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Notice d'autorité
Arquivo Nacional (Brasil) - Sede Centro de Informações de Acervos dos Presidentes da República

Pena, Afonso Augusto Moreira

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  • 1847 - 1909

Afonso Augusto Moreira Pena nasceu em Minas Gerais, em 1847 e faleceu no Palácio do Catete, em 1909. Bacharel em Direito (1870), foi deputado provincial (1874-1878) e geral (1878-1889), ministro da Guerra (1882), Agricultura (1883) e Justiça (1885), tomou parte da Assembléia Constituinte Mineira (1890-1891), foi presidente de Minas Gerais (1892-1894) e fundou Belo Horizonte e a Faculdade de Direito de Minas Gerais. Foi presidente do Banco do Brasil (1895-1898), senador estadual (1899), presidente do Conselho Deliberativo de Belo Horizonte (1900), vice-presidente (1902-1906) e presidente da República (1906-1909).

Peixoto, Floriano Vieira

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  • 1839 - 1895

Floriano Vieira Peixoto nasceu em Ipioca, mais tarde denominada Floriano Peixoto, em Alagoas, em 30 de abril de 1839, filho do tenente-coronel Manuel Vieira de Araújo e de Ana Joaquina de Albuquerque. O sobrenome Peixoto foi herdado do avô paterno, major José Vieira de Araújo Peixoto. Faleceu em Barra Mansa, Rio de Janeiro, em 29 de junho de 1895.
Foi coronel, posto obtido devido à sua atuação na Guerra do Paraguai, comandante de batalhões de artilharia no Amazonas e Alagoas, diretor do Arsenal de Guerra em Pernambuco (1878-1881), presidente da província de Mato Grosso (1884-1885), marechal de campo (1889), ministro da Guerra do primeiro Governo Provisório da República (1890-1891). Eleito vice-presidente em 25 de fevereiro de 1891, assumiu a Presidência da República, após a renúncia do marechal Deodoro da Fonseca (23/11/1891). Em seu governo enfrentou, com o apoio e a força do Exército, a Revolução Federalista no Rio Grande do Sul (1893) e a Revolta da Armada (1893).

Costa, José Sarney de Araújo

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  • 1930 -

José Ribamar Ferreira de Araújo Costa, nasceu em Pinheiro em 24 de abril de 1930, filho do casal Sarney de Araújo Costa e Kyola Ferreira de Araújo Costa. Seu pai foi membro do Tribunal de Justiça do Maranhão, inicialmente como promotor público, depois desembargador, que por motivos políticos, foi removido sucessivamente para várias comarcas do interior maranhense. Com isso, o filho fez seus estudos primários no Colégio Mota Junior, em São Bento, e no Colégio de Professor Joca Rego, na cidade de Santo Antonio de Balsas. Em janeiro de 1942, quando tinha 12 anos de idade, José Ribamar prestou e foi aprovado em primeiro lugar no exame de admissão no Liceu Maranhense, em São Luís, e aos 14 anos, iniciou sua militância política estudantil como presidente do Centro Liceísta e editava o jornal \"O Liceu\". Como líder estudantil, participou em 1945 de manifestações pela queda da ditadura getulista e chegou a ser detido junto com um grupo de colegas após um ato no Teatro Artur Azevedo contra o interventor Paulo Ramos.

José Sarney bacharelou-se em direito na Universidade Federal do Maranhão em 1953, época em que ingressou na Academia Maranhense de Letras e fazia parte de um movimento de poetas maranhenses que lançou o pós-modernismo no estado. Ao lado de Lago Burnett, Lucy Teixeira e Ferreira Gullar, o movimento literário foi difundido por meio da revista A Ilha, da qual Sarney foi um dos fundadores. Ingressou na carreira política filiando-se ao PSD.

Candidatou-se a deputado federal em 1954, não se elegendo, mas assumiu pela primeira vez vaga um mandato Câmara dos Deputados em 1955. Migrou para a UDN em 1958, partido pelo qual foi eleito deputado federal em eleições naquele mesmo ano e em 1962 e governador do Maranhão em 1965. Em 27 de outubro de 1965, com a instituição do AI-2, os partidos políticos são extintos, com a imposição do bipartidarismo. Sarney então ingressa na ARENA, onde ficaria por quase vinte anos. Foi eleito e reeleito senador pela ARENA na década de 1970 e ficou no cargo até 1985. Presidiu a legenda a partir de 1979, que se tornaria PDS no início de 1980, mas deixou o partido e ingressou no PMDB em 1984, onde se tornou candidato a vice-presidente na chapa de Tancredo Neves para a eleição presidencial de 1985. Eleitos indiretamente por um Colégio Eleitoral, deveriam assumir a posse em março daquele ano; contudo, o presidente Tancredo Neves, adoeceu gravemente e faleceu pouco antes de tomar posse do cargo. Assim, Sarney assumiu a presidência da República em abril.

Durante seu mandato, foram restabelecidas as eleições diretas para presidente, prefeito e governador. Foi aprovado pelo Congresso o direito de voto dos analfabetos e foi promulgada a Constituição brasileira de 1988 por uma Assembleia Nacional Constituinte.
Por outro lado, seu governo também notabilizou-se por acusações de corrupção, com acusações de superfaturamento e irregularidades em concorrências públicas e de favorecimento político nas concessões públicas de emissoras de rádio e TV. No campo econômico, foram implementados diversos planos de combate à hiperinflação (Plano Cruzado I e II, Plano Bresser, Plano Verão), mas todos fracassaram, e ao fim do governo Sarney o país estava mergulhado na recessão.

Na política externa, o Brasil reaproximou-se de países comunistas (como China e a antiga União Soviética), reatou relações com Cuba e estreitou laços com Argentina e Uruguai, com a assinatura do protocolo do Mercosul. Após deixar a presidência, Sarney foi eleito senador pelo Amapá em 1990, cargo que ocupou pôr três mandatos.

Como escritor, Sarney é autor de obras como O Norte das Águas, O Dono do Mar e Saraminda, membro da Academia Brasileira de Letras e membro correspondente da Academia das Ciências de Lisboa.

