Showing 1263 results

Authority record

Vianna, Bruno Caldas

  • Dado não disponível
  • Person
  • 1971-

Bruno Caldas Vianna (Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1971). Cineasta, artista multimídia, educador. Em 1992, ingressa em engenharia de computação, na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC/RJ), mas interrompe o curso em 1996. Nesse ano, conclui a graduação em cinema, pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Entre 1997 e 1999, realiza o mestrado pelo Interactive Telecommunications Program, da New York University, nos Estados Unidos.
Como cineasta, realiza curtas e longas-metragens. O curta Geraldo Voador (1994) é premiado em dez festivais nacionais e internacionais, incluindo o Festival de Gramado, o Festival de Brasília, o Festival de Santiago (Chile) e o New York Short Film Festival (Estados Unidos). O longa Ressaca (2008) conquista quatro prêmios no Festival de Cinema de Porto Alegre: melhor longa-metragem; melhor longa-metragem pelo júri popular; melhor ator, para João Pedro Zappa (1988); e prêmio da nova crítica.

Em 2000, desenvolve o projeto Palm Poetry, na área de computação portátil da Universitat Pompeu Fabra, em Barcelona, Espanha. A obra Translucid Web é selecionada para o festival Pixilerations, na cidade de Providence, Estados Unidos. Em 2007, exibe o projeto de realidade aumentada Invisíveis, no festival arte.mov. Em 2008, recebe prêmio do festival Memefest por FluidNexus, trabalho realizado em coautoria com Nick Knouf.

Em 2010, recebe o prêmio Vida 13.0 da Fundación Telefónica, na categoria Incentivos à Produção, por Liquid Satellite Garden, projeto desenvolvido no centro de artes Laboral, em Gijón, na Espanha. É gestor do Nuvem, centro rural de arte e tecnologia. No Rio de Janeiro, atua como educador em Oi Kabum! – Escola de Arte e Tecnologia.

Franceschi, Humberto Moraes

  • Dado não disponível
  • Person
  • 1930 - 2014

Humberto Moraes Franceschi, fotógrafo e pesquisador, respeitado como uma autoridade nacional no campo da tecnologia do som e da história da música brasileira. É autor dos livros "Registro sonoro por meios mecânicos no Brasil" (1984), "O ofício da prata no Brasil" (1988) e a "A Casa Edison e seu tempo" (2002).

Tribunal de Alçada [da Inconfidência Mineira]

  • Dado não disponível
  • Corporate body
  • 1790 - 1792

A Conjuração Mineira (1789) foi um movimento que manifestou o descontentamento de um grupo de intelectuais, mineradores, fazendeiros, clérigos e militares com as inúmeras taxações da Coroa portuguesa, particularmente pesadas devido ao esgotamento da mineração de diamantes e do ouro de aluvião das Gerais. Entusiastas das idéias liberais aprendidas nos livros \"franceses\", proibidos na Colônia, ou nas universidades européias, os conjurados defendiam a livre produção e comércio, o desenvolvimento das manufaturas têxteis e da siderurgia, a fundação de uma universidade em Vila Rica e a mudança da capital de Minas Gerais para São João del Rei. O projeto dos inconfidentes não incluía a abolição da escravidão. Para a data do levante foi escolhida a da cobrança da derrama, o que não aconteceu pela traição de Joaquim Silvério dos Reis, que teve perdoado seu débito com a Fazenda Real. Os conjurados foram presos em Minas Gerais por ordem do Visconde de Barbacena e Joaquim José da Silva Xavier (Tiradentes) foi detido no Rio por diligência do Vice-Rei Luís de Vasconcelos e Sousa. O processo prolongou-se até 1792, no Rio de Janeiro, para onde haviam sido conduzidos os acusados. A primeira sentença da Alçada de Inconfidência condenou onze à morte e outros ao degredo perpétuo na África. Esta decisão foi posteriormente modificada: punia Tiradentes com a forca, enquanto Tomás Antônio Gonzaga, Alvarenga Peixoto e outros recebiam a pena de exílio em possessões portuguesas na África. Os padres, entre eles o cônego Luís Vieira da Silva, foram enviados para conventos penitenciários em Portugal.

