Mostrando 1263 resultados

Registro de autoridade

Liceu Literário Português

  • Dado não disponível
  • Entidade coletiva
  • 1868 -

O Liceu Literário Português foi fundado em 10 de setembro de 1868 por um grupo de portugueses, à frente dos quais estava o Conde de Alto Mearim, com a finalidade de difundir a cultura e promover o ensino e a instrução, principalmente junto aos portugueses mais jovens que chegavam ao Brasil com conhecimentos limitados e ainda sem uma profissão definida. Era a época dos Liceus de Artes e Ofícios. Além dos cursos do 1º e do 2º grau, ainda no século XIX, o Liceu também ministrou cursos de Astronomia e Arte Náutica, valendo registrar, por curiosidade, que o Imperador D. Pedro II chegou a frequentar algumas aulas desses cursos.

O Liceu funcionou inicialmente na sede instalada na Rua da Saúde, hoje denominada Travessa do Liceu, tendo em 1915, sob a presidência de Faustino de Sá e Gama, adquirido nova sede na Rua Senador Dantas, que foi destruída por um incêndio em 1932. É, então, que se inicia no mesmo terreno a construção do edifício atual, com nove andares, inaugurado em 1938, sob a presidência do Comendador José Raínho da Silva Carneiro, que foi o grande responsável pelo empreendimento.

Lessa, Antônio José da Fonseca

  • Dado não disponível
  • Pessoa
  • século XIX

Antonio José da Fonseca Lessa nasceu na Bahia, no 2º decênio do século XIX. Foi cirurgião, formado pela Academia Médico-Cirúrgica da Bahia, doutor em Medicina pela Faculdade do Rio de Janeiro, onde recebeu o grau em 1837, cirurgião-mor de brigada, reformado do Corpo de Saúde do Exército e cavaleiro da Ordem de São Bento de Aviz. Escreveu: "Considerações sobre as convulsões puerperais" (1837),"Formulário" do Hospital Militar da província da Bahia (escrito quando o autor exercia o cargo de delegado do cirurgião-mor do exército, na mesma província) e "Acróstico" (com o nome de Hermes Ernesto da Fonseca), oferecido ao comandante das armas da Bahia.

Leopoldina Railway Company Limited

  • Dado não disponível
  • Entidade coletiva
  • 1874 - 1965

A Estrada de Ferro Leopoldina foi a primeira ferrovia implantada no atual estado de Minas Gerais, na região Sudeste do Brasil. Inaugurada em 1874, expandiu-se principalmente no estado do Rio de Janeiro e chegou até Vitória, no estado do Espírito Santo.
Ligada à economia do café, em expansão a partir de meados do século XIX, a ferrovia nasceu da iniciativa de fazendeiros e comerciantes da Zona da Mata Mineira, acostumados a transportar a produção de café da maneira tradicional, por tropas de mulas, até os portos do litoral. No retorno, os tropeiros traziam produtos manufaturados.

A Lei da então Província de Minas Gerais nº 1.826, de 10 de Outubro de 1871, autorizava o Presidente da Província a conceder uma subvenção de 9:000$000 réis por quilômetro ou a garantir os juros de 7% ao ano sobre o capital de 2.400:000$000 réis à companhia que se organizasse para construir uma estrada de ferro, ligando a cidade de Leopoldina à de Porto Novo do Cunha (hoje Além Paraíba), na divisa da Província de Minas Gerais com a do Rio de Janeiro, onde então findavam os trilhos da Estrada de Ferro Dom Pedro II.

O Decreto Imperial nº 4.914, de 27 de Março de 1872, concedeu ao engenheiro Antônio Paulo de Mello Barreto autorização para organizar uma companhia a fim de construir aquela estrada de ferro. Constituída sob o nome Companhia Estrada de Ferro Leopoldina, o Decreto nº 4.976 de 5 de Junho de 1872 autorizava-a a funcionar no país, aprovando-lhe os estatutos.