Eleito em 17 de julho de 1980, na sucessão de José Américo de Almeida na cadeira 38, é recebido em 6 de novembro de 1980 pelo acadêmico Josué Montello. Recebeu os acadêmicos Marcos Vinicios Vilaça e Affonso Arinos de Mello Franco. Dos atuais integrantes da Academia Brasileira de Letras, José Sarney é o membro mais antigo. Também é presidente de Honra da Academia Pinheirense de Letras, Artes e Ciências – Aplac.

Rousseff, Dilma Vana

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  • 1947-

Primeira mulher a se tornar Presidente da República do Brasil, Dilma Vana Rousseff nasceu em 14 de dezembro de 1947, na cidade de Belo Horizonte (MG). É filha do imigrante búlgaro Pedro Rousseff e da professora Dilma Jane da Silva, nascida em Resende (RJ). O casal teve três filhos: Igor, Dilma e Zana.
A filha do meio iniciou os estudos no tradicional Colégio Nossa Senhora de Sion, e cursou o ensino médio no Colégio Estadual Central, então centro da efervescência estudantil da capital mineira. Aos 16 anos, Dilma dá início à vida política, integrando organizações de combate ao regime militar.
Em 1969, conhece o advogado gaúcho Carlos Franklin Paixão de Araújo. Juntos, sofrem com a perseguição da Justiça Militar. Condenada por “subversão”, Dilma passa quase três anos, de 1970 a 1972, no presídio Tiradentes, na capital paulista.
Livre da prisão, muda-se para Porto Alegre em 1973. Retoma os estudos na Universidade Federal do Rio Grande do Sul após fazer novo vestibular. Em 1975, Dilma começa a trabalhar como estagiária na Fundação de Economia e Estatística (FEE), órgão do governo gaúcho. No ano seguinte, dá à luz a filha do casal, Paula Rousseff Araújo.
Dedica-se, em 1979, à campanha pela Anistia, durante o processo de abertura política comandada pelos militares, ainda no poder. Com o marido Carlos Araújo, ajuda a fundar o Partido Democrático Trabalhista (PDT) no Rio Grande do Sul. Trabalhou na assessoria da bancada estadual do partido entre 1980 e 1985. Em 1986, o então prefeito da capital gaúcha, Alceu Collares, escolhe Dilma para ocupar o cargo de Secretária da Fazenda.
Com a volta da democracia ao Brasil, Dilma, então diretora-geral da Câmara Municipal de Porto Alegre, participa da campanha de Leonel Brizola ao Palácio do Planalto em 1989, ano da primeira eleição presidencial direta após a ditadura militar. No segundo turno, Dilma vai às ruas defender o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT).
No início da década de 1990, retorna à Fundação de Economia e Estatística do Rio Grande do Sul, agora como presidente da instituição. Em 1993, com a eleição de Alceu Collares para o governo do Rio Grande do Sul, torna-se Secretária de Energia, Minas e Comunicação do Rio Grande do Sul.
Em 1998, inicia o curso de doutorado em Economia na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), mas, já envolvida na campanha sucessória do governo gaúcho, não chega a defender tese. A aliança entre PDT e PT elege Olívio Dutra governador e Dilma ocupa, mais uma vez, a Secretaria de Energia, Minas e Comunicação do Rio Grande do Sul. Dois anos depois, filia-se ao PT.
O trabalho realizado no governo gaúcho chamou a atenção de Luiz Inácio Lula da Silva, já que o Rio Grande do Sul foi uma das poucas unidades da federação que não sofreram com o racionamento de energia em 2001.
Em 2002, Dilma é convidada a participar da equipe de transição entre os governos de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) e Lula (2003-2010). Depois, com a posse de Lula, torna-se ministra de Minas e Energia.
Entre 2003 e 2005, comanda profunda reformulação no setor com a criação do chamado marco regulatório (leis, regulamentos e normas técnicas) para as práticas em Minas e Energia. Além disso, preside o Conselho de Administração da Petrobrás, introduz o biodiesel na matriz energética brasileira e cria o programa Luz para Todos.
Lula escolhe Dilma para ocupar a chefia da Casa Civil e coordenar o trabalho de todo ministério em 2005. A ministra assume a direção de programas estratégicos como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o programa de habitação popular Minha Casa, Minha Vida. Coordenou ainda a Comissão Interministerial encarregada de definir as regras para a exploração das recém-descobertas reservas de petróleo na camada pré-sal e integrou a Junta Orçamentária do Governo, que se reúne mensalmente para avaliar a liberação de recursos para obras.
Em março de 2010, Dilma e Lula lançam a segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), que amplia as metas da primeira versão do programa. No dia 03 de abril do mesmo ano, Dilma deixa o Governo Federal para se candidatar à Presidência. Em 13 de junho, o PT oficializa a candidatura da ex-ministra.
No segundo turno das eleições, realizado em 31 de outubro de 2010, aos 63 anos de idade, Dilma Rousseff é eleita a primeira mulher Presidenta da República Federativa do Brasil, com quase 56 milhões de votos.
Em 12 de maio de 2016, dois anos antes do término de seu segundo mandato, a Presidenta Dilma Rousseff foi afastada da função de chefe de estado em decorrência da aprovação de denúncia de crime de responsabilidade nº 1/2015, parecer nº 475/2016 com votação e aprovação na Câmara dos Deputados em abr/2016 e encaminhado ao Senado Federal para votação em mai/2016, que resultou na admissibilidade da denúncia e instauração do processo de impeachment em desfavor da Presidenta.
Em 31 de agosto de 2016 a Resolução nº 35 do Senado Federal julgou procedente a denúncia de crime de responsabilidade e impôs à Srª Dilma Vana Rousseff a sanção de perda do cargo de Presidente da República (Diário do Senado Federal, Resolução nº 35, de 31 de agosto de 2016).

