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Arquivo Nacional (Brasil) - Sede Person

Karepovs, Dainis

  • Dado não disponível.
  • Person
  • 1957-

Dainis Karepovs é natural de Santo André/SP. Formado em jornalismo e editoração pela Universidade de São Paulo (USP), obteve os títulos de mestre e doutor em história pela mesma instituição. Filiou-se ao PT em 1981, época em que integrava a Organização Socialista Internacionalista (OSI). Nos anos 1980 atuou em núcleos do PT em Pinheiros e em Perdizes. Participou também do movimento sindical, tendo sido membro do Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo entre 1985 e 1987, ano este em que se desligou da OSI. De 1987 a meados dos anos 1990, integrou as assessorias dos deputados Clara Ant e Luiz Azevedo, e dos vereadores Sérgio Rosa e Vicente Cândido, na capital paulista – todos vinculados ao PT. Entre 1998 e 2006 assumiu a diretoria da Divisão de Arquivo Histórico da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp). Atualmente, coordena o Centro Sérgio Buarque de Holanda (CSBH) da Fundação Perseu Abramo (FPA) e preside o Centro de Documentação e Memória Mário Pedrosa, do qual é membro fundador.

Meireles, Silo

  • Dado não disponível
  • Person
  • 1900 - 1957

Silo Furtado Soares de Meireles nasceu em Ribeirão (PE), em 23/10/1900, filho de Francisco Ribeiro Soares Meireles e Rosa Furtado Soares de Meireles., Em 1918, transferiu-se para o Rio de Janeiro (DF), onde sentou praça no exército, ingressando na Escola Militar do Realengo. Declarado aspirante-a-oficial da arma de infantaria, em janeiro de 1922, foi designado para o 9o. Regimento de Infantaria (RI), em Rio Grande (RS). Promovido a segundo-tenente, retornou ao Rio de Janeiro em junho, a fim de especializar-se no uso de armas automáticas com a Missão Militar Francesa., No mês seguinte participou, na Escola Militar do Realengo, da Revolta de 5 de Julho de 1922. Revolta debelada, Silo Meireles foi preso e setenciado a um ano e quatro meses de prisão. Foi libertado, por meio de habeas-corpus, em janeiro de 1927., Estabeleceu-se em Recife e colaborou no Diário da Manhã. Em junho do mesmo ano, regressou ao Rio de Janeiro, onde participou das articulações que desembocariam na Revolução de 30. Nesse período, escreveu em O Globo, Correio da Manhã, A Manhã e A Esquerda., Em meados de 1930, seguiu para a Argentina, onde, juntamente com Luís Carlos Prestes, participou da fundação da Liga de Ação Revolucionária (LAR). Com a vitória da revolução em outubro, Silo foi anistiado e promovido a primeiro tenente. Ele, no entanto, recusou a anistia e continuou a acompanhar Prestes, que dissolveu a LAR e seguiu para a União Soviética. No final de 1930, Silo ingressou no Partido Comunista Brasileiro. Em 1935, ele e Prestes regressaram ao Brasil, clandestinamente.Silo, então membro do comitê central do PCB, atuou na estruturação da Aliança Nacional Libertadora (ANL), organização política fundada em março daquele ano., Foi incumbido de organizar o levante dos camponeses na região do S. Francisco, onde se instalou. A revolta foi deflagrada em 23/11/1935 e totalmente contida dois dias depois. Alguns rebeldes foram presos nas estradas do sertão, inclusive Meireles., Preso, teve cassada sua patente militar. Fugiu da prisão e, em outubro do ano seguinte, foi recapturado no Rio Grande do Sul., Permaneceu preso até 1941, quando obteve livramento condicional. Em maio de 1943, passou a trabalhar na Coordenação da Mobilização Econômica. Com a criação da Fundação Brasil Central, em outubro daquele ano, transferiu-se para o novo órgão., Estava trabalhando em Uberlândia (MG), em 1945, quando se iniciou o processo de redemocratização. Com o decreto da anistia e a criação de novos partidos, Silo rompeu com o PCB, que apoiava Vargas e permaneceu na Fundação Brasil Central, passando a servir, a partir de 1948, no Rio de Janeiro, como secretário do presidente do órgão., Em janeiro de 1951, reincorporou-se ao Exército, sendo promovido retroativamente a major. Cursou a Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais e, em novembro, chegou a tenente-coronel. Faleceu no Rio de Janeiro, em 03/07/1957, com a patente de coronel.