Instituto Brasileiro do Café

  • Dado não disponível
  • Corporate body
  • 1952 - 1990

O Instituto Brasileiro do Café (IBC) foi criado pela lei n. 1.779, de 22 de dezembro de 1952, como entidade autárquica vinculada ao Ministério da Fazenda, herdando o acervo e o pessoal do extinto Departamento Nacional do Café, incluídos os seus haveres, direitos, obrigações e ações, bens móveis e imóveis, documentos e papéis do seu arquivo.
Em 22 de julho de 1960, a lei n. 3.782 criou o Ministério da Indústria e do Comércio e passou o Instituto para o seu âmbito.
Em 26 de junho de 1967, o decreto n. 60.900 vinculou o IBC ao Ministério da Indústria e Comércio. O órgão tinha por atribuições executar a política cafeeira nacional, prestar assistência técnica e econômica à cafeicultura e controlar a comercialização do café.
Em 1958, o IBC recepcionou a Conferência Internacional do Café, durante a qual foi criada a Comissão Preparatória da Organização Internacional do Café (CP/OIC). A Secretaria Executiva da CP/OIC funcionou no Rio de Janeiro, com infra-estrutura fornecida pelo IBC, de 1958 a 1962, quando foi liquidada.
A Organização Internacional do Café, propriamente dita, foi fundada em 28 de setembro de 1963, com sede em Londres. A medida provisória n. 151, de 15 de março de 1990, regulamentada pela lei n. 8.029, de 12 de abril de 1990 e pelo decreto n. 99.240, de 7 de março de 1990, extinguiu o órgão.

Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada

  • Dado não disponível
  • Corporate body
  • 1967 -

O decreto-lei n. 200, de 25/02/1967, autorizou o Poder Executivo a criar o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), o que ocorreu efetivamente por meio do decreto n. 60457, de 13/03/1967. O IPEA é uma fundação vinculada à SEPLAN, dotada de personalidade jurídica de direito privado, com autonomia administrativa e patrimônio próprio. Suas atribuições, estabelecidas pelo decreto n. 96704,de 15/09/1988, são as seguintes: auxiliar a (SEPLAN) na elaboração e acompanhamento dos planos e programas governamentais e na coordenação do Sistema Nacional de Planejamento; auxiliar a (SEPLAN) na elaboração das diretrizes orçamentárias, dos orçamentos anuais e dos planos plurianuais de investimentos e na articulação entre a programação dos orçamentos anuais e plurianuais, realizar e promover pesquisas aplicadas às áreas econômica e social; promover atividades de treinamento para o planejamento e para a pesquisa aplicada.

Instituto do Açúcar e do Álcool

  • Dado não disponível
  • Corporate body
  • 1933 - 1990

O Instituto do Açúcar e do Álcool (IAA) foi criado pelo decreto n. 22.789, de 01/06/1933 e tinha como incumbência regular e fomentar a produção, o transporte e o comércio de cana de açúcar e álcool, sugerindo aos governos da União e dos estados todas as medidas que deles dependessem e fossem necessárias, inclusive as referentes a cotas de produção, impostos e taxas, fixando também os seus preços de compra e venda para a indústria e para o consumidor. Em 25 de julho de 1933, o decreto n. 22.981 aprovou um novo regulamento para o (IAA), que passou a ter como fim assegurar o equilíbrio do mercado do açúcar, incrementando paralelamente a produção e o consumo do álcool-motor nacional. Em 10 de janeiro de 1951, o decreto n. 29118 aprova novo regimento interno para o (IAA), reestruturando o seu quadro de pessoal. A finalidade do instituto passa a ser a defesa e o fomento da lavoura canavieira e da indústria do açúcar e do álcool. Em 22 de julho de 1960, a lei n. 3762 criou os ministérios da Indústria e do Comércio e das Minas e Energia, transferindo o (IAA) para a órbita do primeiro. Em 24 de junho de 1975, a portaria n. 129 aprovou um novo regimento para o (IAA), que passa a ser uma autarquia vinculada ao Ministério da Indústria e do Comércio, com a finalidade básica de executar a política agroindustrial açucareira do Brasil., O Instituto do Açúcar e do Álcool foi extinto pelo decreto n. 99.240, de 07/05/1990.

Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (Brasil)

  • Dado não disponível
  • Corporate body
  • 1974 - 1993

O Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS), autarquia federal, foi criado em 1977, pela Lei nº 6.439, que instituiu o Sistema Nacional de Previdência e Assistência Social (Sinpas), definindo um novo desenho institucional para o sistema previdenciário, voltado para a especialização e integração de suas diferentes atividades e instituições. O novo sistema transferiu parte das funções até então exercidas pelo Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) para duas novas instituições. A assistência médica aos segurados foi atribuída ao INAMPS e a gestão financeira, ao Instituto de Administração Financeira da Previdência e Assistência Social (Iapas), permanecendo no INPS apenas a competência para a concessão de benefícios.

O INAMPS se constituía como a política pública de saúde que vigorava antes da criação do SUS e foi extinto pela lei federal 8.689, em 1993. O antigo Instituto era responsável pela assistência médica aos trabalhadores que contribuíam com a previdência social.
Os setores da população que não faziam esta contribuição não podiam acessar estes serviços. Com a criação do SUS, o atendimento passou a ser universal, ou seja, qualquer pessoa pode acessar o serviço público de saúde em qualquer parte do país.
qualquer parte do país.

Instituto Nacional do Mate (Brasil)

  • Dado não disponível
  • Corporate body
  • 1938 - 1967

Criado pelo decreto-lei n. 375, de 13 de abril de 1938, o Instituto Nacional do Mate era uma autarquia vinculada ao Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio. Transferido para o Ministério da Agricultura, em 17 de janeiro de 1946, nele permaneceu até sua extinção pelo decreto-lei n. 281, de 28 de fevereiro de 1967. Competia-lhe, entre outras atribuições, o incremento e aperfeiçoamento da indústria do mate e a organização de um sistema de crédito e cooperação entre produtores, industriais e exportadores.

Instituto Nacional do Sal (Brasil)

  • Dado não disponível
  • Corporate body
  • 1940 - 1957

Criado pelo decreto-lei n. 2.398, de 10 de junho de 1940, o Instituto Nacional do Sal, autarquia vinculada à Presidência da República, passou a denominar-se Instituto Brasileiro do Sal, em 13 de maio de 1957. Competia-lhe a organização dos registros de salinas, a padronização do sal, o estímulo à instalação de armazéns, a aquisição de navios apropriados para o transporte do sal e a criação de fábricas de embalagens, além da possibilidade de intervir em situações anormais de mercado. O Instituto Nacional do Sal foi extinto pelo decreto-lei n. 257, de 28 de fevereiro de 1967.

Barros, Prudente José de Morais e

  • Dado não disponível
  • Person
  • 1841 - 1902

Prudente José de Morais Barros nasceu em Itu, São Paulo, a 04/10/1841 e faleceu em Piracicaba, no mesmo estado, a 03/12/1902, vítima de tuberculose. Bacharel pela Faculdade de Direito de São Paulo, em 1863. Elegeu-se vereador e presidente da Câmara Municipal de Piracicaba, em 1865. Foi deputado provincial (1868-1869), juntamente com Campos Sales, pelo Partido Liberal. Declarou-se republicano em 1876 e, após 1886, abolicionista. Em 1890, foi eleito senador ao Congresso Constituinte Federal e presidente do mesmo. Primeiro presidente civil e o primeiro eleito por voto popular, exerceu o cargo de 15/11/1894 a 15/11/1898. Defendeu a reforma da Constituição de 1891 e a eleição indireta para presidente da República, em manifestos de 7 de setembro e 05/11/1901. Escreveu, entre outros textos, "Orçamento e política geral" (1888), "Projeto de impostos sobre escravos" (1888), "A nação brasileira" e discursos, além de seu manifesto ao assumir o governo (1894).