Fonte: Biblioteca da Presidência da República. http://www.biblioteca.presidencia.gov.br/presidencia/ex-presidentes/dilma-rousseff

Quadros, Jânio da Silva

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  • 1917-1992

Jânio da Silva Quadros nasceu em Campo Grande, estado do Mato Grosso do Sul, em 25 de janeiro de 1917. Transferiu-se com a família para São Paulo, onde ingressou na Faculdade de Direito de São Paulo aos 18 anos, bacharelando-se em 1939. Inicia sua carreira política nesse estado. Foi vereador (1948-1950) pelo Partido Democrata Cristão (PDC), deputado estadual na mesma legenda e líder de sua bancada (1951-1953), prefeito de São Paulo (1953-1954) pelo PDC e pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB) e governador desse estado (1955-1959). Elegeu-se deputado federal pelo estado do Paraná na legenda do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), em 1958, mas não chegou a participar das sessões do Congresso, porque viajou para o exterior. Foi eleito presidente da República, com o apoio da União Democrática Nacional (UDN), tendo como vice o candidato da oposição João Goulart. Primeiro chefe de Estado a tomar posse em Brasília, em 31 de janeiro de 1961, renunciou ao cargo sete meses depois, abrindo uma grave crise política no país. Candidatou-se ao governo do estado de São Paulo em 1962, mas foi derrotado. Por ocasião do golpe militar de 1964, teve seus direitos políticos cassados por dez anos. Dedicou-se a atividades privadas e após ter feito pronunciamentos políticos em 1968, é confinado na cidade de Corumbá-MS. Retornou à política após a anistia e, em 1982, candidatou-se, sem sucesso, ao governo de São Paulo. Em 1985 elegeu-se prefeito de São Paulo, pelo PTB.
Faleceu na cidade de São Paulo, em 16 de fevereiro de 1992.

Barreto, João de Deus Mena

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  • 1874-1933

João de Deus Mena Barreto nasceu na cidade de Porto Alegre, estado do Rio Grande do Sul, em 30 de julho de 1874. Ingressou no Exército em 1890. Combateu a Revolução Federalista (1893-1895). Tornou-se adjunto do ministro da Guerra (1911). Combateu "Os 18 do Forte", em 1922, comandando a 2ª Brigada de Infantaria. Em 1924, combateu uma rebelião promovida por jovens oficiais em Manaus. Comandou a 1ª Região Militar (1924-1926). Nomeado inspetor do 1º Grupo de Regiões Militares (1926). Eleito presidente do Clube Militar (1926). Liderou a Revolução de 1930 no Distrito Federal. Foi nomeado interventor federal no estado do Rio de Janeiro (1931). Nomeado ministro do Supremo Tribunal Militar (1931). Mediador no confronto entre constitucionalistas paulistas e o governo federal (1932).
Faleceu no Rio de Janeiro, em 25 de março de 1933.

Ramos, Nereu de Oliveira

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  • 1888-1958

Nereu de Oliveira Ramos nasceu na cidade de Lajes, estado de Santa Catarina, em 3 de setembro de 1888. Cursou a Faculdade de Direito de São Paulo (1909). Deputado estadual (1911-1912). Secretário da delegação brasileira às conferências internacionais de Direito Marítimo e Letras de Câmbio, realizadas em Bruxelas e Haia (1912/1913). Oficial-de-gabinete do presidente de Santa Catarina, que era o seu pai (1914). Redator-chefe de "O Dia", órgão do Partido Republicano Catarinense - PRC (1914-1917). Novamente deputado estadual (1919-1921), fundador e primeiro presidente (1927-1932) do Partido Liberal Catarinense (PLC). Fundador dos jornais "A Noite", de Florianópolis, e "A República" (1921). Elegeu-se deputado federal pelo PLC em 1930, mas teve seu mandato cassado em virtude da revolução e do fechamento do Congresso. Foi líder da campanha da Aliança Liberal, em Santa Catarina (1929-1930). Participou da Revolução de 1930 e apoiou a Revolução Constitucionalista de 1932, demitindo-se da presidência do Partido Liberal Catarinense - PLC. Foi um dos fundadores da Faculdade de Direito de Santa Catarina (1932), onde lecionou Direito Constitucional e Teoria do Estado. Foi um dos deputados integrantes da comissão encarregada de examinar o anteprojeto de Constituição preparado pelo Governo Provisório (1933). Deputado federal (1934-1935). Deputado à Assembléia Nacional Constituinte de 1934, foi eleito indiretamente governador de Santa Catarina (1935-1937). Com o golpe de 1937, foi nomeado interventor federal nesse estado, cargo que ocupou até o fim do Estado Novo, em 1945. Nesse mesmo ano, foi um dos fundadores do Partido Social Democrático (PSD) em Santa Catarina, legenda na qual se elegeu senador constituinte e líder da maioria. Findos os trabalhos da Assembleia Nacional Constituinte, em 19 de setembro de 1946, foi eleito indiretamente vice-presidente da República e presidente do Senado (1946-1951). Presidente interino da República (1949 e 1955). Foi presidente do PSD (1947-1949), deputado federal nessa legenda e presidente da Câmara dos Deputados (1951-1955). Em outubro de 1954, foi eleito senador pelo PSD e, em 1955, tornou-se vice-presidente do Senado. Ministro da Justiça e Negócios Interiores (1956-1957). Ministro Interino da Educação (1958). Senador (1957-1958).
Faleceu em desastre aéreo, ocorrido em Curitiba, em 16 de junho de 1958.

Ribeiro, Delfim Moreira da Costa

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  • 1868-1920

Delfim Moreira da Costa Ribeiro nasceu na cidade de Cristina, estado de Minas Gerais, em 7 de novembro de 1868. Advogado, tendo cursado a Faculdade de Direito de São Paulo (1890). Foi juiz municipal em Santa Rita do Sapucaí, tornando-se vereador e presidente da Câmara Municipal (1893). Nomeado secretário do Interior de Minas Gerais (1902-1906) e presidente de Minas Gerais (1914-1918), elegeu-se senador estadual (1907-1909) e deputado federal (1909-1911), mas renunciou para retornar à Secretaria (1910-1914). Elegeu-se vice-presidente da República, em 1918, na chapa de Rodrigues Alves. Com a doença e posterior falecimento do presidente eleito, que não chegou a ser empossado, Delfim Moreira assumiu interinamente a presidência da República.
Faleceu na cidade de Santa Rita do Sapucaí, estado de Minas Gerais, em 1º de julho de 1920.