nasceu em Ribeirão (PE), em 23/10/1900, filho de Francisco Ribeiro Soares Meireles e Rosa Furtado Soares de Meireles., Em 1918, transferiu-se para o Rio de Janeiro (DF), onde sentou praça no exército, ingressando na Escola Militar do Realengo. Declarado aspirante-a-oficial da arma de infantaria, em janeiro de 1922, foi designado para o 9o. Regimento de Infantaria (RI), em Rio Grande (RS). Promovido a segundo-tenente, retornou ao Rio de Janeiro em junho, a fim de especializar-se no uso de armas automáticas com a Missão Militar Francesa., No mês seguinte participou, na Escola Militar do Realengo, da Revolta de 5 de Julho de 1922. Revolta debelada, Silo Meireles foi preso e setenciado a um ano e quatro meses de prisão. Foi libertado, por meio de habeas-corpus, em janeiro de 1927., Estabeleceu-se em Recife e colaborou no Diário da Manhã. Em junho do mesmo ano, regressou ao Rio de Janeiro, onde participou das articulações que desembocariam na Revolução de 30. Nesse período, escreveu em O Globo, Correio da Manhã, A Manhã e A Esquerda., Em meados de 1930, seguiu para a Argentina, onde, juntamente com Luís Carlos Prestes, participou da fundação da Liga de Ação Revolucionária (LAR). Com a vitória da revolução em outubro, Silo foi anistiado e promovido a primeiro tenente. Ele, no entanto, recusou a anistia e continuou a acompanhar Prestes, que dissolveu a LAR e seguiu para a União Soviética. No final de 1930, Silo ingressou no Partido Comunista Brasileiro. Em 1935, ele e Prestes regressaram ao Brasil, clandestinamente.Silo, então membro do comitê central do PCB, atuou na estruturação da Aliança Nacional Libertadora (ANL), organização política fundada em março daquele ano., Foi incumbido de organizar o levante dos camponeses na região do S. Francisco, onde se instalou. A revolta foi deflagrada em 23/11/1935 e totalmente contida dois dias depois. Alguns rebeldes foram presos nas estradas do sertão, inclusive Meireles., Preso, teve cassada sua patente militar. Fugiu da prisão e, em outubro do ano seguinte, foi recapturado no Rio Grande do Sul., Permaneceu preso até 1941, quando obteve livramento condicional. Em maio de 1943, passou a trabalhar na Coordenação da Mobilização Econômica. Com a criação da Fundação Brasil Central, em outubro daquele ano, transferiu-se para o novo órgão., Estava trabalhando em Uberlândia (MG), em 1945, quando se iniciou o processo de redemocratização. Com o decreto da anistia e a criação de novos partidos, Silo rompeu com o PCB, que apoiava Vargas e permaneceu na Fundação Brasil Central, passando a servir, a partir de 1948, no Rio de Janeiro, como secretário do presidente do órgão., Em janeiro de 1951, reincorporou-se ao Exército, sendo promovido retroativamente a major. Cursou a Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais e, em novembro, chegou a tenente-coronel. Faleceu no Rio de Janeiro, em 03/07/1957, com a patente de coronel.

Pedrosa, Mário

  • Dado não disponível
  • Person
  • 1900-1981

Advogado, escritor, jornalista, crítico de arte e ativista político brasileiro, iniciador das atividades da Oposição de Esquerda Internacional no Brasil, organização liderada por Leon Trótski, nos anos 1930, e da crítica de arte moderna brasileira, nos anos 1940.

Sobre Pedrosa e o também pernambucano Mário Schenberg, falou Lygia Clark: "A influência que ele (Schenberg) teve na minha personalidade foi enorme. Eu, sem cultura nenhuma, sugava todas as conversas que com ele tive, incorporando vivências de seu saber e, brincando, dizia: meus ouvidos foram fecundados por dois seres extraordinários, Mário Schenberg e Mário Pedrosa".