Os estudos para a implantação de um primeiro trecho, com a extensão de 38 quilômetros, foram iniciados em 10 de Outubro desse mesmo ano, pelo engenheiro João Gomes do Val. Aprovados em Fevereiro do ano seguinte, iniciou-se em Março a construção da ferrovia.

Os trabalhos desenvolveram-se com rapidez, sendo esse trecho inaugurado em 8 de Outubro de 1874, na presença do Imperador D. Pedro II (1840-1889) e de autoridades civis e eclesiásticas. Este trecho contava com três estações — São José (São José d’Além Parahyba), no quilômetro 3, Pântano (atual Fernando Lobo), no quilômetro 12, e Volta Grande, no quilômetro 27 —, cinco locomotivas (duas Rogers, duas Baldwin e uma belga, batizadas de Visconde de Abaeté, Conselheiro Theodoro, Godoy, Cataguazes e Pomba), oito carros de passageiros e quarenta e oito vagões de carga.

Foram inauguradas em curto espaço de tempo as estações de São Luiz e a de Providência, até que os trilhos alcançaram Santa Rita de Meia Pataca (atual Cataguases) e Leopoldina.

Expansão

Em 1894, a Estrada de Ferro Leopoldina passa por uma profunda crise financeira, que culminaram com a transferência do seu controle acionário para os credores britânicos. Para esse fim foi criada em Londres a The Leopoldina Railway Company Ltd., que assumiu a operação da ferrovia a partir de 1898. Os novos titulares deram início à reestruturação e modernização da operação, construindo novas linhas e adquirindo trinta e oito pequenas ferrovias, no centro e norte do Estado do Rio de Janeiro, Sudeste de Minas Gerais e Sul do Espírito Santo, como por exemplo a Estrada de Ferro Mauá, a primeira do Brasil. O sistema chegou a compreender, em seu auge, mais de 3.200 quilômetros de trilhos, incluindo cremalheiras nos trechos mais acentuados da Serra do Mar.
Entre os principais planos de nova companhia estava o prolongamento da linha de São Francisco Xavier até o Cais do Porto e, consequentemente, ao Centro do Rio, um imenso avanço no transporte de passageiros e de carga, sendo a Leopoldina Railway obrigada a construir uma estação que atendesse a esta nova demanda. Para a construção da Estação Central da Leopoldina, foi contratado o escritório de Robert Prentice, arquiteto inglês que também projetou o palacete da Rua São Clemente, que abrigaria a embaixada inglesa e que atualmente é a sede da Prefeitura do Rio de Janeiro.
Em 15 de novembro de 1924, tiveram início as obras do edifício. A estação da Leopoldina Railway foi inaugurada sob o nome Estação Barão de Mauá, com muita propriedade, numa justa homenagem a quem foi o pioneiro do transporte ferroviário nacional e patrono das ferrovias brasileiras, em 6 de dezembro de 1926, sendo Presidente da República Arthur da Silva Bernardes e Ministro da Viação e Obras Públicas Francisco Sá. A estação era uma construção de grande porte, com 130m de fachada principal e quatro pavimentos.
As linhas férreas da Leopoldina Railway atingem em 1931 uma extensão total de 3.086 km. Cabe mencionar a principal linha tronco entre Barão de Mauá e Vitória com 598 km, atravessando a Baixada Fluminense até a cidade de Campos, sempre do lado norte do Rio Paraíba, seguindo para Vitória via Cachoeiro de Itapemirim. Destacam-se também as linhas tronco de Saracuruna e Capitinga com 595 km e Porto das Caixas a Manhuaçu com 500 km.

Extinção

A Leopoldina Railway voltou a enfrentar dificuldades com o declínio da lavoura cafeeira na região atendida pelas suas linhas, agravadas com as restrições impostas à época da Segunda Guerra Mundial. Sem conseguir se recuperar ao término desta, o Governo Federal encampou-a em 20 de dezembro de 1950, a lei nº 1.288 autorizava a implantação definitiva da ferrovia que passou a chamar Estrada de Ferro Leopoldina (EFL), ficando sob a jurisdição do Ministério da Viação de Obras Públicas.