Médici, Emílio Garrastazzu

  • Dado não disponível
  • Person
  • 1905 - 1985

Emílio Garrastazzu Médici nasceu na cidade de Bagé, estado do Rio Grande do Sul, em 4 de dezembro de 1905. Estudou no Colégio Militar de Porto Alegre (1918-1922), na Escola Militar de Realengo (1924-1927), e na Escola de Armas, atual Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais (1939), onde retornou como auxiliar instrutor (1940). Tenente do 12º Regimento de Cavalaria, em Bagé, apoiou a Revolução de 1930 e, em 1932, aliou-se às forças que lutaram contra a Revolução Constitucionalista de São Paulo. Concluiu o curso de Estado-Maior em 1944. Foi comandante do Centro de Preparação de Oficiais da Reserva (CPOR) de Porto Alegre (1953-1957); chefe do Estado-Maior do comandante da 3ª Região Militar, Artur da Costa e Silva (1957-1960); sub-comandante da Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), entre 1960 e 1961; e comandante da 4ª Divisão de Cavalaria, sediada em Campo Grande (1961-1963). Comandante da AMAN (1963-1964), apoiou o golpe de 1964 que depôs o presidente João Goulart. Nomeado adido militar em Washington (1964-1966), exerceu também a função de delegado brasileiro na Junta Interamericana de Defesa Brasil-Estados Unidos. Foi chefe do Serviço Nacional de Informações (SNI) em 1967 e comandante do III Exército, no Rio Grande do Sul, em 1969. Com o afastamento de Costa e Silva, teve seu nome indicado pelo Alto Comando do Exército à sucessão presidencial. Através de eleição indireta, passou a exercer o cargo de presidente da República em 30 de outubro de 1969.
Era casado com Scila Gaffrée Médici, com quem teve dois filhos.
Faleceu no Rio de Janeiro, em 9 de outubro de 1985.

