Associação Brasileira de Imprensa

Área de identificação

Identificador

RJABI

Forma autorizada do nome

Associação Brasileira de Imprensa

Forma(s) paralela(s) de nome

Outra(s) forma(s) de nome

Tipo

  • Privado - Entidade coletiva

Área de contato

Tipo

Endereço

Endereço

Araújo Porto Alegre n. 71. Castelo - Centro

Localidade

Rio de Janeiro

Região

Rio de Janeiro

Nome do país

Brasil

CEP

200030-010

Telefone

55 21 2282-1292 / 2220-0088

Fax

E-mail

Área de descrição

Histórico

A Associação Brasileira de Imprensa foi criada em 7 de abril de 1908, por idealização de Gustavo de Lacerda, inicialmente com o nome de Associação de Imprensa dos Estados Unidos do Brasil. Tinha como principais objetivos assegurar à classe jornalística benefícios assistenciais e tornar-se um centro poderoso de ação. Sua primeira sede, provisória, constituía-se em uma pequena sala na sobreloja do prédio onde funcionava a Caixa Beneficente dos Empregados de O Paiz. Aí ocorre a reunião onde Gustavo de Lacerda, Mário Galvão e Amorim Junior são incumbidos de elaborar seu primeiro projeto de estatuto. No documento utilizado quando de seu registro no 1º Ofício de Títulos e Documentos do Rio de janeiro destaca-se como seus fins o de criar e manter uma caixa de pensões e auxílios para socorrer os associados e suas famílias e um serviço de assistência médica e judiciária e criar o Retiro da Imprensa para jornalistas incapacitados por idade ou doença. Embora, num primeiro momento, tenha sido combatida e sofrido esforços para a desacreditar, logo a filiação a entidade aumenta fazendo com que aumentasse também seu prestígio, uma vez que dentre os novos sócios encontravam-se o chefe da Polícia, o comandante da Polícia Militar, o prefeito, o comandante do Corpo de Bombeiros e até o ministro da Guerra. Ao longo de suas duas primeiras décadas, a Instituição acomoda-se em prédios alugados, e chegou mesmo a hospedar-se no Quartel dos Barbonos, situado na Rua Evaristo da Veiga, no Centro do Rio, e que sedia atualmente o Comando-Geral da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, em período em que não possuía condições financeiras para pagar aluguel. Somente na década de 1930, quando liderada por Herbert Moses, é que se concretiza sua sede própria, que figura ainda como um marco da arquitetura nacional. Funcionava como um sindicato, defendendo os interesses dos profissionais, unindo os jornalistas e verificando as reivindicações da classe. Além disso, ajudava as empresas de comunicação fazendo a mediação com o governo. Com a criação dos sindicatos de jornalistas, perdeu o status de representante de classe. Passou então a dedicar-se à promoção de debates de interesse dos jornalistas, à participação em campanhas de interesse nacional e à produção artística. Ao longo dos anos a ABI alcançou cada vez mais importância na vida nacional, como um espaço de debate e reivindicação. Dentre os principais momentos de defesa dos interesses nacionais encontram-se desde a campanha “O Petróleo é Nosso”, cujas reuniões patrióticas que antecederam a Lei nº 2004, de 3 de outubro de 1953, que instituiu a Petrobras, foram realizadas em sua sede, até o impeachment do Presidente Fernando Collor, em 1992, cujo autor do pedido da abertura do processo e primeiro orador inscrito para defender tal ação foi Barbosa Lima Sobrinho, que esteve à frente da entidade nos períodos de 1926 a 1929 e 1978 a 2000. A entidade destacou-se ainda pela luta contra a ditadura militar, pela defesa de jornalistas e pelo fim da censura, tendo enfrentado um atentado a bomba que destruiu parcialmente o 7º andar de seu edifício.

