Associação Brasileira de Farmacêuticos

Área de identificação

Identificador

RJABF

Forma autorizada do nome

Associação Brasileira de Farmacêuticos

Forma(s) paralela(s) de nome

Outra(s) forma(s) de nome

Tipo

  • Privado - Entidade coletiva

Área de contato

Tipo

Endereço

Endereço

Rua dos Andradas, 96, 10º andar, Centro

Localidade

Rio de Janeiro

Região

Rio de Janeiro

Nome do país

Brasil

CEP

20051-002

Telefone

55 21 2263-0791 / 2233-3672

Fax

E-mail

Área de descrição

Histórico

Fundada em 20 de janeiro de 1916, a Associação Brasileira de Farmacêuticos (ABF) teve início como resultado da iniciativa de um pequeno grupo de farmacêuticos, estando sediada primeiramente na Rua da Quitanda, número 14, no Centro do Rio de Janeiro (à época, Capital Federal). Para os componentes deste grupo, liderados por Luis Oswaldo de Carvalho - sócio-fundador e também primeiro presidente da ABF que, posteriormente, passaria a opor-se a esta, propondo o seu fechamento - a conformação de uma instituição de caráter nacional que representasse os profissionais da farmácia era fundamental para que houvesse uma reação ao estado caótico em que se encontrava a farmácia brasileira desde o final do séc. XIX. Ao contrário do que vinha ocorrendo desde meados do século XIX, quando a farmácia científica atingiu um alto grau de desenvolvimento no Brasil, os primeiros anos do século XX foram marcados por uma grande crise associativa da categoria profissional, sendo o marasmo reinante apenas quebrado pela área comercial. Anteriormente à ABF existiram três agremiações de caráter científico e profissional implementadas por farmacêuticos do Rio de Janeiro: a Sociedade Farmacêutica Brasileira (1851-1855), o Instituto Farmacêutico do Rio de Janeiro (1858-1886) - ambas instituições de vida intensa e bastante eficiente, principalmente, quanto ao aspecto científico de suas publicações – e o Centro Farmacêutico (1894), que teve vida muito efêmera, não deixando qualquer publicação científica. Portanto, a ABF foi a quarta tentativa dos farmacêuticos de instituírem uma associação na Capital. Ao constituir-se, apresentava como principais objetivos lutar pelo progresso e engrandecimento da categoria, defendendo especialmente os interesses da classe e em particular os de cada associado; implantar um órgão oficial no qual fosse possível publicar os trabalhos e atos referentes à Associação e à profissão farmacêutica; criar o montepio farmacêutico, iniciativa de grande interesse para as famílias dos associados e também fundar a Escola Superior de Farmácia. Segundo o seu primeiro estatuto (1916), a ABF só permitia associar-se a ela indivíduos diplomados em farmácia pelas escolas oficiais ou reconhecidas pela União, porém, mesmo os que cumpriam tal requisito tinham que necessariamente passar pelo crivo do Conselho Administrativo ou, em última instância, pela aprovação da assembléia. Contudo, apesar da importância dada à Associação por seus fundadores, em um contexto de tanto descrédito da profissão, até mesmo entre eles reinava um certo clima de desconfiança em relação ao êxito do projeto, não despertando, de início, grande adesão da categoria. Neste sentido, as primeiras diretorias se limitaram a aumentar lentamente o número de sócios. Como órgão de promoção institucional e de divulgação científica, a ABF passou a ter a já consolidada “Revista de Chimica e Physica”. Para além dos profissionais, a ABF voltava-se também aos aspirantes a sócios, ou seja, os estudantes de farmácia e aos práticos da profissão, donos ou integrantes de firmas e estabelecimentos farmacêuticos, já que um dos seus grandes objetivos era constituir uma escola superior de Farmácia, dirigida ao ensino técnico das ciências naturais (físicas e químicas). Já em seus primeiros meses, a ABF contribuiu diretamente na defesa dos interesses da classe, sugerindo ao poder público modificações no Regulamento da Diretoria Geral de Saúde Pública na parte referente à farmácia. A partir de 1921, a Associação começou a alcançar uma certa estabilidade, o que resultou na realização do 1° Congresso Brasileiro de Farmácia em 1922, na capital. Desde então, aumentou seu número de associados e passou a ter maiores recursos para o seu progresso e expansão. Durante a presidência de Souza Martins (1925-1926) foram idealizadas muitas iniciativas em prol da categoria, que foram concretizadas pelas diretorias seguintes. A edificação de um prédio para a sede da associação à Rua José Maurício, a Casa da Farmácia, teve sua pedra fundamental lançada em 1930, na presidência de Paulo Seabra. Na gestão de Virgílio Lucas (1937-1938) foi criada a Academia Nacional de Farmácia e tornada efetiva a Caixa Beneficente. Quanto à Casa da Farmácia, a instabilidade política que tomou conta do país ao longo da década de 1930 acabou dificultando a sua fundação. Esta só foi concretizada em 1949, após intensa campanha para angariar fundos para a compra do pavimento completo do 10° andar do edifício à Rua dos Andradas, n° 96, onde a ABF ainda se encontra. A instituição acolheu em sua sede outras importantes instituições ligadas à categoria: Academia Nacional de Farmácia, Sindicato dos Farmacêuticos do Rio de Janeiro, Federação das Associações de Farmacêuticos do Brasil, Federação das Associações de Farmácia e Bioquímica do Brasil e Federação Farmacêutica e Bioquímica Pan-americana. Por fim, foi inaugurado em 1951, na sede da ABF, o Museu Antônio Lago, que leva o nome de seu fundador.