Azevedo, Vitor de

  • Dado não disponível
  • Person
  • Dado não disponível

Karacik, Raul

  • Dado não disponível
  • Person
  • Dado não disponível

Favre, Luís

  • Dado não disponível
  • Person
  • 1949-

Lima Jr., Walter

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  • Person
  • 1938 -

O cineasta brasileiro Walter Lima Junior nasceu na cidade de Niterói em 26 de novembro de 1938. Formou-se em Direito na Universidade Federal Fluminense. Começou sua carreira escrevendo críticas para jornais diários. Em 1963, conheceu Glauber Rocha, que o convidou para fazer assistência de direção em Deus e o Diabo na Terra do Sol. Seu primeiro filme longa-metragem foi Menino de Engenho, em 1965, uma adaptação do romance de José Lins do Rego. Também atuou na direção de diversos documentários para a televisão brasileira, na década de 70, tendo produzido para os programas Globo Shell e Globo Repórter.

Fontes: https://pt.wikipedia.org/wiki/Walter_Lima_Jr; https://tverealidade.facom.ufba.br/coloquio%20textos/Ana%20Claudia%20resende.pdf Acesso em 23/11/2023.

Ribeiro, Delfim Moreira da Costa

  • Dado não disponível
  • Person
  • 1868-1920

Delfim Moreira da Costa Ribeiro nasceu na cidade de Cristina, estado de Minas Gerais, em 7 de novembro de 1868. Advogado, tendo cursado a Faculdade de Direito de São Paulo (1890). Foi juiz municipal em Santa Rita do Sapucaí, tornando-se vereador e presidente da Câmara Municipal (1893). Nomeado secretário do Interior de Minas Gerais (1902-1906) e presidente de Minas Gerais (1914-1918), elegeu-se senador estadual (1907-1909) e deputado federal (1909-1911), mas renunciou para retornar à Secretaria (1910-1914). Elegeu-se vice-presidente da República, em 1918, na chapa de Rodrigues Alves. Com a doença e posterior falecimento do presidente eleito, que não chegou a ser empossado, Delfim Moreira assumiu interinamente a presidência da República.
Faleceu na cidade de Santa Rita do Sapucaí, estado de Minas Gerais, em 1º de julho de 1920.

Noronha, José Isaías de

  • Dado não disponível
  • Person
  • 1873-1963

José Isaías de Noronha nasceu na cidade do Rio de Janeiro, em 6 de julho de 1873. Ingressou no curso preparatório da Escola Naval em 1887, chegando a aspirante de primeira-classe em 1889 e guarda-marinha em 1892. Durante sua carreira militar, exerceu diversas funções, tais como: ajudante da Diretoria de Hidrografia, na Repartição da Carta Marítima (1897-1898). Ajudante-de-ordens dos comandantes da 3ª e da 1ª divisões navais, entre 1899 e 1902, sucessivamente. Passou depois a ocupar o mesmo cargo, junto ao ministro da Marinha, que era seu tio. Instrutor da artilharia no encouraçado "Riachuelo" (1906-1907 ?). Assistente da Inspetoria de Portos e Costas (1907-1909). Comandante interino do contratorpedeiro "Piauí" (1910). Chefe da Diretoria de Faróis da Superintendência de Navegação (1910-1911). Comandante interino do contratorpedeiro "Sergipe", que se deslocou para Assunção para ajudar na defesa desta cidade, ameaçada por rebeldes (1911-1912). Incorporou-se a 3ª Seção (operações) do Estado-Maior da Armada (EMA), integrando a Defesa Móvel do Rio de Janeiro (1912-1913), assumindo, em seguida, a vice-diretoria das escolas profissionais e o comando do quartel da Defesa Móvel (1913-1914). Comandante do cruzador "República" (1914-1915). Chefe da 2ª Seção (informações) do EMA (1915-1916). Comandante do vapor "Carlos Gomes" (jan-jul 1916). Chefe da 3ª Seção do EMA (jul-nov 1916). Comandante do cruzador "Barroso" (nov 1916-mar 1917). Chefe da 2ª Seção do EMA (mar-nov 1917). Diretor da Escola de Grumetes (1917-1919). Comandante do encouraçado "Minas Gerais" (1919-1920). Capitão do porto do Pará (1920-1921). Completou o curso da Escola de Guerra Naval (1922), passando a vice-diretor desta escola no mesmo ano. Diretor do Depósito Naval do Rio de Janeiro (1922-1923). Diretor da Escola Naval (1923-1925/1926-1927), Diretor-geral de Pessoal (1926). Comandante-em-chefe da Esquadra (1927-1928). Com a Revolução de 1930, participou da junta governativa que governou o país até a entrega do poder a Getúlio Vargas, assumindo, cumulativamente, a chefia do Ministério da Marinha, onde foi mantido pelo Governo Provisório até se demitir em dezembro de 1930. Eleito presidente do Clube Naval em 1931; renunciou em 1932, alegando que seria transferido para a reserva, porém, foi reeleito diversas vezes até 1937. Foi reformado em 1941.
Faleceu no Rio de Janeiro, em 29 de janeiro de 1963.