Contexto cultural e geográfico

A história da fundação da ABI se confunde com a de seu perseverante idealizador Gustavo de Lacerda. Criada em 7 de abril de 1908, seu principal objetivo era assegurar à classe jornalística os direitos assistenciais e tornar-se um centro poderoso de ação. Segundo o próprio Lacerda, a Associação deveria ser um campo neutro em que se pudessem abrigar todos os trabalhadores da imprensa.
Lacerda não concordava com a idéia de que os jornais fossem empresas, dando lucro a seus acionistas. Para ele, os jornais deveriam ter uma missão social e funcionar como cooperativas de cujos interesses participassem todos os seus membros, dos diretores aos mais modestos colaboradores. Visionário, já no programa de fundação da ABI Lacerda expunha reivindicações que só apareceriam na Revolução de 1930. É dele a idéia de manter uma biblioteca aberta ao público, com o objetivo de atender não apenas às necessidades de informação cultural dos jornalistas, mas também a todo o povo da cidade do Rio de Janeiro. Numa pequena sala na sobreloja do imóvel onde funcionava a Caixa Beneficente dos Empregados do jornal O Paíz, Lacerda se reunia a outros colegas de redação para discutir sobre a instituição de classe que pretendiam fundar. Gustavo de Lacerda, Mário Galvão e Amorim Júnior foram incumbidos da elaboração do primeiro projeto de estatuto da ABI.

Após a criação da agremiação, coube à primeira Diretoria a função de consolidar e ampliar a iniciativa, não sem muita luta. Os fundadores eram tratados como indesejáveis e muitos esforços foram gastos com o objetivo de vencer o descaso de uns e a hostilidade de outros. A Associação de Imprensa era composta, segundo alguns céticos da época, por um grupo de malandros chefiados por um anarquista perigoso (Lacerda).
Naquele momento, o meio jornalístico encontrava-se disperso e, portanto, desfavorável a qualquer ideal de solidariedade profissional. Mas em busca de autodefesa e de prestigiar a classe à qual pertenciam, os homens de imprensa foram aderindo à entidade em proporções cada vez mais animadoras — e o prestígio da instituição, consolidando o sonho de Lacerda, se deu com a inscrição no quadro social da Casa de nomes representativos na vida nacional, como o Chefe da Polícia, o Comandante da Polícia Militar, o Prefeito, o Comandante do Corpo de Bombeiros e até o Ministro da Guerra.

Outro importante ícone da história da ABI foi Alexandre José Barbosa Lima Sobrinho, que lutava por ideais nacionalistas e via sua profissão como um meio de levar a população brasileira à conscientização política e social. Em 1926, aos 29 anos de idade, assumiu pela primeira vez a Presidência da Casa. Durante seu quarto mandato, em 1992, foi o responsável direto pelo pedido da abertura do impeachment de Fernando Collor de Mello e o primeiro orador inscrito para defender o processo.
Ao longo das duas primeiras décadas de sua existência — quando o Rio de Janeiro era ainda Capital da República —, a ABI acomodava-se em espaços alugados e, em tempos piores, sem condições de pagar aluguel, hospedou-se no Quartel dos Barbonos — mas sem alterar seus princípios originais, nem submeter-se ao Poder Público. Só nos anos 30 o sonho da sede própria configurou-se realidade. Sob a liderança de Herbert Moses, a ABI construiu a sua sede, que representa um marco na arquitetura moderna brasileira.

Até 2013, a diretoria da ABI estava nas mãos de Maurício Azêdo, eleito com quase 60% dos votos, derrotando duas chapas adversárias. Obedecendo ao estatuto da instituição, o novo Presidente tomou posse administrativa em 13 de maio de 2004, data primitivamente comemorativa do Dia Nacional da Imprensa. Após algum tempo, ela foi alterada para 1º de junho, dia em que o Correio Braziliense começou a circular e quando Azêdo e a nova Diretoria assumiram seus cargos em posse solene.