Albuquerque, Júlio Prestes de

  • Dado não disponível
  • Person
  • 1882-1946

Júlio Prestes de Albuquerque nasce em 15 de março de 1882, na cidade de Itapetininga, ao sul do estado de São Paulo. Vive sua infância em meio a uma sociedade monocultora, escravocrata e monárquica, em clima de ruptura rumo ao modelo republicano, costurado pelas elites de então. Sua região de nascimento é próspera área por onde avança o progresso imposto pela cultura do café. Sua família é representante simbólica dessa elite. Quarto filho de Fernando Prestes de Albuquerque e de Olímpia de Santana Prestes, seus anos de formação e sua entrada na política espelham-se na figura do pai, fazendeiro, advogado e republicano de primeira hora, que chega a governar o Estado de 1898 a 1900 e a ser seu vice-presidente em períodos intervalados entre 1908 e 1927. Júlio perde a mãe aos 19 anos de idade, mas tem o pai a seu lado até 1937, quando este vem a falecer. De 1902 a 1906, faz o curso de direito na Faculdade de Direito de São Paulo, no Largo São Francisco, manancial de diversos políticos, juristas e escritores ao longo de toda a história da República. Além dos estudos, participa de grupo de literatos com colegas do Direito (com dois deles, chega a fundar um
periódico chamado A Musa) e do Centro Acadêmico XI de Agosto, então em
seus primórdios.
Em maio de 1906, aos 24 anos, casa-se com D. Alice Vieira, com quem virá a ter três filhos: Marialice, Fernando e Irene. Ainda nesse ano, monta um escritório de advocacia, dedicando-se com exclusividade a esse ofício até 1909, quando passa a compartilhá-lo com a atividade parlamentar. É também proprietário de terras, e chega a ter a iniciativa de se associar a outros para prospectar petróleo em suas terras. Na adolescência, Júlio Prestes começa a publicar poemas em jornais do interior do estado de São Paulo (Folha Popular, de Capão Bonito; O Comércio, de Tatuí; O Comércio e Tribuna Popular, de Itapetininga; Revista Aurora, de Sorocaba). Escreverá poesia até os últimos anos de vida (o poema mais antigo do Fundo Júlio Prestes é datado de 1898, e o mais recente, de 1943). Ao longo de sua existência, redige ainda memórias esparsas, esboços de ficção e textos de não ficção, notadamente discursos políticos.
Pelo conjunto presente em seu Acervo, é possível observar que Júlio compõe, sobretudo, poesia lírica; há também um ou outro poema laudatório/cívico o
jocoso (mencionando colegas da boemia da faculdade ou da carreira política). Faz reflexões existenciais (sobre temas como envelhecimento, declínio da
glória política, exílio), versos nostálgicos para entes queridos que se foram (como a irmã Maricota Prestes), versos de amor com toques de sensualidade (“Seu corpo todo, quente de belleza, /Tem estremecimentos de quem ama...”, cdo poema “Véspera de Noivado”, de 1902), entre outros temas. Via de regra, adepto das rimas, da metrificação fixa e de formas clássicas como sonetos, em alguns poemas experimentou uma linguagem coloquial próxima à fala caipira (no poema “Sorocabana”, por exemplo). Cita em alguns deles o escritor Monteiro Lobato, o jurista e político Rui Barbosa, o poeta português Antonio Nobre e o francês Paul Verlaine.
Apesar de não participar como autor do movimento modernista1 na sua vertente paulista, tem entre seus amigos o escultor Victor Brecheret e o escritor Oswald de Andrade, que chega a lhe dedicar o livro Primeiro Caderno do Aluno de Poesia Oswald de Andrade, de 1927. Júlio Prestes exerce cinco mandatos parlamentares: os quatro primeiros,
de 1909 a 1923, no Congresso Legislativo de São Paulo, e o último, de 1924 a 1927, no Congresso Nacional, ambos pela agremiação política mais influente da Primeira República - o Partido Republicano Paulista (PRP) Em sua atuação como parlamentar estadual, propõe ou emenda projetos de lei acerca da divisão física de propriedades rurais, seguridade social e aumento nos vencimentos dos funcionários públicos e, especialmente, de 1912 a 1918, da Estrada de Ferro Sorocabana, na época administrada pela Brazil Railway Company. Denuncia o descumprimento de várias cláusulas contratuais por parte dessa companhia privada, a seu ver ferindo o interesse público em diversos aspectos, até que consegue a rescisão contratual amigável entre as partes e a retomada da ferrovia pelo Estado de São Paulo. Propõe a criação de tribunais rurais em resposta aos conflitos entre fazendeiros e colonos, principalmente os imigrantes italianos. É parte ativa na tribuna do plenário e em comissões permanentes da casa, chegando a líder de governo na gestão de Washington Luís, o então presidente do Estado de São Paulo de 1924 a 1927. Em 1924, Júlio Prestes é eleito deputado federal pelo PRP, justamente o ano da Revolta dos Tenentes. Esse movimento chega a tomar a capital paulista entre os dias 9 e 27 de julho, e Júlio toma parte contra ele, ao lado das forças governistas.
Na segunda metade dos anos 1920, surgem novas legendas, ainda oligárquicas como os partidos republicanos de diversos estados, mas oposicionistas, dentre os quais o Partido