Contexto cultural e geográfico

A Associação Brasileira de Farmacêuticos foi criada em 20 de janeiro de 1916, como instituição sem fins lucrativos, de caráter científico-profissional.

Foi reconhecida de Utilidade Pública de acordo com o Decreto Federal n° 4.704 de 21/06/1923 e pela Lei Estadual n° 227 de 11/11/1962.
A sede atual, adquirida em 31/12/1949 e inaugurada em 13/01/1951, é chamada carinhosamente por seus membros de "A Casa da Farmácia".

Na sede da ABF funcionam a Biblioteca Rodolpho Albino e o Museu de Farmácia Antônio Lago.

Dentre seus objetivos podemos citar:
desenvolvimento de pesquisa no âmbito do profissional farmacêutico;
união e engrandecimento da classe farmacêutica;
promoção de cursos, seminários, conferências e congressos;
estímulo no estudo de plantas, drogas e matérias-primas em geral, de origem nacional;
realização de sessões para exposição e debates de assuntos farmacêuticos;
manutenção de intercâmbio cultural, profissional e social, com entidades congêneres do Brasil e de outros países.

Desde 1920 a ABF edita, sem interrupção, a Revista Brasileira de Farmácia – RBF, periódico indexado de âmbito internacional, bastante respeitado nos meios farmacêutico e científico.

A ABF participou da elaboração da primeira edição da Farmacopéia Brasileira, organizada por seu ex-presidente Prof. Rodolpho Albino Dias da Silva.
Partiram da ABF os primeiros esforços e propostas para a criação dos Conselhos Federais e Regionais de Farmácia.

A ABF teve, também, participação importante na criação do Sindicato dos Farmacêuticos do Rio de Janeiro, da Sociedade Brasileira de Análises Clínicas, da Academia Nacional de Farmácia e de outras instituições e associações farmacêuticas. Colaborou com as autoridades sanitárias para a elaboração da primeira Legislação Farmacêutica, em 1931.

Mandatos/Fontes de autoridade

Estrutura administrativa

Políticas de gestão e entrada de documentos

Prédios

Suas dependências comportam auditório, salas de aula, laboratório, secretaria, biblioteca e museu.

Acervo

Originais manuscritos da Farmacopéia Brasileira, do ilustre farmacêutico Rodolpho Albino Dias da Silva e a obra Plantarum, que teria pertencido a Van Nehmont em 1630, mestre de Lineu (responsável pela classificação botânica).
A Associação Brasileira de Farmacêuticos também conta com uma vasta biblioteca. A Biblioteca Rodolpho Albino contém diversos livros e periódicos na área de Ciências Farmacêuticas. Alguns de seus exemplares são verdadeiras preciosidades devido a sua raridade ou mesmo pelo conteúdo histórico que descreve a evolução da ciência farmacêutica.

Instrumentos de pesquisa, guias e publicações

O Boletim da Associação Brasileira de Farmacêuticos, periódico da ABF passou a se chamar Revista da Associação Brasileira de Farmacêuticos em 1936. Posteriormente, em 1960, o periódico mudou de nome novamente, passando a denominar-se Revista Brasileira de Farmácia.

Área de acesso

Horário de funcionamento

De segunda a sexta feira de 13h às 19h.

Condição de acesso e uso

Carteira de identidade e carta de apresentação da instituição a que pertence.

Acessibilidade

Área de serviços

Serviços de pesquisa

Serviços de reprodução

A instituição permitirá uso de scanner para digitalizações autorizadas.

Áreas públicas

A ABF possui em sua sede o Museu de Farmácia Antônio Lago, que armazena uma quantidade relevante de peças (instrumentos de trabalho e vasos para estocagem de substâncias químicas) relacionadas à história da profissão.

Área de controle

Identificador da descrição

Identificador da entidade custodiadora

BR RJABF

Regras ou convenções utilizadas

CONSELHO INTERNACIONAL DE ARQUIVOS. ISDIAH: norma internacional para descrição de insituições com acervo arquivístico. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2009.
CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS (Brasil). CODEARQ: código de entidades custodiadoras de acervos

Status

Final

Nível de detalhamento

Completo

Datas de criação, revisão e temporalidade

14/8/2008 criação. Dr. José Liporage Teixeira presidente.

Idioma(s)

  • português do Brasil

Sistema(s) de escrita(s)

Fontes

Notas de manutenção

Pontos de acesso

Pontos de acesso

  • Associações Cariocas (Thematic area)
  • Cadastro Nacional de Entidades Custodiadoras de Arquivos (CODEARQ) (Thematic area)
  • Área de Transferência

Contato principal

Rua dos Andradas, 96, 10º andar, Centro
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro
BR 20051-002