Figueiredo, João Baptista de Oliveira

  • Dado não disponível
  • Person
  • 1918-1999

João Baptista de Oliveira Figueiredo nasceu na cidade do Rio de Janeiro, em 15 de janeiro de 1918. Estudou no Colégio Militar de Porto Alegre, na Escola Militar de Realengo (1935-1937), quando recebeu o espadim de Getúlio Vargas por ter sido o primeiro aluno. Integrou os Dragões da Independência, sediado em Brasília-DF. Esteve no III Exército, sediado em Porto Alegre-RS. Foi instrutor de cavalaria na Escola Militar de Realengo (1944). Fez curso na Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais - EsAO (1946). Instrutor da cadeira de fortificações da Escola Militar de Resende, mais tarde Academia Militar das Agulhas Negras - AMAN (1947-1948). Retornou a EsAO de 1949-1952, como instrutor de cavalaria. Ingressou na Escola de Comando e Estado-Maior do Exército - ECEME em 1953, passando a instrutor no ano seguinte. Membro da missão militar brasileira de instrução junto ao Exército paraguaio (1955-1958). Cursou a Escola Superior de Guerra - ESG (1960). Trabalhou no Conselho de Segurança Nacional (1961). Instrutor da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército - ECEME (1961-1964). Durante o governo Jânio Quadros integrou a Secretaria Geral do Conselho de Segurança Nacional. Participou do movimento político-militar que originou o golpe de 1964, tendo sido nomeado chefe da agência do Serviço Nacional de Informações (SNI) no Rio de Janeiro (1964-1966). Foi comandante da Força Pública de São Paulo (1966-1967), do 1º Regimento de Cavalaria de Guardas - Dragões da Independência (1967-1969) e chefe do estado-maior do III Exército (1969). Chefe do Gabinete Militar do governo Médici (1969-1974), tornou-se ministro-chefe do SNI durante o governo Geisel (1974-1979), sendo promovido a general-de-exército em 1977. Através de eleição indireta, passou a exercer o cargo de presidente da República em 15 de março de 1979.
Faleceu no Rio de Janeiro, em 24 de dezembro de 1999.

Linhares, José

  • Dado não disponível
  • Person
  • 1886-1957

José Linhares nasceu no município de Baturité, estado do Ceará, em 28 de janeiro de 1886. Bacharel em Direito pela Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais, em São Paulo (1908). Representante da Fazenda Federal nos processos de obras portuárias. Juiz da 2ª Pretoria Criminal (1913), sendo depois transferido para a 7ª Pretoria Cível e, mais tarde, para a 1ª Pretoria Cível. Promovido a juiz de Direito da 5ª Vara Criminal (1928-1931). Membro do Tribunal Superior Eleitoral - TSE (1932-1937). Desembargador da Corte de Apelação do Distrito Federal após a Revolução de 1930, foi nomeado por Getúlio Vargas ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) em 1937 e vice-presidente dessa corte em 1940. Presidente do STF (1945-1949) e, em consequência, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), assumiu a presidência da República com a deposição de Vargas, em 29 de outubro de 1945, cargo que ocupou até 31 de janeiro de 1946. Após esse período, retornou ao STF, voltando a assumir a presidência desta corte entre 1951 e 1956.
Faleceu em Caxambu, Minas Gerais, em 26 de janeiro de 1957.