Em 1957 foi incorporada pela Rede Ferroviária Federal (RFFSA), sendo que parte da malha foi revitalizada com a aquisição de novas locomotivas diesel-elétricas, automotrizes, carros de passageiros em aço carbono e vagões de diversos tipos, além da melhoria acentuada da via permanente. Porém, esta fase também foi marcada por um progressivo declínio, com a supressão de vários ramais, incluindo as cremalheiras, que desapareceram em 1965.

Atualmente, as antigas linhas da Leopoldina são administradas sob regime de concessão pela Ferrovia Centro Atlântica (FCA), mas apenas uma pequena fração das linhas originais ainda opera regularmente.

Leite Júnior, Antonio Dias

  • Dado não disponível
  • Pessoa
  • 1920 -2017

Antonio Dias Leite Júnior nasceu em 29 de janeiro de 1920, no Rio de Janeiro. Formou-se em engenharia pela Escola Nacional de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (1943), estagiando no ano seguinte na Worthington Pump & Machinery Co., em New Jersey, Estados Unidos (1944).
Já como profissional, atuou na Comissão de Planejamento Econômico, vinculada ao Conselho de Segurança Nacional (1944), ano em que se casou com Marina Alcure Dias Leite. Chefiou a Equipe de Estudos da Renda Nacional da Fundação Getúlio Vargas na segunda metade da década de 1940, ingressando como professor de economia na Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (1946) à qual se manteve vinculado até a aposentadoria (1985).
Foi subsecretário para assuntos econômicos na gestão de Santiago Dantas como ministro da Fazenda do Governo João Goulart (1963), presidente da Companhia Vale do Rio Doce no Governo Costa e Silva (1967-1969) e ministro da Minas e Energia (1969-1974).
Leite Júnior participou de numerosos estudos no âmbito da ECOTEC, recebeu a medalha Navarro de Andrade da Sociedade Brasileira de Silvicultura (1981), coordenou a constituição da empresa Aracruz Celulose e publicou inúmeras obras, entre elas A Energia do Brasil, editado pela Nova Fronteira (1997).

Leal, Filipe José Pereira

  • Dado não disponível
  • Pessoa
  • 1812 - 1880

Filipe José Pereira Leal nasceu no Rio de Janeiro, em 1812 e faleceu na Bahia, em 1880. Oficial da Marinha desde 1827, ingressou na carreira diplomática em 1843. Foi adido de 1ª classe no Uruguai, Estados Unidos (1845), Paraguai (1852), Venezuela, Nova Granada, Equador, Espanha, Chile e Itália, ministro residente na República da Argentina (1863-1867), ministro plenipotenciário na Venezuela, Peru, Paraguai e Chile. Foi do Conselho do Imperador, veador da Casa Imperial, dignatário da Ordem da Rosa, cavaleiro das Ordens de São Bento de Aviz, do Cruzeiro e de Cristo e grande oficial de São Maurício e São Lázaro. Foi sócio do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e da Sociedade Auxiliadora da Indústria. Escreveu \"Correções e ampliações\", \"Memória sobre os acontecimentos políticos que tiveram lugar no Pará em 1822 e 1823\" e \"Memória\" (1860).