A ABI jamais deixou de cumprir os objetivos que a originaram, mas se adaptou ao longo do tempo. Seus estatutos foram ajustados às diversas situações socioeconômicas da indústria jornalística. Como disse em 1969 um ex-presidente da Casa, Fernando Segismundo, “além das finalidades fundamentais, a associação deve interpretar o pensamento, as aspirações, os reclamos, a expressão cultural e cívica de nossa imprensa; preservar a dignidade profissional dos jornalistas — e não apenas a de seus sócios; acautelar os interesses da classe; estimular entre os jornalistas o sentimento de defesa do patrimônio cultural e material da Pátria; realçar a atuação da imprensa nos fatos da nossa história; e colaborar em tudo que diga respeito ao desenvolvimento intelectual do País”.

Mandatos/Fontes de autoridade

Estrutura administrativa

Diretoria (2014 – )
Presidente: Domingos Meirelles
Vice-presidente: Paulo Jeronimo de Sousa
Diretor Administrativo: Orpheu Santos Salles
Diretor Econômico-Financeiro: Ana Maria Costábile
Diretor de Assistência Social: Arcírio Gouvêa
Diretor de Cultura e Lazer: Jesus Chediak
Diretor de Jornalismo: Eduardo Cesário Ribeiro

Políticas de gestão e entrada de documentos

Prédios

O prédio da ABI é referencial para a arquitetura moderna brasileira, que já na década de 30 esboçava o conceito de funcionalidade. A construção do edifício se deu no momento em que Herbert Moses assumia a presidência da Associação e deixava sua marca para a posteridade.
São comuns as visitas às instalações da ABI, dada sua importância no contexto arquitetônico. A execução das obras no Edifício Herbert Moses honrou a técnica nacional. Nenhum parafuso foi colocado no prédio sem consultar o projeto. Técnicas pioneiras apresentadas por Le Corbusier foram adotadas, além de outras características representativas da evolução da arquitetura moderna.
O hall de entrada do edifício é todo revestido de granito. Na época, o teto dos escritórios do 2º, 3º, 4º e 5º andares foi confeccionado com fibra prensada para obstrução do som. As paredes do 7º andar até hoje são revestidas de placas de sucupira do Pará. O Auditório Oscar Guanabarino, no 9º andar, permanece como espaço para grandes festas e comemorações.

Acervo

A Biblioteca possui cerca de 30.000 obras, principalmente sobre jornalismo, comunicação, literatura, história do Rio de Janeiro e biografias. Possui também coleções dos seguintes periódicos: Correio da Manhã, Ultima Hora, O Globo, Jornal do Brasil, O Cruzeiro, Veja e Isto É. Parte dos jornais tem restrição de acesso por estado de conservação. «

Instrumentos de pesquisa, guias e publicações

Área de acesso

Horário de funcionamento

De segunda a sexta feira de 9h às 17h.

Condição de acesso e uso

Carteira de identidade, carteira de motorista ou carteira profissional

Acessibilidade

Área de serviços

Serviços de pesquisa

Serviços de reprodução

Eletrostática

Áreas públicas

Área de controle

Identificador da descrição

Identificador da entidade custodiadora

BR RJABI

Regras ou convenções utilizadas

CONSELHO INTERNACIONAL DE ARQUIVOS. ISDIAH: norma internacional para descrição de instituições com acervo arquivístico. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2009.
CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS (Brasil). CODEARQ: código de entidades custodiadoras de acervos arquivísticos. Disponível em: www.conarq.arquivonacional.gov.br

Status

Final

Nível de detalhamento

Completo

Datas de criação, revisão e temporalidade

23/1/2008 - criação - O presidente à época era Maurício Azêdo.
27/10/2015 - alteração

Idioma(s)

  • português do Brasil

Sistema(s) de escrita(s)

Fontes

Notas de manutenção

Pontos de acesso

Pontos de acesso

  • Associações Cariocas (Thematic area)
  • Cadastro Nacional de Entidades Custodiadoras de Arquivos (CODEARQ) (Thematic area)
  • Censo-Guia de Arquivos (Thematic area)
  • Área de Transferência

Contato principal

Araújo Porto Alegre n. 71. Castelo - Centro
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro
BR 200030-010