Silva, Luiz Inácio Lula da

  • Dado não disponível
  • Person
  • 1945-

Luiz Inácio Lula da Silva nasceu em 27 de outubro de 1945 na cidade de Garanhuns, interior de Pernambuco. Casado com Marisa Letícia, desde 1974, tem cinco filhos. Lula, por sua vez, é o sétimo dos oito filhos de Aristides Inácio da Silva e Eurídice Ferreira de Mello. Em dezembro de 1952, a família de Lula migrou para o litoral paulista, viajando 13 dias num caminhão "pau de arara". Foi morar em Vicente de Carvalho, bairro pobre do Guarujá.
Foi alfabetizado no Grupo Escolar Marcílio Dias. Em 1956, a família mudou-se para São Paulo, passando a morar num único cômodo, nos fundos de um bar, no bairro de Ipiranga. Aos 12 anos de idade, Lula conseguiu seu primeiro emprego numa tinturaria. Também foi engraxate e office-boy.
Com 14 anos, começou a trabalhar nos Armazéns Gerais Columbia, onde teve a Carteira de Trabalho assinada pela primeira vez. Lula transferiu-se depois para a Fábrica de Parafusos Marte e obteve uma vaga no curso de torneiro mecânico do Senai - Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. O curso durou 3 anos e Lula tornou-se metalúrgico.
A crise após o golpe militar de 1964 levou Lula a mudar de emprego, passando por várias fábricas, até ingressar nas Indústrias Villares, uma das principais metalúrgicas do país, localizada em São Bernardo do Campo, no ABC paulista. Trabalhando na Villares, Lula começou a ter contato com o movimento sindical, através de seu irmão José Ferreira da Silva, mais conhecido por Frei Chico.
Em 1969, o Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema fez eleição para escolher uma nova diretoria e Lula foi eleito suplente. Na eleição seguinte, em 1972, tornou-se primeiro-secretário. Em 1975, foi eleito presidente do sindicato com 92 por cento dos votos, passando a representar 100 mil trabalhadores.
Lula deu então uma nova direção ao movimento sindical brasileiro. Em 78, Lula foi reeleito presidente do sindicato e, após 10 anos sem greves operárias, ocorreram no país as primeiras paralisações. Em março de 79, 170 mil metalúrgicos pararam o ABC paulista. A repressão policial ao movimento grevista e a quase inexistência de políticos que representassem os interesses dos trabalhadores no Congresso Nacional fez com que Lula pensasse pela primeira vez em criar um Partido dos Trabalhadores.
O Brasil atravessava, então, um processo de abertura política lenta e gradual comandada pelos militares ainda no poder. Em 10 de fevereiro de 1980, Lula fundou o PT, juntamente com outros sindicalistas, intelectuais, políticos e representantes de movimentos sociais, como lideranças rurais e religiosas. Em 1980, nova greve dos metalúrgicos provocou a intervenção do Governo Federal no sindicato e a prisão de Lula e outros dirigentes sindicais, com base na Lei de Segurança Nacional. Foram 31 dias de prisão.