Noronha, José Isaías de

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  • 1873-1963

José Isaías de Noronha nasceu na cidade do Rio de Janeiro, em 6 de julho de 1873. Ingressou no curso preparatório da Escola Naval em 1887, chegando a aspirante de primeira-classe em 1889 e guarda-marinha em 1892. Durante sua carreira militar, exerceu diversas funções, tais como: ajudante da Diretoria de Hidrografia, na Repartição da Carta Marítima (1897-1898). Ajudante-de-ordens dos comandantes da 3ª e da 1ª divisões navais, entre 1899 e 1902, sucessivamente. Passou depois a ocupar o mesmo cargo, junto ao ministro da Marinha, que era seu tio. Instrutor da artilharia no encouraçado "Riachuelo" (1906-1907 ?). Assistente da Inspetoria de Portos e Costas (1907-1909). Comandante interino do contratorpedeiro "Piauí" (1910). Chefe da Diretoria de Faróis da Superintendência de Navegação (1910-1911). Comandante interino do contratorpedeiro "Sergipe", que se deslocou para Assunção para ajudar na defesa desta cidade, ameaçada por rebeldes (1911-1912). Incorporou-se a 3ª Seção (operações) do Estado-Maior da Armada (EMA), integrando a Defesa Móvel do Rio de Janeiro (1912-1913), assumindo, em seguida, a vice-diretoria das escolas profissionais e o comando do quartel da Defesa Móvel (1913-1914). Comandante do cruzador "República" (1914-1915). Chefe da 2ª Seção (informações) do EMA (1915-1916). Comandante do vapor "Carlos Gomes" (jan-jul 1916). Chefe da 3ª Seção do EMA (jul-nov 1916). Comandante do cruzador "Barroso" (nov 1916-mar 1917). Chefe da 2ª Seção do EMA (mar-nov 1917). Diretor da Escola de Grumetes (1917-1919). Comandante do encouraçado "Minas Gerais" (1919-1920). Capitão do porto do Pará (1920-1921). Completou o curso da Escola de Guerra Naval (1922), passando a vice-diretor desta escola no mesmo ano. Diretor do Depósito Naval do Rio de Janeiro (1922-1923). Diretor da Escola Naval (1923-1925/1926-1927), Diretor-geral de Pessoal (1926). Comandante-em-chefe da Esquadra (1927-1928). Com a Revolução de 1930, participou da junta governativa que governou o país até a entrega do poder a Getúlio Vargas, assumindo, cumulativamente, a chefia do Ministério da Marinha, onde foi mantido pelo Governo Provisório até se demitir em dezembro de 1930. Eleito presidente do Clube Naval em 1931; renunciou em 1932, alegando que seria transferido para a reserva, porém, foi reeleito diversas vezes até 1937. Foi reformado em 1941.
Faleceu no Rio de Janeiro, em 29 de janeiro de 1963.

Figueiredo, João Baptista de Oliveira

  • Dado não disponível
  • Personne
  • 1918-1999

João Baptista de Oliveira Figueiredo nasceu na cidade do Rio de Janeiro, em 15 de janeiro de 1918. Estudou no Colégio Militar de Porto Alegre, na Escola Militar de Realengo (1935-1937), quando recebeu o espadim de Getúlio Vargas por ter sido o primeiro aluno. Integrou os Dragões da Independência, sediado em Brasília-DF. Esteve no III Exército, sediado em Porto Alegre-RS. Foi instrutor de cavalaria na Escola Militar de Realengo (1944). Fez curso na Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais - EsAO (1946). Instrutor da cadeira de fortificações da Escola Militar de Resende, mais tarde Academia Militar das Agulhas Negras - AMAN (1947-1948). Retornou a EsAO de 1949-1952, como instrutor de cavalaria. Ingressou na Escola de Comando e Estado-Maior do Exército - ECEME em 1953, passando a instrutor no ano seguinte. Membro da missão militar brasileira de instrução junto ao Exército paraguaio (1955-1958). Cursou a Escola Superior de Guerra - ESG (1960). Trabalhou no Conselho de Segurança Nacional (1961). Instrutor da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército - ECEME (1961-1964). Durante o governo Jânio Quadros integrou a Secretaria Geral do Conselho de Segurança Nacional. Participou do movimento político-militar que originou o golpe de 1964, tendo sido nomeado chefe da agência do Serviço Nacional de Informações (SNI) no Rio de Janeiro (1964-1966). Foi comandante da Força Pública de São Paulo (1966-1967), do 1º Regimento de Cavalaria de Guardas - Dragões da Independência (1967-1969) e chefe do estado-maior do III Exército (1969). Chefe do Gabinete Militar do governo Médici (1969-1974), tornou-se ministro-chefe do SNI durante o governo Geisel (1974-1979), sendo promovido a general-de-exército em 1977. Através de eleição indireta, passou a exercer o cargo de presidente da República em 15 de março de 1979.
Faleceu no Rio de Janeiro, em 24 de dezembro de 1999.

Linhares, José

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  • 1886-1957

José Linhares nasceu no município de Baturité, estado do Ceará, em 28 de janeiro de 1886. Bacharel em Direito pela Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais, em São Paulo (1908). Representante da Fazenda Federal nos processos de obras portuárias. Juiz da 2ª Pretoria Criminal (1913), sendo depois transferido para a 7ª Pretoria Cível e, mais tarde, para a 1ª Pretoria Cível. Promovido a juiz de Direito da 5ª Vara Criminal (1928-1931). Membro do Tribunal Superior Eleitoral - TSE (1932-1937). Desembargador da Corte de Apelação do Distrito Federal após a Revolução de 1930, foi nomeado por Getúlio Vargas ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) em 1937 e vice-presidente dessa corte em 1940. Presidente do STF (1945-1949) e, em consequência, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), assumiu a presidência da República com a deposição de Vargas, em 29 de outubro de 1945, cargo que ocupou até 31 de janeiro de 1946. Após esse período, retornou ao STF, voltando a assumir a presidência desta corte entre 1951 e 1956.
Faleceu em Caxambu, Minas Gerais, em 26 de janeiro de 1957.