Libertador (PL) no Rio Grande do Sul e os Partidos Democráticos de São Paulo, do Distrito Federal e do Rio de Janeiro. Tal surgimento “abriu novas possibilidades de alianças e acomodações entre as várias forças político-sociais que contestavam o regime vigente”. Em sua segunda fase, o movimento tenentista toma partido contra os resultados da eleição à Presidência, que consagra Júlio Prestes, e se une à Aliança Liberal, tendo como resultado a deposição de Washington Luís e a ascensão de Getúlio Vargas, na Revolução de 1930. Nos anos 1930, o ideário do movimento já muda, como fruto de toda a experiência acumulada pelos tenentes nos anos 1920 e por influência de pensadores considerados antiliberais, como Alberto Torres e Oliveira Viana. Durante o mandato federal, exercido no Rio de Janeiro, Júlio Prestes é líder da maioria e apresenta projetos vertidos em lei, como o da Reforma Monetária (conversão do papel moeda de então a ouro), em apoio ao novo presidente da República, Washington Luís (eleito em 1926), com quem continua mantendo
estreita ligação profissional e pessoal. Júlio Prestes também participa ativamente das articulações políticas internas do PRP . É no Parlamento que vem a estreitar relações com
Com esses episódios, encerra-se oficialmente o período histórico conhecido como Primeira República ou República Velha.
aquele que será seu adversário fatal em 1930 - o então deputado Getúlio Dornelles Vargas, que Washington Luís designa como seu Ministro da Fazenda. Nessa época, Júlio e Getúlio são aliados e se tratam leal e amistosamente.
Todavia, no segundo ano do que será a última legislatura (1927) de Júlio Prestes, vem a falecer o então presidente do Estado de São Paulo, Carlos de Campos. Com isso, abre-se a oportunidade de nova disputa eleitoral, para a qual é indicado por unanimidade, pelos delegados do PRP, o seu nome.
Em 5 de junho de 1927, disputa a Presidência do Estado de São Paulo contra o candidato de um partido minoritário, elegendo-se por ampla diferença .
Assume o governo em 14 de julho de 1927 e implementa a reforma administrativa já anunciada em sua plataforma: o desmembramento da Secretaria de Agricultura, Comércio e Obras Públicas (SACOP) em Secretaria da Agricultura, Indústria e Comércio e Secretaria de Viação e Obras Públicas.
Estabelece ainda uma série de reformas, ampliações e inovações administrativas, dentre as quais se destaca a busca do petróleo em território paulista e a linha ferroviária Mayrink-Santos, extensão da Estrada de Ferro Sorocabana, a fim de facilitar o escoamento de produtos para o Porto de Santos.
Ainda como governador, Júlio Prestes institui algumas escolas profissionais mistas (para homens e mulheres) no interior do estado, a Escola de Medicina Veterinária, o Instituto Profissional de Cegos “Padre Chico”, o Instituto Biológico de Defesa Agrícola e Animal. Continua dando, como seus predecessores desde a Convenção de Taubaté, prioridade à defesa do café (da qualidade e do preço), por meio de uma série de medidas, coordenadas pelo Instituto do Café. Inaugura, em 1929, com seu secretário de Agricultura, Fernando Costa, o Parque da Água Branca, que em 1951 virá a ser chamado de Parque Fernando Costa. O tratamento da hanseníase é estimulado com a criação dos chamados leprosários (Santo Ângelo, em Mogi das Cruzes; Pirapitingui, em Itu; Cocais, em Casa Branca; Aimorés, em Bauru; e Padre Bento, em Guarulhos). Também é criado o Manicômio Judiciário, ao lado do Hospital Juqueri.
A par de todas essas medidas de âmbito geral, do dia a dia do Gabinete da Presidência do Estado de São Paulo, faz parte receber as muitas cartas e telegramas de particulares e de entidades, solicitando os mais diversos favores, de cargos a donativos, caracterizando o clientelismo típico dessa época, bem como respondê-las e encaminhá-las. No campo da política partidária, o PRP, nesse final dos anos 1920, passa a enfrentar a oposição de uma nova agremiação, o Partido Democrático. As eleições municipais de outubro de 1928 são conturbadas, com acusações de fraude e de violência. O descontentamento dos opositores é tão forte que já se cogita ir às armas contra a oligarquia política, o que, junto com uma dissensão entre os próprios Republicanos, culminará na Revolução de 1930.
A trajetória política ascendente de Júlio Prestes vai culminar em sua indicação, candidatura e eleição à Presidência da República em 1930. Apoiado por Washington Luís, seu nome é oficializado por uma Convenção do PRP de setembro de 1929, junto com o de Vital Soares (presidente do Estado da Bahia), como seu vice-presidente.
No entanto, é dentro mesmo dos Republicanos que surge seu opositor - o então presidente do Rio Grande do Sul, Getúlio Vargas, com João Pessoa (presidente da Paraíba) como seu vice-presidente. Dessa dissidência, capitaneada pelo presidente de Minas Gerais, Antônio Carlos Ribeiro de Andrada, surge a Aliança Liberal em junho de 1929, com apoio de diversos partidos, entre eles o PD de São Paulo, além de parte do PRM e do PRS.
A campanha transcorre com alguns incidentes sangrentos de parte a parte, como o Atentado de Montes Claros, em que morreram 5 aliados de Júlio Prestes.
As eleições se dão a 1º de março, e ele e Vital saem delas vitoriosos. Em 21 de maio, o paulista parte em viagem de navio aos Estados Unidos com o filho, Fernando Prestes Neto, como presidente da República eleito (mas ainda não empossado). Lá, ele permanece de 11 a 20 de junho, e se encontra com o presidente norte-americano Herbert Hoover, com autoridades locais e com empresários. Esse episódio lhe rende a capa da revista Time de 23 de junho de