Em 1982 o PT já estava implantado em quase todo o território nacional. Lula liderou a organização do partido e disputou naquele ano o Governo de São Paulo. Em agosto de 83, participou da fundação da CUT – Central Única dos Trabalhadores. Em 84 participou, como uma das principais lideranças, da campanha das "diretas-já" para a Presidência da República. Em 1986, foi eleito o deputado federal mais votado do país, para a Assembléia Constituinte.
O PT lançou Lula para disputar a Presidência da República em 1989, após 29 anos sem eleição direta para o cargo. Perdeu a disputa, no segundo turno, por pequena diferença de votos, mas dois anos depois liderou uma mobilização nacional contra a corrupção que acabou no "impeachment" do presidente Fernando Collor de Mello. Em 1994 e 1998, Lula voltou a se candidatar a presidente da República e foi derrotado por Fernando Henrique Cardoso.
Desde 1992, Lula atua como conselheiro do Instituto Cidadania, organização não-governamental criada após a experiência do Governo Paralelo, voltado para estudos, pesquisas, debates, publicações e principalmente formulação de propostas de políticas públicas nacionais, bem como de campanhas de mobilização da sociedade civil rumo à conquista dos direitos de cidadania para todo o povo brasileiro.
Na última semana de junho de 2002, a Convenção Nacional do PT aprovou uma ampla aliança política (PT, PL, PCdoB, PCB e PMN) que teve por base um programa de governo para resgatar as dívidas sociais fundamentais que o país tem com a grande maioria do povo brasileiro. O candidato a vice-presidente na chapa é o senador José Alencar, do PL de Minas Gerais.
Em 27 de outubro de 2002, aos 57 anos de idade, com quase 53 milhões de votos, Luiz Inácio Lula da Silva é eleito Presidente da República Federativa do Brasil.
O primeiro mandato do presidente Lula colocou o Brasil em ordem e preparou o país para o crescimento econômico, com importantes avanços sociais e significativa melhoria na distribuição de renda, sobretudo, graças à política de valorização do salário mínimo e a programas como o Bolsa Família.
A redução das desigualdades foi uma das marcas dos quatro primeiros anos de governo, e nada menos que 7 milhões de brasileiros e brasileiras ascenderam à classe média. Lula terminou o primeiro mandato com a aprovação histórica de 57%.
No dia 29 de outubro de 2006, Luiz Inácio Lula da Silva, novamente na companhia do vice José Alencar, foi reeleito presidente da República com mais de 58 milhões de votos, a maior votação da história do Brasil.

Fonte: Biblioteca da Presidência da República. http://www.biblioteca.presidencia.gov.br/presidencia/ex-presidentes/luiz-inacio-lula-da-silva

Tavares, Aurélio de Lyra

  • Dado não disponível
  • Person
  • 1905-1998

Aurélio de Lyra Tavares nasceu na cidade de Paraíba, atual João Pessoa, no estado da Paraíba, em 7 de novembro de 1905. Estudou no Colégio Militar do Rio de Janeiro (1917-1922); como aluno foi diretor da revista literária "A Aspiração". Estudou na Escola Militar do Realengo (1923-1925), na arma de engenharia; foi diretor da revista da escola sob o pseudônimo de Adelita e orador oficial de sua sociedade acadêmica. Declarado aspirante, recebeu da Missão Militar Francesa os prêmios de "Tática Geral" e "História Militar" (1925). Diplomou-se bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito do Rio de Janeiro (1929). Em 1930, pela Escola Politécnica, formou-se engenheiro civil e recebeu da congregação dessa escola o Prêmio "Rio Branco" (1931). Ajudante de ordens do comandante da 5ª Região Militar, sediada em Curitiba, logo após a revolução de 1930 (1931-1932). Cursou a Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais (1932-1933). Cursou a Escola de Estado-Maior do Exército, diplomado com "Menção Honrosa" (1936-1939). Instrutor de Tática Geral da Escola do Estado-Maior (1942). Fez o Curso de comando de Estado-Maior do Exército Norte-Americano, no Fort Leavenworth - Kansas (1943). Serviu no Estado-Maior do Exército (1943), tendo sido encarregado de organizar a Força Expedicionária Brasileira (FEB). Chefe da 2ª Seção do Estado-Maior Especial da FEB no Brasil (1944-1945). Oficial do gabinete do ministro da Guerra (1945). Chefiou a Missão Militar Brasileira, durante o bloqueio de Berlim (1948). Chefe da 4ª Seção do Estado-Maior das Forças Armadas - EMFA (1952), acumulando a função de membro da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento dos Transportes, deixando esses cargos em 1955. Chefe de Gabinete do Estado-Maior do Exército (1955). Comandante da Artilharia Divisionária da 5ª Divisão de Infantaria (1956-1957). Diretor de Comunicações do Exército (1958-1960). Chefe do Estado-Maior do 1º Exército (1960-1961). Diretor de ensino e formação do Exército (1961). Comandante da 2ª Região Militar - SP (1962-1963). Participou do golpe militar de 1964. Durante o governo Castelo Branco foi comandante do IV Exército (1964-1965). Membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e do Instituto de Geografia e História Militar do Brasil. Chefe do Departamento de Produção e Obras do Exército (1965-1966). Em 1966, passou a comandar a Escola Superior de Guerra (ESG) e, durante o governo Costa e Silva, ocupou a pasta de Ministro do Exército, participando da junta militar (1967-1969). Em abril de 1970 foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras, ocupando a cadeira nº 20 e, em junho, foi nomeado embaixador do Brasil na França, cargo que ocupou até dezembro de 1974.
Faleceu em 18 de novembro de 1998, no Rio de Janeiro-RJ.