Silva, Luiz Inácio Lula da

  • Dado não disponível
  • Personne
  • 1945-

Luiz Inácio Lula da Silva nasceu em 27 de outubro de 1945 na cidade de Garanhuns, interior de Pernambuco. Casado com Marisa Letícia, desde 1974, tem cinco filhos. Lula, por sua vez, é o sétimo dos oito filhos de Aristides Inácio da Silva e Eurídice Ferreira de Mello. Em dezembro de 1952, a família de Lula migrou para o litoral paulista, viajando 13 dias num caminhão "pau de arara". Foi morar em Vicente de Carvalho, bairro pobre do Guarujá.
Foi alfabetizado no Grupo Escolar Marcílio Dias. Em 1956, a família mudou-se para São Paulo, passando a morar num único cômodo, nos fundos de um bar, no bairro de Ipiranga. Aos 12 anos de idade, Lula conseguiu seu primeiro emprego numa tinturaria. Também foi engraxate e office-boy.
Com 14 anos, começou a trabalhar nos Armazéns Gerais Columbia, onde teve a Carteira de Trabalho assinada pela primeira vez. Lula transferiu-se depois para a Fábrica de Parafusos Marte e obteve uma vaga no curso de torneiro mecânico do Senai - Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. O curso durou 3 anos e Lula tornou-se metalúrgico.
A crise após o golpe militar de 1964 levou Lula a mudar de emprego, passando por várias fábricas, até ingressar nas Indústrias Villares, uma das principais metalúrgicas do país, localizada em São Bernardo do Campo, no ABC paulista. Trabalhando na Villares, Lula começou a ter contato com o movimento sindical, através de seu irmão José Ferreira da Silva, mais conhecido por Frei Chico.
Em 1969, o Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema fez eleição para escolher uma nova diretoria e Lula foi eleito suplente. Na eleição seguinte, em 1972, tornou-se primeiro-secretário. Em 1975, foi eleito presidente do sindicato com 92 por cento dos votos, passando a representar 100 mil trabalhadores.
Lula deu então uma nova direção ao movimento sindical brasileiro. Em 78, Lula foi reeleito presidente do sindicato e, após 10 anos sem greves operárias, ocorreram no país as primeiras paralisações. Em março de 79, 170 mil metalúrgicos pararam o ABC paulista. A repressão policial ao movimento grevista e a quase inexistência de políticos que representassem os interesses dos trabalhadores no Congresso Nacional fez com que Lula pensasse pela primeira vez em criar um Partido dos Trabalhadores.
O Brasil atravessava, então, um processo de abertura política lenta e gradual comandada pelos militares ainda no poder. Em 10 de fevereiro de 1980, Lula fundou o PT, juntamente com outros sindicalistas, intelectuais, políticos e representantes de movimentos sociais, como lideranças rurais e religiosas. Em 1980, nova greve dos metalúrgicos provocou a intervenção do Governo Federal no sindicato e a prisão de Lula e outros dirigentes sindicais, com base na Lei de Segurança Nacional. Foram 31 dias de prisão.

Em 1982 o PT já estava implantado em quase todo o território nacional. Lula liderou a organização do partido e disputou naquele ano o Governo de São Paulo. Em agosto de 83, participou da fundação da CUT – Central Única dos Trabalhadores. Em 84 participou, como uma das principais lideranças, da campanha das "diretas-já" para a Presidência da República. Em 1986, foi eleito o deputado federal mais votado do país, para a Assembléia Constituinte.
O PT lançou Lula para disputar a Presidência da República em 1989, após 29 anos sem eleição direta para o cargo. Perdeu a disputa, no segundo turno, por pequena diferença de votos, mas dois anos depois liderou uma mobilização nacional contra a corrupção que acabou no "impeachment" do presidente Fernando Collor de Mello. Em 1994 e 1998, Lula voltou a se candidatar a presidente da República e foi derrotado por Fernando Henrique Cardoso.
Desde 1992, Lula atua como conselheiro do Instituto Cidadania, organização não-governamental criada após a experiência do Governo Paralelo, voltado para estudos, pesquisas, debates, publicações e principalmente formulação de propostas de políticas públicas nacionais, bem como de campanhas de mobilização da sociedade civil rumo à conquista dos direitos de cidadania para todo o povo brasileiro.
Na última semana de junho de 2002, a Convenção Nacional do PT aprovou uma ampla aliança política (PT, PL, PCdoB, PCB e PMN) que teve por base um programa de governo para resgatar as dívidas sociais fundamentais que o país tem com a grande maioria do povo brasileiro. O candidato a vice-presidente na chapa é o senador José Alencar, do PL de Minas Gerais.
Em 27 de outubro de 2002, aos 57 anos de idade, com quase 53 milhões de votos, Luiz Inácio Lula da Silva é eleito Presidente da República Federativa do Brasil.
O primeiro mandato do presidente Lula colocou o Brasil em ordem e preparou o país para o crescimento econômico, com importantes avanços sociais e significativa melhoria na distribuição de renda, sobretudo, graças à política de valorização do salário mínimo e a programas como o Bolsa Família.
A redução das desigualdades foi uma das marcas dos quatro primeiros anos de governo, e nada menos que 7 milhões de brasileiros e brasileiras ascenderam à classe média. Lula terminou o primeiro mandato com a aprovação histórica de 57%.
No dia 29 de outubro de 2006, Luiz Inácio Lula da Silva, novamente na companhia do vice José Alencar, foi reeleito presidente da República com mais de 58 milhões de votos, a maior votação da história do Brasil.

Fonte: Biblioteca da Presidência da República. http://www.biblioteca.presidencia.gov.br/presidencia/ex-presidentes/luiz-inacio-lula-da-silva