Lago, Mário

  • Dado não disponível
  • Pessoa
  • 1911 - 2002

Mário Lago nasceu no Rio de Janeiro (RJ), em 26 de novembro de 1911, filho do maestro Antonio Lago e de Francisca Maria Vicência Croccia Lago. Ingressou no Colégio Pedro II em 1923. Em 1933, formou-se em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade do Brasil, desistindo da profissão três meses depois. Dedicou-se, ao longo de sua trajetória, ao trabalho como ator, produtor, diretor, compositor, radialista, escritor, poeta e autor de teatro, cinema, rádio e TV.
Iniciou sua carreira como escritor aos 15 anos, publicando o primeiro poema na revista Fon-Fon, em 1926. Foi autor de diversos livros, incluindo coletâneas de poemas, contos e autobiografias, tais como Na rolança do tempo e Reminiscências do sol quadrado, além do livro infantil O monstrinho medonhento e da biografia de Chico Nunes das Alagoas. Escreveu também peças teatrais e roteiros de cinema.
Foi compositor de sambas e marchinhas, dentre os quais Ai que saudades da Amélia, em parceria com Ataulfo Alves, Aurora, com Roberto Roberti, e Nada além, com Custódio Mesquita.
No rádio, trabalhou como ator, autor de novelas, produtor e diretor. Começou na Rádio Pan-Americana, em 1944, comandando posteriormente programas na Rádio Mayrink Veiga e na Rádio Nacional do Rio de Janeiro, da qual foi demitido em 1964, com o golpe civil-militar.
Mário Lago fez sua estréia na televisão em 1954, no programa Câmara Um, da TV Rio. Em 1966, começou a trabalhar na Rede Globo de Televisão, atuando em novelas como O Sheik de Agadir, Selva de Pedra, O Casarão e Barriga de Aluguel, entre outras. No cinema, trabalhou como ator em filmes tais como Terra em Transe (1967), de Glauber Rocha, e São Bernardo (1973), de Leon Hirszmann.
Neto de anarquista e militante pró-sindicalismo, Mário Lago teve intensa militância política, o que acabou levando-o à prisão por diversas vezes, a primeira em 1932 e as três últimas durante o regime militar, em 1964, 1968 e 1969.
Casou-se com Zeli Cordeiro, filha do militante comunista Henrique Cordeiro, em novembro de 1947. São filhos do casal: Antonio Henrique, Graça, Luiz Carlos, Mário e Vanda.
Mário Lago recebeu homenagens diversas. Em 2002, foi agraciado com a Ordem do Mérito Legislativo pela Câmara dos Deputados, por sua contribuição à cultura brasileira.
Faleceu no Rio de Janeiro (RJ) em 30 de maio de 2002.

Kuperman, Breno

  • Dado não disponível
  • Pessoa
  • 1943-

Breno Kuperman, nasceu em São Paulo (1943), graduou-se em Filosofia no Rio de Janeiro (1969) no IFCS/UFRJ. Ensinou filosofia na PUC/RJ e na UFF. Mestre em filosofia pela Universidade Católica de Louvain, Bélgica (1976), trabalhou no Departamento de Produção da EMBRAFILME (1978/79) e depois dirigiu o Departamento do Filme Cultural (80/81). De 1981 até 2004 ensinou no Departamento de Cinema e Vídeo da UFF as disciplinas “Organização da produção”, “Documentário”, “Vídeo educativo” e “Vídeo estúdio”. Entre 83/85 estudou em Nova York “Realização em Vídeo” no Global Village. Na volta participou da criação da TV Maxambomba (85-91), experiência de vídeo popular nas praças de Nova Iguaçu, RJ. Em 1983 criou a Cena Tropical Comunicações, empresa de produção de cinema e vídeo através da qual vem realizando seus diversos trabalhos.

Kuperman, Breno

  • Dado não disponível
  • Pessoa
  • s/d

Kelly, Otávio

  • Dado não disponível
  • Pessoa
  • 1878 - 1948

Nascido em Niterói (RJ), em 20/04/1878, filho de Eduardo da Silva Kelly e Ernestina Fonseca da Silva Kelly. Formou-se em janeiro de 1899, na Faculdade Livre de Ciências Jurídicas e Sociais do Rio de Janeiro. Entre 1897 e 1899, escreveu vários artigos para a revista de sua faculdade e foi colaborador do Jornal do Brasil e de outros periódicos. Iniciou suas atividades profissionais no escritório de Cândido Mendes de Almeida. Em setembro de 1899, casou-se com Angelina do Prado Kelly, com quem veio a ter dois filhos: José Eduardo e Celso Otávio. Entre 1899 e 1909, exerceu a advocacia, e prosseguiu na atividade de jornalista, tendo fundado um matutino, O Diário e participado da redação de A Capital. Foi vereador na Câmara Municipal de Niterói de 1904 a 1906, elegendo-se deputado à Assembléia Legislativa fluminense para o triênio 1907/1909.
Em novembro de 1909, foi nomeado juiz federal da seção do Rio de Janeiro. No mesmo ano, foi um dos juízes convocados a participar do julgamento realizado no Supremo Tribunal Federal (STF), sobre a questão do Contestado.
Em 1917, foi transferido para a 2ª Vara Federal da seção do Rio de Janeiro, onde dirigiu o Registro Geral Eleitoral.
Em 1925, foi um dos juízes que atuaram no processo dos implicados na Revolta de 1922. Em 1932, fez parte da comissão encarregada de elaborar os projetos da Lei Orgânica da Justiça Nacional e do Código Eleitoral. Fez parte do TRE do Distrito Federal até 1934. Em fevereiro desse mesmo ano, foi nomeado ministro do STF, onde permaneceu até agosto de 1942, quando foi aposentado, a pedido. Otávio Kelly foi professor honorário da Faculdade de Direito da Universidade do Rio de Janeiro.
Faleceu na capital federal no dia 31/12/1948.