Melo, Márcio de Sousa

  • Dado não disponível
  • Person
  • 1906-1991

Márcio de Sousa Melo nasceu na cidade de Florianópolis, estado de Santa Catarina, em 26 de maio de 1906. Frequentou a Escola Militar do Realengo-RJ (1925-1928), sendo declarado aspirante-a-oficial da arma de aviação militar - 5ª Arma do Exército - criada no ano anterior. Integrou a primeira unidade de combate aéreo do Exército criada após a revolução de 1930 e comandada pelo major Eduardo Gomes. Criou, com Eduardo Gomes, entre outros, o Correio Aéreo Militar - CAM (1931), posteriormente passando à denominação de Correio Aéreo Nacional - CAN e integrado à Força Aérea Brasileira - FAB. Fez curso de aperfeiçoamento de oficiais da Aviação (1938). Transferido do Exército para o recém-criado Ministério da Aeronáutica (1941). Foi incumbido de acompanhar o processo de nacionalização da empresa de aviação alemã, Condor, em virtude da declaração de guerra à Alemanha (1942), resultando na criação da Companhia Cruzeiro do Sul. Comandante da Base Aérea de Santos (1944), sendo responsável em operações de patrulhamento no Atlântico Sul. Fez o curso de air staff, no Fort Leavenworth - Geórgia - e o de Tática Aplicada na base de Jacksonville - Flórida (1945). Fez o curso de Estado-Maior da Aeronáutica (1946). Instrutor da Escola de Comando do Estado-Maior da Aeronáutica - ECEMAR (1947-1948). Adido aeronáutico junto às embaixadas do Brasil em Buenos Aires e Montevidéu (1948-1951). Fez o curso da Escola Superior de Guerra - ESG (1953). Chefe de gabinete do Ministro da Aeronáutica, brigadeiro Eduardo Gomes (1954-1955). Comandante da ECEMAR (1957-1958). Assistente do comando da ESG (1958-1961). Comandante da III Zona Aérea, sediada no Rio de Janeiro (1961). Em 1964, foi comandante da IV Zona Aérea. Neste mesmo ano, foi nomeado ministro da Aeronáutica, permaneceu apenas 22 dias no cargo, exonerando-se por divergências com o presidente Castelo Branco. Inspetor-geral da Aeronáutica (1966), transferindo-se para a reserva com a patente de marechal-do-ar. Ministro da Aeronáutica (1967-1969), quando se formou a junta militar, e nos anos de 1969-1971, durante os governos Costa e Silva e Garrastazu Médici, respectivamente, exonerando-se do cargo em 26 de novembro de 1971, ano em que retira-se da vida pública.
Faleceu no Rio de Janeiro, em 31 de janeiro de 1991.

Kuperman, Breno

  • Dado não disponível
  • Person
  • 1943-

Breno Kuperman, nasceu em São Paulo (1943), graduou-se em Filosofia no Rio de Janeiro (1969) no IFCS/UFRJ. Ensinou filosofia na PUC/RJ e na UFF. Mestre em filosofia pela Universidade Católica de Louvain, Bélgica (1976), trabalhou no Departamento de Produção da EMBRAFILME (1978/79) e depois dirigiu o Departamento do Filme Cultural (80/81). De 1981 até 2004 ensinou no Departamento de Cinema e Vídeo da UFF as disciplinas “Organização da produção”, “Documentário”, “Vídeo educativo” e “Vídeo estúdio”. Entre 83/85 estudou em Nova York “Realização em Vídeo” no Global Village. Na volta participou da criação da TV Maxambomba (85-91), experiência de vídeo popular nas praças de Nova Iguaçu, RJ. Em 1983 criou a Cena Tropical Comunicações, empresa de produção de cinema e vídeo através da qual vem realizando seus diversos trabalhos.