Tavares, Aurélio de Lyra

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  • 1905-1998

Aurélio de Lyra Tavares nasceu na cidade de Paraíba, atual João Pessoa, no estado da Paraíba, em 7 de novembro de 1905. Estudou no Colégio Militar do Rio de Janeiro (1917-1922); como aluno foi diretor da revista literária "A Aspiração". Estudou na Escola Militar do Realengo (1923-1925), na arma de engenharia; foi diretor da revista da escola sob o pseudônimo de Adelita e orador oficial de sua sociedade acadêmica. Declarado aspirante, recebeu da Missão Militar Francesa os prêmios de "Tática Geral" e "História Militar" (1925). Diplomou-se bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito do Rio de Janeiro (1929). Em 1930, pela Escola Politécnica, formou-se engenheiro civil e recebeu da congregação dessa escola o Prêmio "Rio Branco" (1931). Ajudante de ordens do comandante da 5ª Região Militar, sediada em Curitiba, logo após a revolução de 1930 (1931-1932). Cursou a Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais (1932-1933). Cursou a Escola de Estado-Maior do Exército, diplomado com "Menção Honrosa" (1936-1939). Instrutor de Tática Geral da Escola do Estado-Maior (1942). Fez o Curso de comando de Estado-Maior do Exército Norte-Americano, no Fort Leavenworth - Kansas (1943). Serviu no Estado-Maior do Exército (1943), tendo sido encarregado de organizar a Força Expedicionária Brasileira (FEB). Chefe da 2ª Seção do Estado-Maior Especial da FEB no Brasil (1944-1945). Oficial do gabinete do ministro da Guerra (1945). Chefiou a Missão Militar Brasileira, durante o bloqueio de Berlim (1948). Chefe da 4ª Seção do Estado-Maior das Forças Armadas - EMFA (1952), acumulando a função de membro da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento dos Transportes, deixando esses cargos em 1955. Chefe de Gabinete do Estado-Maior do Exército (1955). Comandante da Artilharia Divisionária da 5ª Divisão de Infantaria (1956-1957). Diretor de Comunicações do Exército (1958-1960). Chefe do Estado-Maior do 1º Exército (1960-1961). Diretor de ensino e formação do Exército (1961). Comandante da 2ª Região Militar - SP (1962-1963). Participou do golpe militar de 1964. Durante o governo Castelo Branco foi comandante do IV Exército (1964-1965). Membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e do Instituto de Geografia e História Militar do Brasil. Chefe do Departamento de Produção e Obras do Exército (1965-1966). Em 1966, passou a comandar a Escola Superior de Guerra (ESG) e, durante o governo Costa e Silva, ocupou a pasta de Ministro do Exército, participando da junta militar (1967-1969). Em abril de 1970 foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras, ocupando a cadeira nº 20 e, em junho, foi nomeado embaixador do Brasil na França, cargo que ocupou até dezembro de 1974.
Faleceu em 18 de novembro de 1998, no Rio de Janeiro-RJ.

Melo, Márcio de Sousa

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  • 1906-1991

Márcio de Sousa Melo nasceu na cidade de Florianópolis, estado de Santa Catarina, em 26 de maio de 1906. Frequentou a Escola Militar do Realengo-RJ (1925-1928), sendo declarado aspirante-a-oficial da arma de aviação militar - 5ª Arma do Exército - criada no ano anterior. Integrou a primeira unidade de combate aéreo do Exército criada após a revolução de 1930 e comandada pelo major Eduardo Gomes. Criou, com Eduardo Gomes, entre outros, o Correio Aéreo Militar - CAM (1931), posteriormente passando à denominação de Correio Aéreo Nacional - CAN e integrado à Força Aérea Brasileira - FAB. Fez curso de aperfeiçoamento de oficiais da Aviação (1938). Transferido do Exército para o recém-criado Ministério da Aeronáutica (1941). Foi incumbido de acompanhar o processo de nacionalização da empresa de aviação alemã, Condor, em virtude da declaração de guerra à Alemanha (1942), resultando na criação da Companhia Cruzeiro do Sul. Comandante da Base Aérea de Santos (1944), sendo responsável em operações de patrulhamento no Atlântico Sul. Fez o curso de air staff, no Fort Leavenworth - Geórgia - e o de Tática Aplicada na base de Jacksonville - Flórida (1945). Fez o curso de Estado-Maior da Aeronáutica (1946). Instrutor da Escola de Comando do Estado-Maior da Aeronáutica - ECEMAR (1947-1948). Adido aeronáutico junto às embaixadas do Brasil em Buenos Aires e Montevidéu (1948-1951). Fez o curso da Escola Superior de Guerra - ESG (1953). Chefe de gabinete do Ministro da Aeronáutica, brigadeiro Eduardo Gomes (1954-1955). Comandante da ECEMAR (1957-1958). Assistente do comando da ESG (1958-1961). Comandante da III Zona Aérea, sediada no Rio de Janeiro (1961). Em 1964, foi comandante da IV Zona Aérea. Neste mesmo ano, foi nomeado ministro da Aeronáutica, permaneceu apenas 22 dias no cargo, exonerando-se por divergências com o presidente Castelo Branco. Inspetor-geral da Aeronáutica (1966), transferindo-se para a reserva com a patente de marechal-do-ar. Ministro da Aeronáutica (1967-1969), quando se formou a junta militar, e nos anos de 1969-1971, durante os governos Costa e Silva e Garrastazu Médici, respectivamente, exonerando-se do cargo em 26 de novembro de 1971, ano em que retira-se da vida pública.
Faleceu no Rio de Janeiro, em 31 de janeiro de 1991.

Goulart, João Belchior Marques

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  • 1919 - 1976

João Belchior Marques Goulart nasceu em São Borja (RS), em 1 de março de 1919, filho de Vicente Rodrigues Goulart e Vicentina Marques Goulart. Formou-se em Direito em 1939, na Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais de Porto Alegre, voltando, então, para São Borja. Começou sua trajetória política em 1946, ao se eleger deputado estadual. Elegeu-se deputado federal nas eleições de 1950. Empossado em fevereiro de 1951, licenciou-se da Câmara Federal para assumir a Secretaria do Interior e Justiça do Rio Grande do Sul. Reassumiu a cadeira de deputado federal em maio de 1952. Em 17 de junho de 1953, foi nomeado ministro do Trabalho por Getúlio Vargas. Em 24 de fevereiro de 1954, foi exonerado do cargo e reassumiu a sua cadeira na Câmara dos Deputados até o suicídio de Vargas, na madrugada de 24 de agosto de 1954. Em 1955, compôs com Juscelino Kubitschek a chapa PSD-PTB para as eleições presidenciais de 3 de outubro. Eleito vice-presidente de Juscelino, organizou, em 1958, a I Conferência Nacional do Trabalho, no Rio de Janeiro. Em 1960, novamente foi candidato a vice-presidência na chapa encabeçada por Henrique Teixeira Lott. Jânio Quadros foi eleito presidente e Goulart vice. Em 25 de agosto de 1961, Jânio renunciou ao cargo. João Goulart só foi empossado em 7 de setembro de 1961. Na madrugada de 31 de março de 1964, um golpe militar derrubou o estado de direito no Brasil e destituiu Goulart, que procurou asilo político no Uruguai.
Faleceu em 6 de dezembro de 1976, vítima de ataque cardíaco, na sua fazenda La Villa, no município argentino de Mercedes.