Kelly, José Eduardo Prado

  • Dado não disponível
  • Pessoa
  • 1904 - 1986

José Eduardo Prado Kelly, filho de Otávio Kelly e de Angelina do Prado Kelly, nasceu em Niterói (RJ), em 10 de setembro de 1904 e faleceu em 11 de novembro de 1986, no Rio de Janeiro. Formou-se bacharel em Direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1925). Trabalhou como auxiliar de advogado (1924) e como redator do jornal A Noite (1925-1930). Integrou as comissões de sindicância do Ministério da Agricultura e da Prefeitura do Distrito Federal (1930). Redator-chefe do Departamento Oficial de Publicidade (1931), passou a secretário da Imprensa Nacional em 1932. Eleito deputado para a Assembléia Nacional Constituinte pela União Progressista Fluminense (UPF), em 1932. Deputado federal pela UPF do estado do Rio de Janeiro (1935-1937), fez parte do comitê diretor da União Popular (1935), mais tarde denominado Aliança Autonomista. Exerceu a presidência da Aliança Autonomista até a sua incorporação à União Democrática Brasileira (UDB), da qual integrou o diretório nacional (1937). Ao ser instaurado o Estado Novo (1937), afastou-se da vida política, recolhendo-se à advocacia. Com a criação da União Democrática Nacional (UDN), fez parte da comissão encarregada de elaborar o projeto de seus estatutos, cabendo-lhe também a função de secretário da agremiação (1945). Foi eleito deputado, pela UDN do estado do Rio de Janeiro, para a Assembléia Nacional Constituinte (1946-1951), sendo vice-presidente da Comissão Constitucional (1946). Representou a Câmara dos Deputados na Conferência Interamericana para a Manutenção da Paz e da Segurança do Continente, realizada em Petrópolis (RJ-1947).Líder da UDN na Câmara (1948), foi também nomeado diretor vice-presidente da Companhia Docas de Santos (1948-1975). Foi eleito presidente da UDN em (1948). Em 1950, perdeu as eleições para governador do Rio de Janeiro, ficando sem mandato. Eleito deputado federal pela UDN do Rio de Janeiro (1955-1959), foi ministro da Justiça e Negócios Interiores (1955) e presidente do Conselho da Ordem dos Advogados do Brasil, seção Distrito Federal (1956). Com o fim de seu mandato, encerrou sua carreira política. Exerceu o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (1965-1968). Atuou como empresário (1968-1975) e membro da Comissão Jurídica Interamericana (1973-1978) e da Academia Carioca de Letras. Escreveu inúmeras obras, entre as quais \"Tumulto\" (1919), \"Alma das Coisas\" (1922), \"Limitações do arbítrio policial\" (1923), \"Processo Mário Rodrigues\" (1929), \"Poesias\" (1930), \"Um criminoso astuto e afortunado\" (1930), \"Direito Constitucional\" (1966).