Goulart, João Belchior Marques

  • Dado não disponível
  • Person
  • 1919 - 1976

João Belchior Marques Goulart nasceu em São Borja (RS), em 1 de março de 1919, filho de Vicente Rodrigues Goulart e Vicentina Marques Goulart. Formou-se em Direito em 1939, na Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais de Porto Alegre, voltando, então, para São Borja. Começou sua trajetória política em 1946, ao se eleger deputado estadual. Elegeu-se deputado federal nas eleições de 1950. Empossado em fevereiro de 1951, licenciou-se da Câmara Federal para assumir a Secretaria do Interior e Justiça do Rio Grande do Sul. Reassumiu a cadeira de deputado federal em maio de 1952. Em 17 de junho de 1953, foi nomeado ministro do Trabalho por Getúlio Vargas. Em 24 de fevereiro de 1954, foi exonerado do cargo e reassumiu a sua cadeira na Câmara dos Deputados até o suicídio de Vargas, na madrugada de 24 de agosto de 1954. Em 1955, compôs com Juscelino Kubitschek a chapa PSD-PTB para as eleições presidenciais de 3 de outubro. Eleito vice-presidente de Juscelino, organizou, em 1958, a I Conferência Nacional do Trabalho, no Rio de Janeiro. Em 1960, novamente foi candidato a vice-presidência na chapa encabeçada por Henrique Teixeira Lott. Jânio Quadros foi eleito presidente e Goulart vice. Em 25 de agosto de 1961, Jânio renunciou ao cargo. João Goulart só foi empossado em 7 de setembro de 1961. Na madrugada de 31 de março de 1964, um golpe militar derrubou o estado de direito no Brasil e destituiu Goulart, que procurou asilo político no Uruguai.
Faleceu em 6 de dezembro de 1976, vítima de ataque cardíaco, na sua fazenda La Villa, no município argentino de Mercedes.

Zigler, Maria Emma Hulga Lenk

  • Dado não disponível
  • Person
  • 1915 - 2007

Maria Emma Hulga Lenk Zigler nasceu em São Paulo em 15 de janeiro de 1915. Filha de alemães começou a nadar aos 10 anos após uma pneumonia dupla. Aos 17 participa como primeira mulher sul americana a competir nas Olimpíadas de Los Angeles de 1932. Ainda neste ano, participa das provas dos 100 metros livre, 100 metros costas e chegas às semifinais dos 200 peito.
Nessa modalidade, Maria Lenk obtém suas melhores marcas. Em 1939, bate os recordes mundiais dos 200 e 400 metros no nado de peito. No auge da sua forma, é mais séria candidata ao ouro olímpico em 1940. Mas em função da Segunda Guera Mundial cancelam o evento.
Outro fato marcante em sua carreira em a participação inovadora nas Olimpíadas de Berlim, em 1936. Na ocasião, destaca-se como precursora do nado borboleta entre as mulheres. Ela se utiliza da braçada deste estilo nos 200 metros peito e, novamente chega ás semifinais da prova.

No início dos anos 1940, é a única mulher da delegação de nadadores sul-americanos que excursiona pelos EUA. Maria Lenk quebra doze recordes norte-americanos e aproveita sua estadia para concluir o curso de Educação Física, da Universidade de Springfield. Em 1942, abandona a carreira e ajuda a fundar a Escola Nacional de Educação Física, da Universidade do Brasil, no Rio de Janeiro. Depois de aposentada, retorna a raia das piscinas para competir na categoria Master.
No campeonato mundial da categoria 58-90 anos, realizado em agosto de 2000, ela voltou de Munique com cinco medalhas de outro. Foi campeã dos 100 metros perito, 200 metros livre, 200 metros costas e medley e 400 metros livre.
Faleceu em 16 de abril de 2007, ao 92 anos após um treino na piscina do Clube de Regatas Flamengo.

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