Cardoso, Fernando Henrique

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  • 1931-

Fernando Henrique Cardoso nasceu na cidade do Rio de Janeiro (RJ), em 18 de junho de 1931. Formou-se bacharel em Ciências Sociais, na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo (USP), em 1952, especializando-se em Sociologia no ano seguinte e tornando-se doutor em 1961. Cursou a pós-graduação no Laboratoire de Sociologie Industrielle da Universidade de Paris (1962-1963). Em meados da década de 1950, auxiliou na edição da revista "Fundamentos", do Partido Comunista Brasileiro (PCB), no entanto, ao qual nunca se filiou. Antes mesmo de se graduar, foi professor da Faculdade de Economia da USP (1952-1953), graças ao sociólogo Florestan Fernandes, de quem se tornou primeiro-assistente em 1955, tendo sido também assistente do professor Roger Baptiste e analista de ensino da cadeira de Sociologia, da Faculdade de Filosofia da USP, em 1953. Em 1954, foi eleito representante dos ex-alunos, tornando-se o mais jovem membro do Conselho Universitário da USP. Já na década de 1960, integrou a direção do Centro de Sociologia Industrial e do Trabalho (Cesit), fundado na USP por Florestan Fernandes e pelo sociólogo francês Alain Touraine (1962). Após o golpe militar de 1964, exilou-se no Chile, integrando a Comissão Econômica para a América Latina (Cepal) da Organização das Nações Unidas (ONU), e sendo diretor-adjunto da divisão social do Instituto Latinoamericano de Planificación Econômica y Social (ILPES), em Santiago (1964). Nesse período, lecionou no Chile, Argentina, México e França. Retornou ao Brasil em 1968, quando foi professor da cátedra de ciência política na USP, mas em 1969 foi aposentado compulsoriamente, por força do AI-5. Nesse mesmo ano, foi membro fundador do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), passando a lecionar também em universidades americanas e européias. Publicou, entre outros trabalhos, Capitalismo e escravidão no Brasil meridional, sua tese de doutorado, e Dependência e desenvolvimento na América Latina, com o historiador chileno Enzo Faletto. Obteve doutoramento honoris causa em mais de 20 universidades entre as quais Cambridge, Oxford, Lyon, Berlim, Moscou, Coimbra, Bolonha e Salamanca. Em 1971 foi membro do Conselho Superior da Facultad Latinoamericana de Ciências Sociales (Flacso) e do conselho diretor do Conselho Latinoamericano de Ciências Sociales (Clacso), sediado em Buenos Aires. Candidatou-se ao Senado em 1978 na legenda do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), como suplente de Franco Montoro. Em 1980, com o fim do bipartidarismo, foi um dos fundadores do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB). Exerceu ainda a presidência da Associação Internacional de Sociologia (1982-1984). Em 1983 assumiu a vaga de senador aberta com a candidatura de Franco Montoro ao governo do estado de São Paulo. Candidato à prefeitura de São Paulo nas eleições de 1985, foi derrotado por Jânio Quadros, do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). Reelegeu-se senador pelo estado de São Paulo em 1986, ainda na legenda do PMDB, tornando-se líder do governo e do PMDB no Senado (1985-1988), fundando em 1988 o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), ao lado de Franco Montoro e Mário Covas, entre outros, tornando-se líder da nova legenda no Senado (1988-1992). Senador constituinte (1987-1988), foi o relator do regimento interno da Assembleia Constituinte. Foi ministro das Relações Exteriores (1992-1993) e ministro da Fazenda (1993-1994) durante o governo Itamar Franco. Candidato à presidência da República pela coligação PSDB/PFL/PTB, elegeu-se no primeiro turno eleitoral, em 3 de outubro de 1994, tendo obtido 54,3% dos votos válidos. Reelegeu-se presidente da República em 1998 pela coligação PSDB/PFL/PTB/PPB.

Franco, Itamar Augusto Cautiero

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  • 1930-2011

Engenheiro, nasceu a bordo de um navio que fazia a rota Salvador-Rio de Janeiro, tendo sido registrado em Salvador, estado da Bahia, em 28 de junho de 1930, porém, seu registro de batismo indica 1931 como o ano de seu nascimento em Juiz de Fora-MG. Formou-se em Engenharia Civil e Eletrotécnica na Escola de Engenharia da Universidade Federal de Juiz de Fora (1954). Filiou-se ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB) e foi eleito prefeito de Juiz de Fora em duas gestões (1967-1971 e 1973-1974). Elegeu-se senador em 1974 pelo MDB, e reelegeu-se em 1982 pelo PMDB. Em 1986, após divergências com o PMDB mineiro, que apoiara a candidatura de Newton Cardoso ao governo do estado, transferiu-se para o Partido Liberal (PL). Concorreu ao governo de Minas Gerais pela Coligação Movimento Democrático Progressista, mas foi derrotado pelo candidato do PMDB. Em 1989, concorreu à vice-presidência da República na chapa de Fernando Collor de Melo, ambos na legenda do PRN, vencendo a eleição no segundo turno. Com o afastamento de Collor em virtude de processo de impeachment, assumiu o cargo de presidente da República, em caráter provisório, em 2 de outubro de 1992. Foi efetivado no cargo em 29 de dezembro de 1992, após a renúncia do presidente Collor. Com o término do mandato presidencial, tornou-se embaixador do Brasil em Portugal (1995-1996) e na Organização dos Estados Americanos (OEA), em Washington (1996-1998). Em 1998, foi eleito governador de Minas Gerais na legenda do PMDB. Itamar terminou seu mandato em 2003 e desde então passou a ser embaixador do Brasil na Itália, cargo que abandonou em 2005. Em 2006, tentou candidatar-se para Presidente da República pelo PMDB, competindo pela indicação do partido com Anthony Garotinho, ex-governador do estado do Rio de Janeiro. Porém, no dia 22 de maio, anunciou sua desistência e sua intenção de disputar uma vaga no Senado Federal. Acabou perdendo a indicação Senado para Newton Cardoso. Na seqüência, anunciou o seu apoio à candidatura de Geraldo Alckmin para a Presidência da República. Desde 2002, apóia Aécio Neves, tanto em suas candidaturas ao governo de Minas Gerais, como à sua possível candidatura presidencial em 2010. Durante seu mandato como senador, foi vice-líder da oposição. Itamar Franco faleceu aos 81 anos de idade, em 2011.

