em 1994.
Desde a chegada dos arquivos ao Brasil, o IAP estabeleceu convênio de custódia com o Centro de Documentação e Memória da Universidade Estadual Paulista (CEDEM-Unesp), que até hoje guarda, atua na preservação e garante o acesso público à valiosa documentação do ASMOB.
A parceria com a Unesp também se reflete na Revista Novos Rumos, ligada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da Unesp-Marília e na associação com o Grupo de Pesquisa Cultura e Política do Mundo do Trabalho da Faculdade de Filosofia e Ciências, também da Unesp-Marília.
Ao longo dos anos, o IAP passou por diversas fases, acompanhando a dinâmica complexa da realidade na qual se inscreve e hoje assume, mais uma vez, a responsabilidade de preservar e divulgar a memória das lutas sociais travadas pela classe trabalhadora. Nesse sentido, associando o resgate da memória do movimento operário aos debates contemporâneos de temas pertinentes à classe trabalhadora, o IAP também busca promover a formação política voltada, sobretudo, às parcelas da população mais afetadas pela perversidade da lógica do capital.
Nome do produtor
História administrativa
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST ) tem suas origens na década de 1970. Nesta época, surgiram em todas as regiões do país manifestações camponesas contra as formas de expropriação e expulsão da terra, que resultaram das transformações da agricultura brasileira na ampliação da exploração dos trabalhadores rurais.
A expansão da fronteira agrícola, megaprojetos como barragens e a mecanização combinaram para eliminar pequenas e médias lavouras e contribuíram para a concentração capitalista da terra. Este processo intensificou o êxodo rural que forçou a migração de mais de 30 milhões de camponeses. Dos que migraram para a cidade, motivados pela aceleração do processo de industrialização - o chamado "milagre brasileiro" - grande parte ficou desempregada na virada dos anos 1980, quando a indústria brasileira apresentou sintomas da crise. Assim, duas portas de mobilidade social no campo e na cidade foram fechadas para os camponeses. Alguns tentaram resistir na cidade e outros se mobilizaram para voltar à terra, buscando diversas formas de luta. Desta tensão, movimentos locais e regionais se desenvolveram na luta pelo território.
Em 1984, apoiados pela CPT - Comissão Pastoral da Terra, representantes destes movimentos socioterritoriais, sindicatos de trabalhadores rurais e outras organizações reuniram-se em Cascavel, Paraná, no 1º Encontro Nacional dos Trabalhadores Rurais Sem Terra para fundar o MST. Desde então, o MST tem lutado para ampliar o número de famílias assentadas e territorializar-se por todas as regiões brasileiras. Atualmente o MST está organizado em 24 estados em milhares de assentamentos. Entre 2000 e 2007, o Movimento organizou 65% das ocupações de terras no Brasil.
Nome do produtor
História administrativa
O Centro de Documentação do Movimento Operário Mário Pedrosa foi criado em 1981, por um grupo de professores, jornalistas e antigos sindicalistas, visando à preservação de registros documentais da história do movimento operário brasileiro e das organizações de esquerda do Brasil e do exterior, sem discriminar quaisquer das tendências, correntes ou partidos
Entidade custodiadora
História arquivística
Reunião dos exemplares de todos os arquivos e coleções recolhidos, respeitada sua procedência e classificações originais. A coleção vem sendo formada desde 1994 com a chegada dos primeiros fundos documentais entregues para a guarda da UNESP/CEDEM.
Procedência
Dias, Ana
Centro de Documentação e Estudos da Cidade de São Paulo - 1993-2002
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra - 1970-
Pedrosa, Mário
Instituto Astrojildo Pereira - 1985-
Área de conteúdo e estrutura
Âmbito e conteúdo
Destaca-se a coleção Archivio Storico Del Movimento Operaio Brasiliano (ASMOB), que registra de maneira acentuada, em belos cartazes, as ações dos exilados, em vários países, na continuidade da luta contra a ditadura militar, ações essas que estão expressas, por exemplo, nas inúmeras campanhas internacionais pela anistia, contra a tortura e pelos direitos humanos no Brasil. A coleção é especializada principalmente no período de exceção por que passou o país.
Avaliação, selecão e temporalidade
Ingressos adicionais
Sistema de arranjo
Identificado.
Área de condições de acesso e uso
Condições de acesso
Condiçoes de reprodução
Idioma do material
- alemão
- espanhol
- francês
- inglês
- italiano
- português do Brasil
Script do material
Notas ao idioma e script
Características físicas e requisitos técnicos
Instrumentos de pesquisa
Área de fontes relacionadas
Existência e localização de originais
Existência e localização de cópias
Unidades de descrição relacionadas
Nota de publicação
Na Instituição
Fundo/Coleção BR SPCEDEM MST - Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra
Área de notas
Nota
Identificação
Notação Anterior
BR SPCEDEM,XX CC
Nota
Responsável da descrição
Solange de Souza
Identificador(es) alternativos
Pontos de acesso
Pontos de acesso de assunto
Pontos de acesso local
Ponto de acesso nome
Pontos de acesso de gênero
Área de controle da descrição
Identificador da entidade custodiadora
Regras ou convenções utilizadas
Status
Final
Nível de detalhamento
Parcial
Datas de criação, revisão, eliminação
Idioma(s)
- português do Brasil