  1. Em seguida, parte de navio, em caráter particular, para a Europa, onde se encontra com D. Alice e as filhas, Marialice e Irene. Ainda assim, na França, na Inglaterra, na Espanha e em Portugal é recebido pelos chefes de governo e/ou de Estado da época. Sua estada vai de 27 de junho a 18 de julho.
    Quando, dias depois, aporta no Brasil, já encontra os ânimos exaltados, pois João Pessoa acaba de ser assassinado.
    Episódios como esse, o inconformismo dos partidários de Vargas com o resultado das eleições e dos demais opositores com as regras eleitorais vigentes (com voto aberto e não secreto, por exemplo) provocam a intensa articulação entre políticos e militares que resultará na Revolução de 30, em outubro desse ano. Os governos dos Estados vão sendo tomados um a um pelos rebeldes (com algumas exceções), até que, em 23 de outubro, Washington Luís é finalmente
    deposto na capital federal da época, o Rio de Janeiro. Júlio Prestes, que acompanha os acontecimentos na capital paulista, abriga-se, em 25 de outubro, no consulado inglês, de onde parte para Paris, iniciando o período de exílio político, que vai durar quase 4 anos. Com esses episódios, encerra-se oficialmente o período histórico conhecido
    como Primeira República ou República Velha.
    A elite política destituída sofre mais alguns revezes, como processos jurídicos e bloqueio de bens, mas tais represálias não duram por muito tempo, nem chegam às últimas consequências. No final de 1930, Júlio Prestes chega a Paris, de início com a companhia apenas de seu filho Fernando. Apesar de dificuldades temporárias decorrentes do bloqueio de bens, D. Alice lhe escreve que está economizando para ir para junto dele. Já no início de 1931, ele passa a conviver novamente com a esposa, com as outras filhas e com uma neta, as quais vão a seu encontro na Europa.
    A partir de 1931, dispondo de mais recursos financeiros, Júlio e seus familiares mudam-se para uma residência em Monte Estoril, hoje pertencente à região metropolitana de Lisboa e próximo à Costa portuguesa, lugar onde o clima lhe é mais aprazível do que em Paris (além, certamente, da facilidade da língua). A família Prestes de Albuquerque troca volumosa correspondência (seja por carta, seja por telegramas e/ou cartões postais) com amigos e com familiares brasileiros. Evidentemente, Júlio Prestes não está nada satisfeito com os rumos políticos do Brasil, e externa sua opinião, quer em sua correspondência privada, quer em suas (esparsas) declarações à imprensa. Em 1932, as tensões entre paulistas e varguistas chegam ao auge com a Revolução de 1932, guerra civil entre as duas forças, que vai de julho a outubro, com a capitulação de São Paulo. Júlio Prestes chega a ir da Europa a Buenos Aires em setembro, com a intenção de entrar no Brasil para apoiar seus conterrâneos, mas diante da impossibilidade de se deslocar para o estado, decide voltar ao velho continente ainda nesse mês.
    Embora advertido pela Embaixada brasileira em Portugal de que deveria informar suas intenções de voltar ao Brasil, não o faz formalmente e retorna de navio ao Brasil em agosto de 1934, com a família. Desde logo, decide-se a trabalhar como fazendeiro, em suas fazendas das Araras e do Paiol, ambas contíguas, em Itapetininga, sua terra natal, cumprindo um ostracismo comum a uma parte significativa dos integrantes do PRP.
    Embora tenha deixado de lado a política como carreira, em seus últimos anos de vida volta a se manifestar publicamente e articular suas posições. Em agosto de 1942, envia um telegrama a Getúlio Vargas, ainda presidente da República, solidarizando-se com a entrada do Brasil na Segunda Guerra Mundial. Vargas chega a responder a ele, afavelmente. Em 1945, quando o período de ditadura varguista conhecido como Estado Novo (1937-1945) está em seu final, participa das articulações para a fundação da União DemocráticaNacional (UDN), partido de oposição ao governo. Júlio Prestes chega a discursar em um comício na cidade de São Paulo, em favor do candidato da oposição, Brigadeiro Eduardo Gomes, que disputa (e perde) a Presidência da República contra o General Eurico Gaspar Dutra.
    Em 9 de fevereiro de 1946, Júlio Prestes vem a falecer em um hospital da cidade de São Paulo (o Sanatório Esperança), aos 63 anos de idade, sendo seu corpo transladado a Itapetininga. Recebe muitas homenagens por meio da imprensa à época e até anos depois – seus familiares guardam os recortes de jornal correspondentes. Em 1951, é dado o nome de Júlio Prestes a um prédio da Estação de Ferro Sorocabana, na região central de São Paulo, junto a uma praça que lhe é contígua, atualmente ocupado pela Secretaria Estadual de Cultura e pela Sala São Paulo. Em 1982, ano do centenário de seu nascimento, algumas publicações são lançadas e uma exposição é realizada em sua homenagem pelo Governo do Estado de São Paulo, em associação com os familiares do falecido estadista. Em 1987, sai o inventário do primeiro lote de documentos tratado pelo APESP.