Oliveira, Juscelino Kubitschek de

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  • 1902-1976

Juscelino Kubitschek de Oliveira nasceu na cidade de Diamantina, estado de Minas Gerais, em 12 de setembro de 1902. Estudou no seminário dos padres Lazaristas (1914). Cursou a Faculdade de Medicina de Belo Horizonte (1927), atuando como médico até a década de 1940. Integrou as tropas que combateram os revoltosos de 1932, por ser médico do Hospital Militar da Força Pública de Minas Gerais. Foi chefe do Gabinete Civil do estado de Minas Gerais (1933-1934). Filiou-se ao Partido Progressista - PP de Minas Gerais, elegendo-se deputado federal em 1935, cargo que exerceu até o fechamento do Congresso com o golpe de 1937. Foi nomeado prefeito de Belo Horizonte (1940-1945), participou da criação do Partido Social Democrático (PSD) em Minas Gerais e foi escolhido como primeiro-secretário da seção mineira desse partido (1945). Deputado constituinte pelo PSD/MG (1946). Elegeu-se deputado federal (1946-1950) e governador de Minas Gerais (1951-1955). Concorreu à presidência da República pela coligação PSD-PTB, tendo como vice João Goulart, e tomou posse em 31 de janeiro de 1956, após grave crise política. Com o fim de seu mandato, elegeu-se senador pelo PSD por Goiás (1962-1964). Após o golpe de 1964, teve seu mandato cassado e os direitos políticos suspensos por dez anos. Foi um dos articuladores da Frente Ampla, de oposição ao regime militar (1966). Exilado, retornou ao Brasil em 1967. Firmou com João Goulart o Pacto de Montevidéu (1967). Diretor-presidente do conselho administrativo do Banco Demasa de Investimentos (1967). Abandonou definitivamente a política com a extinção da Frente Ampla (1968). Entrou para a Academia Mineira de Letras (1974). Passou a se dedicar à sua fazenda em Luziânia-GO (1975). Foi eleito "Intelectual do Ano" (1975) e em 1976 recebe o Troféu "Juca Pato".
Faleceu em acidente automobilístico, na via Dutra, próximo a Resende, em 22 de agosto de 1976.

Mazzilli, Pascoal Ranieri

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  • 1910-1975

Pascoal Ranieri Mazzilli nasceu na cidade de Caconde, estado de São Paulo, em 27 de abril de 1910. Foi coletor fiscal em Taubaté-SP (1930-1932). Combateu a Revolução de 1932, no lado paulista, como primeiro-tenente, logo promovido a capitão do Batalhão Sete de Setembro, participando da batalha "Frente do Túnel". Nomeado coletor fiscal de Sorocaba e Jundiaí (1935). Professor de Economia na escola de Comércio de Sorocaba (1935-1939). Foi diretor da Casa da Moeda. Formou-se bacharel em Direito pela Faculdade de Direito de Niterói (1940). Presidente do recém-criado Departamento Administrativo do Serviço Público - DASP (1940-1942). Foi diretor do Tesouro Público Nacional, empreendendo, então, a reforma geral da Recebedoria do Distrito Federal, órgão que passou a dirigir (1942-1945). Nomeado diretor da Divisão do Imposto de Renda (1945). Secretário-geral de Finanças da prefeitura do Distrito Federal (1946); planejou as novas bases de financiamento das obras urbanas para a então capital federal. Diretor da Caixa Econômica Federal do Rio de Janeiro (1947) e do banco da Prefeitura do Distrito Federal (1948). Indicado para chefiar o gabinete do ministro da Fazenda (1949-1951). Participou da elaboração do plano SALTE (Saúde, Alimentação, Transporte e Energia) (1950-1951). Membro do Conselho de Administração da Caixa de Mobilização Bancária - CAMOB. Membro da Comissão Consultiva do Comércio Exterior. A partir de 1950, acumulou também o cargo de membro do Conselho Nacional do Petróleo (CNP), afastando-se dessas funções em 1951. Eleito deputado federal pelo Partido Social Democrático (PSD) de São Paulo (1951-1966). Legislou sobre a reorganização da Bolsa de Valores, tendo por objetivo disciplinar este setor financeiro. Foi presidente da Câmara dos Deputados (1959-1965) e, nessa condição, assumiu por diversas vezes a presidência da República, em especial em 1961 e 1964. Eleito presidente da Câmara (1959) contra a orientação de seu partido, substituindo nesse cargo, Ulisses Guimarães. Cursou a Escola Superior de Guerra - ESG, no Rio de Janeiro (1959). Providenciou a transferência da Câmara dos Deputados do Palácio Tiradentes, no Rio de Janeiro-RJ, para a nova sede do Legislativo, em Brasília-DF (1960). Presidente da União Interparlamentar Mundial (1962-1966). Não conseguindo reeleger-se em 1966, afastou-se da política, dedicando-se à plantação de café, em Minas Gerais, só retornando à vida partidária em 1973 para presidir a Comissão de Ética do Movimento Democrático Brasileiro (MDB/SP). Com a extinção dos partidos políticos e a instalação do bipartidarismo pelo ato institucional nº 2 (1965), ingressou no Movimento Democrático Brasileiro (MDB) e candidatou-se, sem sucesso, a uma cadeira na Câmara dos Deputados em 1966. Faleceu em São Paulo, em 21 de abril de 1975.

Barros, Prudente José de Morais e

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  • 1841 - 1902

Prudente José de Morais Barros nasceu em Itu, São Paulo, a 04/10/1841 e faleceu em Piracicaba, no mesmo estado, a 03/12/1902, vítima de tuberculose. Bacharel pela Faculdade de Direito de São Paulo, em 1863. Elegeu-se vereador e presidente da Câmara Municipal de Piracicaba, em 1865. Foi deputado provincial (1868-1869), juntamente com Campos Sales, pelo Partido Liberal. Declarou-se republicano em 1876 e, após 1886, abolicionista. Em 1890, foi eleito senador ao Congresso Constituinte Federal e presidente do mesmo. Primeiro presidente civil e o primeiro eleito por voto popular, exerceu o cargo de 15/11/1894 a 15/11/1898. Defendeu a reforma da Constituição de 1891 e a eleição indireta para presidente da República, em manifestos de 7 de setembro e 05/11/1901. Escreveu, entre outros textos, "Orçamento e política geral" (1888), "Projeto de impostos sobre escravos" (1888), "A nação brasileira" e discursos, além de seu manifesto ao assumir o governo (1894).

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