Kauffmann, Hilton

  • Dado não disponível
  • Pessoa
  • 1956 - 2017

Karepovs, Dainis

  • Dado não disponível.
  • Pessoa
  • 1957-

Dainis Karepovs é natural de Santo André/SP. Formado em jornalismo e editoração pela Universidade de São Paulo (USP), obteve os títulos de mestre e doutor em história pela mesma instituição. Filiou-se ao PT em 1981, época em que integrava a Organização Socialista Internacionalista (OSI). Nos anos 1980 atuou em núcleos do PT em Pinheiros e em Perdizes. Participou também do movimento sindical, tendo sido membro do Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo entre 1985 e 1987, ano este em que se desligou da OSI. De 1987 a meados dos anos 1990, integrou as assessorias dos deputados Clara Ant e Luiz Azevedo, e dos vereadores Sérgio Rosa e Vicente Cândido, na capital paulista – todos vinculados ao PT. Entre 1998 e 2006 assumiu a diretoria da Divisão de Arquivo Histórico da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp). Atualmente, coordena o Centro Sérgio Buarque de Holanda (CSBH) da Fundação Perseu Abramo (FPA) e preside o Centro de Documentação e Memória Mário Pedrosa, do qual é membro fundador.

Karacik, Raul

  • Dado não disponível
  • Pessoa
  • Dado não disponível

Juventude Universitária Católica do Brasil

  • Dado não disponível
  • Entidade coletiva
  • 1937-

A primeira tentativa da Igreja Católica de reunir os universitários cristãos se deu com o surgimento da Associação Universitária Católica (AUC), em 1929, sob a influência do Centro Dom Vital. A AUC desempenhava o papel de reintegrar a "elite" ao cristianismo, incluindo a aproximação das elites dirigentes dos meios intelectuais e políticos nos anos 30. Para além de práticas esparsas e oficiosas, a origem oficial do Movimento Juventude Universitária Católica se deu com a promulgação do Estatuto da Ação Católica Brasileira em 1935 e a integração da AUC nos quadros da Ação Católica Geral em 1937. Com essa integração, alguns aucistas se destacaram, tornando-se assistentes, como frei Romeu Dale, que atuou de 1949 até 1961 na JUC.
A Juventude Universitária Católica, como os demais Movimentos da AC, baseava também sua ação no método VER (constatar a realidade); JULGAR (analisar a realidade) e AGIR (transformar a realidade), que, posteriormente, foi substituído pelo ideal histórico, onde a reflexão sobre a realidade voltava-se para questões temporais, sempre à luz de princípios universais cristãos.
De 1950 a 1958, o Movimento voltou-se mais para si mesmo, caracterizando-se por uma ação com dimensões mais espirituais. A partir de 1958, principalmente com articulações da JUC de Minas Gerais e Recife, o Movimento passou a se engajar politicamente, envolvendo-se com tendências mais questionadoras da realidade social e política do País. Essa transição do movimento é marcada por conflitos internos e com a hierarquia da Igreja e também pela substituição, entre os militantes, de estudantes de Direito por estudantes de Ciências Sociais e Economia, mais preocupados com a participação no meio social.
De 1959 a 1964, o Movimento caracterizou-se por uma prática política mais intensa, com participação de jucistas na União Nacional dos Estudantes (como seu presidente Aldo Arantes), na Ação Popular (formada por jucistas dissidentes), nas Ligas Camponesas, no sindicalismo rural e em movimentos de cultura popular. Esta inserção no meio social de forma mais incisiva e a politização crescente não foi algo homogêneo. Os conflitos se dão entre alas que pensam e vivem diferentemente o movimento.
De 1964 a 1966, jucistas tornaram-se presença significativa na política nacional, o que leva a própria JUC a se desestabilizar, tanto pelas tensões internas, quanto externas. A Igreja resistiu mais firmemente ao engajamento político da JUC, propondo a retirada dos militantes das mobilizações políticas. Aqueles que não aceitaram as determinações das autoridades eclesiásticas formaram a Ex-JUC, a partir de 1966. A Ex-JUC manteve-se até 1968, após esta data o movimento se organizou em pequenos grupos de reflexão social.