Brandão, João Coelho

  • Dado não disponível
  • Person
  • 1874 - 1961

Engenheiro civil, trabalhou por 40 anos na Repartição Geral dos Telégrafos (RGT), tendo chegado ao posto de engenheiro-chefe da RGT nos distritos telegráficos de Pernambuco e Olinda.

Souto Maior, João Huet de Bacelar Pinto Guedes

  • Dado não disponível
  • Person
  • 1784 - 1858

João Huet de Bacelar Pinto Guedes Sotto Maior nasceu em 10/10/1784, na comarca de Penafiel, em Portugal e faleceu em 14/2/1858, no Rio de Janeiro. Fidalgo cavaleiro da Casa Real e militar de carreira, assentou praça em 1800, no 1º Regimento de Infantaria da Marinha do Porto, alcançando em 1829, no Brasil, o posto de coronel e comandante da Brigada de Artilharia da Marinha. Exerceu também os cargos de juiz de paz, juiz de órfãos, delegado de polícia e chefe do Estado-Maior da Guarda Nacional de Parati e Angra dos Reis. Sócio do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e da Sociedade Amante da Instrução, dedicou grande parte de sua vida a estudos genealógicos.

Sociedade Animadora da Corporação dos Ourives (Rio de Janeiro)

  • Dado não disponível
  • Corporate body
  • 1838 - 1921

A Sociedade Animadora da Corporação dos Ourives foi instalada em 1 de abril de 1838, no Rio de Janeiro, na forma de uma associação de socorro mútuo, diretamente ligada à Corporação dos Ourives. Dentre seus objetivos principais estava a promoção, o melhoramento e a prosperidade da Corporação e do ofício da ourivesaria.
Teve como fundadores Antônio José de Sousa e Almeida, Serafim José do Rosário e Severino José Pereira.
A Sociedade estendia sua beneficência ao sócio que caísse em reconhecida indigência (não sendo esta proveniente de seus defeitos morais), às viúvas dos sócios ameaçadas pela miséria e que se provasse não haverem deslizado na vereda da honra e aos órfãos dos sócios que necessitassem do apoio da Sociedade, tal como estabeleciam os estatutos.
A Sociedade era composta por membros efetivos, honorários e correspondentes sendo os dois primeiros tipos sujeitos ao pagamento de uma quantia inicial quando admitidos e de uma taxa mensal para o cofre da instituição. Em 1910, podia ser integrada também por mulheres e menores, mas somente os sócios efetivos do sexo masculino votavam nas assembléias gerais.
A composição da mesa variou ao longo do tempo, sendo em geral formada por um presidente, um vice-presidente, um 1º e 2º secretario, um tesoureiro, um procurador e uma comissão de contas composta por cinco membros. Todos eram eleitos.
Os membros da direção da Sociedade se reuniam duas vezes no mês e extraordinariamente todas as vezes que os negócios da organização exigiam. Assim reunidos, tratavam: do governo econômico e direção dos negócios da instituição, ouvindo pareceres de Comissão e resolvendo quaisquer objetos de sua competência; de arrecadar os seus fundos e de aplicá-los no que lhes parecia útil ou de necessidade; de admitir ou não para membros efetivos ou honorários e sócios correspondentes àqueles candidatos que por quaisquer sócios forem propostos.
NB.: Não se tem como certa a data de extinção em 1921.

Results 761 to 780 of 1263