Juventude Estudantil Católica do Brasil

  • Dado não disponível
  • Entidade coletiva
  • 1935 -1970

A Juventude Estudantil Católica (JEC) organizou-se, inicialmente, como um grupo basicamente feminino, existindo a partir de 1935. Num primeiro momento, sua atuação se restringiu às associações religiosas, tendo por finalidade a descoberta da Igreja pelos estudantes e a difusão do cristianismo dentro das escolas.
A partir de 1947, a JEC ganha um novo rumo com a elaboração de experiências para serem aplicadas no Brasil por Vera Jaccoud e Jeannette Pucheu, que estiveram presentes na Sessão Internacional, promovida pelo Centro Internacional de Documentação e Informação (CIDI), tomando então o movimento dimensão nacional.
Em 1953, foram publicados os estatutos da JEC no Diário Oficial da União.
Com a expansão do Movimento, organiza-se, em 1956, a Equipe Nacional responsável pela continuidade desse processo e pelo estabelecimento de uma ligação estrutural entre os núcleos diocesanos e com a própria Equipe.
À medida que se estrutura, a amplitude da JEC ultrapassa as fronteiras do Brasil para fazer parte, no mesmo ano de 1956, da Juventude Estudantil Católica Internacional (JEC-I), tendo assim bases comuns com os demais movimentos católicos estudantis do mundo. A JEC-I teve sua origem em 1946, a partir de uma resolução do CIDI, com a finalidade de coordenar os movimentos de JEC dos diferentes países do mundo.
Em maio de 1957, ocorreu a Semana Nacional de Ação Católica (AC), onde estavam presentes a Comissão Episcopal de AC e os dirigentes dos movimentos especializados. A JEC foi representada por Antônio Gama, que defendia a ideia de um assistente e de uma equipe nacional representando o grupo masculino do movimento. A ideia não repercutiu, pois ninguém acreditava na existência de um grupo expressivo de JEC Masculina, mas Dom Fernando Helder e Dom Claudio Kollinger tomaram posição a favor de Antônio Gama e foi aceito um assistente para a JEC Masculina.
Nesse período, a JEC adotou o método de trabalho dos outros movimentos da AC: VER-JULGAR-AGIR. Nestas três fases, o militante observava o meio ambiente, pensava os meios possíveis para atuar e efetivava suas atividades.
A atuação da JEC era basicamente catequética, introduzindo o cristianismo sem retirar o estudante do seu meio, através de uma ação individual ou de um trabalho coletivo nos colégios.
A partir do final dos anos 1950, o Movimento começou a refletir os problemas do meio social e da Igreja. Foi lançada em todo o Brasil a experiência da Semana do Estudante, que, através de assembleias, procurava instigar os militantes presentes a uma reflexão sobre suas responsabilidades e sua vida cristã. Este período é marcado por atividades que procuravam atingir, além dos problemas estudantis, questões mais abrangentes, buscando eficácia nos diversos segmentos sociais. O meio estudantil é compreendido como fruto da sociedade em todos os aspectos (político, econômico, religioso), assim é também tido como centro para o debate de questões que refletem os problemas sociais. As atividades são de massa, como as campanhas, conferências, penetração nos grêmios, clubes e um início de participação na política nacional estudantil, além de atividades extra-colegiais, como participação nas questões dos bairros.
O movimento vai assumindo cada vez mais um caráter social, tendo os problemas políticos e econômicos do país como questões latentes nos vários encontros.
Com o golpe militar, em 1964, e com a hierarquia eclesiástica firme quanto a suas posições de um não engajamento político dos movimentos de juventude, a JEC foi se desmantelando.
Em 1966, com a descentralização dos movimentos em relação à hierarquia da Igreja, proposto pela CNBB, a JEC organiza um Conselhinho Nacional para refletir sobre a situação em que se encontrava. Concluindo que estava com sua base desestruturada e que a situação histórica em que o país se encontrava desarticulava qualquer tentativa de mobilização social, a Equipe Nacional se desliga, formando um grupo autônomo com objetivos políticos e sociais. Os que permaneceram na JEC tentaram rearticulá-la em algumas regiões no período de 1967 a 1970; não obtendo grandes resultados, decidiram finalizar suas atividades.

Resultados 621 até 640 de 1263